Acendeu a luz roxa? Ações do Nubank caem forte mesmo depois do bom balanço no 3T24; Itaú BBA rebaixa recomendação
Relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo banco
Quem conferiu a divulgação de balanço do terceiro trimestre do Nubank (ROXO34) na noite de ontem (13/11), com dados positivos como o salto de 107,3% do lucro líquido na comparação anual, pode ter acordado surpreso com a queda das ações do banco na bolsa hoje. Mas analistas do Itaú BBA tem uma boa justificativa para isso.
De acordo com o relatório do banco emitido nesta manhã (14/11), ainda que o Nubank tenha muitos méritos, “este 3T24 desencadeará revisões negativas de lucros e pausas na expansão múltipla”, na opinião dos analistas, que rebaixaram as ações do banco para neutra.
Segundo com o documento, “os KPIs do cliente e a qualidade de crédito do Nu estão bons, mas o trimestre trouxe um componente de desaceleração de receita que não esperávamos”.
“Os empréstimos pessoais e a carteira de cartões do Brasil ainda estão crescendo, mas o ritmo da receita está diminuindo. As folhas de pagamento, a renda alta no Brasil ou no México não atingiram um tamanho suficiente para compensar essa mudança, que aconteceu muito antes do que esperávamos”, aponta o relatório.
O relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo Nubank no próximo ano.
“Hoje as ações estão sendo negociadas a 27x P/L. Rebaixamos as ações para desempenho de mercado com uma nova meta YE25 de US$ 15/ação em comparação aos US$ 17/ação anteriores”, sinalizam os analistas e ainda comentam que “Nu continua sendo uma vencedora de longo prazo em nossa visão, mas monitoraremos os próximos desenvolvimentos de fora”.
Leia Também
Às 12h32 desta quinta, as ações do Nubank caíam 10,84%, negociadas a US$ 13,52.
Nubank: lucro alto, mas margem apertada
O lucro líquido do banco digital foi de US$ 553,4 milhões no período, alta de 18,3% ante o trimestre anterior e de 107,3% na comparação anual. Já o lucro líquido ajustado totalizou US$ 592,2 milhões, alta de 89% na comparação ano a ano.
Com isso, a rentabilidade medida pelo ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) anualizado ficou em 30%, e o ROE anualizado ajustado bateu 33%, em linha com o consenso, mas ligeiramente acima da média das estimativas de analistas coletadas pelo Seu Dinheiro, de 29,7%.
Ainda assim, na visão dos analistas, apesar do lucro líquido estar em linha com as estimativas do próprio Itaú BBA, o Nubank apresentou margens financeiras mais fracas no período, parcialmente compensadas por menor custo de risco e impostos de renda. “Superar provisões ou impostos não é um bom presságio para avaliações de crescimento”, disseram os analistas.
“O longo prazo é bom, mas surgem desafios de curto prazo. A desaceleração na receita atual de cartões e empréstimos pessoais está acontecendo mais rápido do que outros poderiam ganhar força.
Ainda que em teleconferência com analistas, o Nubank tenha comentado sobre a tendência da melhoria da margem financeira líquida (NIM, na sigla em inglês) a médio prazo, os analistas do Itaú BBA acreditam que “normalmente, em bancos, essa tendência não é facilmente alterada ou, pelo menos, não é muito volátil. Alavancar o balanço patrimonial requer produtos, tempo e apetite ao risco”.
Maior desafio em 2025
O Nubank terminou o 3T24 com 109,7 milhões de clientes ativos, com uma taxa de atividade mensal de 84%. Trata-se de um acréscimo de 20,7 milhões de clientes na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o banco, até o fim de setembro, 56% da população adulta do Brasil tinha a sua conta roxa.
Embora o Itaú BBA acredite que o Nu tenha potencial para aumentar a participação de mercado em segmentos de renda média-alta, empréstimos consignados e outros países, uma desaceleração no Brasil não pode ser ignorada, justificam os analistas.
“Além desse ponto de partida mais baixo, acreditamos que os ventos contrários macro estão aumentando para uma provável piora do ciclo de crédito em 2025. Dado que o Nu aumentou a elegibilidade do cliente e os tíquetes médios, ele entraria neste ciclo negativo com mais exposição ao risco”.
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026