Chegou a vez da Temu no Brasil? Mesmo com taxação, concorrente da Shein ainda tem espaço para crescer no país e ameaça até a Amazon
Empresa da PDD acirra a concorrência com outras plataformas chinesas e gigantes do marketplace

Após meses de especulação e em meio à aprovação do programa Remessa Conforme, que isentaria a importação de mercadorias de até US$ 50, a Temu, marketplace on-line da China, chegou ao Brasil na última quinta-feira (6), com promoções de até 90% em seu aplicativo.
Com a promessa de oferecer produtos mais baratos e com frete grátis e rápido, a empresa controlada pela PDD Holdings desembarcou no país como uma concorrente de peso no segmento on-line já dominado por outras chinesas como Shein, Shopee e AliExpress.
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Analistas avaliam os impactos
Relatório do banco BTG Pactual assinado pelos analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima ressalta que plataformas estrangeiras, principalmente as chinesas, tornaram-se uma força crescente no Brasil nos últimos quatro anos.
Apesar da aprovação no Senado da instituição do Imposto de Importação de 20% sobre as compras internacionais na semana passada, os analistas consideram que “ainda há um espaço competitivo para essas plataformas com uma ampla variedade de produtos mais baratos”.
De acordo com o relatório, a chegada da Temu ao Brasil deve impactar inicialmente o varejo físico e outras plataformas asiáticas que atuam no país: “Mas a qualidade do produto, o atendimento ao cliente, a velocidade na entrega e a oferta de combos estarão entre os desafios para a fidelização e crescimento no número de clientes da Temu no Brasil.”
Isso porque, além da Shein, a Temu também vai competir diretamente com outras plataformas de comércio online do tipo marketplace, como Amazon e Mercado Livre, “que carregam essas vantagens competitivas nos diversos mercados onde atuam, incluindo o Brasil.”
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Aplicativo chinês já é fenômeno global
Fundada em 2022, a Temu replicou nos últimos anos o crescimento do aplicativo-irmão ODD em mercados internacionais por meio de campanhas com um marketing eficaz, segundo o BTG. Além disso, o app tem como objetivo deixar o hábito de comprar pelo celular “mais divertido”, com gamificação e recomendações de compra personalizadas.
Com mais 440 mil downloads logo após seu lançamento, os números da Temu continuaram crescendo de forma constante. Em abril deste ano, o app já foi baixado mais de 46 milhões de vezes em 18 países, tornando a Temu mais popular que aplicativos já consagrados, como o da Amazon.
Além do Brasil, a plataforma chinesa também quer conquistar outros mercados na América Latina. No México, onde o app foi lançado há alguns meses, a Temu já é o segundo maior em número de downloads, com 19 milhões de usuários ativos mensais - ultrapassando o líder em volume de vendas Mercado Livre, que atualmente tem 15 milhões de usuários mensais.
Os Estados Unidos ainda são o principal mercado da Temu. O país representa 53% dos 46 milhões de downloads globais do aplicativo. Em setembro do ano passado, a Temu tinha 82,4 milhões de usuários ativos nos EUA.
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As estratégias da Temu
De acordo com os analistas do BTG, o preço baixo, frete grátis e experiência de compra gamificada tornam a Temu uma forte concorrente no varejo on-line.
Entre as principais estratégias, o banco destaca as compras em grupo e o investimento multibilionário em publicidade nos Estados Unidos, com o objetivo de “abocanhar” uma parte da participação de mercado da Amazon, maior marketplace de compras online no mundo.
No entanto, o alto investimento também pode se transformar em um desafio para a Temu, que ainda precisa gerar rentabilidade para sua matriz chinesa PDD.
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