Adidas registra primeiro prejuízo em 30 anos – e motivo é o fim de uma parceria
A Adidas vem sofrendo com fim de parceria com rapper norte-americano e crescimento só deve ser visto no segundo semestre de 2024
O nome Kanye West pode não ser familiar no mercado financeiro, mas o rapper norte-americano ultrapassou a influência no ramo musical e pesou nos resultados da gigante Adidas.
O fim de uma parceria da marca com Ye (como West é hoje conhecido), fez a empresa alemã enfrentar um 2023 delicado. Segundo relatório anual, a Adidas teve prejuízo líquido de 75 milhões de euros (R$ 407 milhões).
É a primeira vez em 30 anos que a empresa registra resultado negativo. O desempenho foi puxado pela diminuição em 5% nas vendas.
A Adidas vem sofrendo com o encerramento da linha de calçados Yeezy, desenvolvido em conjunto com o rapper Ye. Em 2023, a descontinuação da parceria representou um prejuízo de 500 milhões de euros (R$ 2,7 bilhões) na comparação anual.
Isso mesmo com o impacto positivo da venda de parte do estoque restante no segundo e terceiro trimestres. Segundo o relatório, a comercialização dos calçados acrescentou 750 milhões de euros (R$ 4,07 bilhões) às vendas líquidas da Adidas.
A marca também registrou queda de 60% no lucro operacional, que caiu de 669 milhões de euros (R$ 3,8 bilhões) em 2022 para 268 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão) em 2023.
Leia Também
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
Para completar o momento difícil da companhia, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) da Adidas também teve queda de 28% em 2023.
Apesar dos resultados, o CEO Bjørn Gulden não vê o cenário com tanta preocupação. “Apesar de perder muita receita da Yeezy e de uma estratégia de sell-in muito conservadora, conseguimos ter receitas estáveis”, afirmou.
- Quer receber insights de investimentos diretamente no seu WhatsApp? Entre na comunidade gratuita, clicando aqui.
O fim da parceria com Ye (ex-Kanye West)
Uma das personagens mais polêmicas do mundo da música, Ye andava lado a lado de gigantes da moda, com parcerias com as marcas Balenciaga, Gap e Adidas. No entanto, as empresas foram pressionadas a romper o relacionamento com o rapper.
A gota d’água foram as falas antissemitas do cantor, após diversas declarações controversas, incluindo associação ao Ku Klux Klan. “Posso dizer coisas antissemitas, e a Adidas não pode me abandonar”, afirmou Ye, em um episódio do podcast “Drink Champs”, em 2022.
Os comentários durante o programa repercutiram na vida financeira do rapper, que perdeu o status de bilionário após as três marcas de vestuário romperem contrato. Segundo a Forbes, o patrimônio de Ye caiu para US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) após a polêmica.
E agora, Adidas?
Apesar das polêmicas com Ye, a Adidas decidiu vender os calçados da Yeezy ao menos pelo preço de custo, em vez de perder o estoque.
Ainda assim, a marca de roupas esportivas vai continuar a sofrer um pouco mais. Segundo o CEO, a empresa espera ter crescimento apenas no 2º semestre de 2024.
De acordo com Gulden, o desempenho na primeira metade do ano será afetado pela redução de estoques elevados nos EUA. Ele também prevê que efeitos cambiais desfavoráveis devem “pesar significativamente na rentabilidade da empresa”.
Para 2024, a companhia projetou lucro operacional de 500 milhões de euros (R$ 2,7 bilhões). A Adidas também anunciou que irá propor dividendo de 0,70 euro (R$ 3,80) por ação.
A marca planeja voltar a pagar dividendos anuais aos acionistas na faixa de 30% a 50% do lucro líquido das operações em andamento.
“Ainda temos muito trabalho a fazer, mas sinto-me muito confiante de que estamos no caminho certo. Traremos a Adidas de volta”, afirmou o CEO Gulden.
*Com informações da CNBC
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.