Ação da Ultrapar já caiu 15% em 2024 — e é hora de adicionar UGPA3 na carteira, segundo Citi
Perspectiva positiva do banco para os papéis tem base em três pilares: rentabilidade da Ultragaz, maiores vendas da Ultracargo e concorrência saudável na indústria de distribuição de combustíveis
Quem investe em Ultrapar teve um começo de ano difícil na bolsa brasileira em 2024, com perdas da ordem de 15% desde janeiro. Mas, para o Citi, não é hora de se abalar com a desvalorização das ações — e sim aproveitar a queda para adicionar UGPA3 à carteira.
O banco elevou a recomendação para os papéis de neutro para compra e manteve o preço-alvo de R$ 28 para os próximos 12 meses, implicando em um potencial de valorização de 28% frente ao último fechamento.
“Acreditamos que a recente tendência de baixa das ações proporciona um bom nível para comprar UGPA3, uma vez que as melhorias contínuas na área de distribuição de combustível e as operações comerciais resilientes nos seus três segmentos principais devem produzir boas vantagens no futuro”, escreveram os analistas, em relatório.
No início da sessão desta sexta-feira (14), as ações da Ultrapar reagiam positivamente à revisão para cima pelo banco de investimentos. Os ativos UGPA3 chegaram a liderar os ganhos do Ibovespa mais cedo, em um momento de baixa do índice, quando poucos papéis ocupavam o campo positivo.
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui.
A MP do PIS/COFINS
Na visão do Citi, a Ultrapar (UGPA3) enfrentava obrigações financeiras devido à medida provisória (MP) relativa aos créditos tributários de PIS/COFINS.
Porém, na última terça-feira (11), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou a devolução dos trechos mais importantes da medida provisória que limitou a compensação de créditos de PIS/Cofins, em uma derrota para o governo federal.
Leia Também
Ele decidiu devolver ao Planalto os trechos da MP que criam as novas regras para a compensação de créditos de PIS/Cofins e o ressarcimento de crédito presumido de PIS/Cofins.
Segundo os analistas, em meio à MP negativa para o setor de distribuição de combustíveis, a Ipiranga decidiu aumentar os preços de combustíveis em R$ 0,10 por litro para compensar a restrição de créditos fiscais — e outros players poderiam acompanhar o movimento de preços da rede de postos.
Porém, enquanto a medida foi devolvida, o aumento de preços pode ser mantido, o que se traduz em margens mais elevadas em toda a indústria de distribuição.
O que o Citi vê na Ultrapar (UGPA3)
A perspectiva positiva do Citi para a Ultrapar tem base em três pilares: bom nível de rentabilidade da Ultragaz, maiores vendas da Ultracargo e concorrência saudável na indústria de distribuição de combustíveis.
Do lado da rede de postos, os analistas destacam um impulso nas margens do Ipiranga devido ao fim do regime especial do Amapá para importação de combustíveis, um aperto no equilíbrio de oferta e demanda do diesel e o aumento recente do preço dos combustíveis.
“Mantemos nossa visão de margens saudáveis ao longo do ano”, destaca o Citi.
Por sua vez, para a Ultragaz, a projeção é de queda nas margens Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do segundo trimestre, devido a um repasse parcial de preços para proteger a participação de mercado da companhia.
Na visão do banco, a Ultragaz pode se beneficiar de um melhor mix de vendas e maior participação no mercado de gás a granel.
Os analistas avaliam ainda que a estratégia para aumentar a venda cruzada de energia ao consumidor final deve impulsionar a empresa, apoiada por fusões e aquisições no mercado para elevar a oferta de energias de fontes diversas.
No começo desta semana, a Ultragaz abocanhou cerca de 52% na Witzler, que atua na comercialização de energia elétrica no mercado livre e na gestão de energia, por R$ 110 milhões.
Já em março deste ano, a empresa comprou uma participação na Hidrovias do Brasil (HBSA3), em um negócio de mais de R$ 510 milhões para se tornar acionista de referência na companhia.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
Outros pilares da Ultrapar (UGPA3)
Segundo os analistas, a atual transformação da holding Ultrapar (UGPA3) também chama a atenção.
“Eles estão passando por uma revisão de portfólio para melhorar sinergias e buscar novas oportunidades no segmento liberalizado de downstream brasileiro, focado principalmente em refino, gás natural e transição energética”, disse o banco.
“Esperamos que seja desbloqueado mais valor no médio prazo, impulsionado por fusões e aquisições e pela reorganização em curso”, acrescentou.
Já a divisão de logística da Ultrapar (UGPA3), a Ultracargo, pretende aumentar sua capacidade operacional até 2026 e ampliar presença no agronegócio brasileiro.
“A principal preocupação para 2024 são as importações de diesel, que poderão imprimir uma queda ano a ano (se o cenário atual se mantiver), levando a uma queda nas vendas spot (à vista)”, avalia o banco.
Segundo o Citi, ainda que as vendas à vista possuam margens maiores, o recuo nas operações spot não deve reduzir o Ebitda de 2024.
De acordo com os analistas, o indicador deve se manter positivo devido ao aumento planejado de capacidade operacional até o terceiro trimestre de 2024, com maior capacidade em Rondonópolis e com a construção do terminal de Palmeirante.
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
