A Vale (VALE3) vai surpreender de novo? O que esperar do balanço da mineradora no 1T24 após produção e vendas que agradaram o mercado
A companhia divulga nesta quarta-feira (24), após o fechamento do mercado, os primeiros resultados financeiros referentes a 2024; o Seu Dinheiro antecipa o que deve vir por aí
O salto com vara é uma modalidade olímpica clássica que virou sinônimo de prova com grau de dificuldade elevado. Nesta quarta-feira (24), a Vale (VALE3) divulga os resultados do primeiro trimestre de 2024 após o fechamento do mercado — e o sarrafo da mineradora está bem alto.
Isso porque a companhia apresentou relatório operacional com dados de produção e vendas que surpreenderam positivamente o mercado, forçando muito bancão a rever em alta as projeções para o balanço do primeiro trimestre do ano.
“Este é o primeiro trimestre de que lembramos, em muitos anos, no qual a Vale bate nosso modelo de maneira geral — é apenas um trimestre, mas ainda assim é um sinal encorajador de que o guidance pode estar conservador”, disse o Citi em relatório.
A divulgação dos dados de produção na semana passada foi um alento para a mineradora, que enfrenta um ano terrível na B3. No acumulado do ano, as ações VALE3 registram queda de quase 20% em meio a dúvidas do mercado sobre o crescimento da China e disputas internas no comando da companhia.
- Resultado do 1T24 da Vale pode traçar novos rumos no mercado brasileiro. Analistas vão comentar as perspectivas para os papéis da Vale após a divulgação do 1º balanço do ano. Inscreva-se AQUI para a transmissão gratuita.
A Vale (VALE3) saltou bem no 1T24?
Um fator decisivo para um bom salto com vara é a velocidade que o atleta consegue imprimir na corrida de impulsão — e o problema da Vale é que a corrida de impulsão do primeiro trimestre de 2024 teve obstáculos.
A mineradora, apesar do resultado positivo da produção e das vendas, sentiu os efeitos das cotações do minério de ferro no mercado internacional — que recuaram entre janeiro e março — e que devem prejudicar o desempenho financeiro da empresa no período.
Leia Também
Confira as projeções da Bloomberg para a Vale no primeiro trimestre de 2024. As comparações consideram a base anual:
- Lucro líquido: R$ 9,123 bilhões, queda de 6,3%
- Receita: R$ 44,813 bilhões, alta de 2,2%
- Ebitda: R$ 17,878 bilhões, queda de 3,7%
“Os números ainda devem apresentar retração na comparação anual, principalmente devido ao preço médio de venda dos finos de minério de ferro inferior ao realizado no mesmo período em 2023, mas parcialmente compensados pelo volume de vendas e produção mais fortes”, diz o analista da Empiricus, Henrique Cavalcante.
BAGUNÇA NA VALE? COSAN DIMINUI PARTICIPAÇÃO E REDUZ DÍVIDA EM R$ 2 BILHÕES
Os preços praticados pela Vale no minério nos primeiros três meses de 2024 ficaram abaixo dos registrados no mesmo período de 2023.
Para finos, o valor foi de US$ 100,7 por tonelada, de acordo com o relatório de produção e vendas apresentado na semana passada, ante US$ 108,6 registrados no primeiro trimestre de 2023 — uma retração de 7,3%.
“Projetamos lucro líquido com queda de 20% na comparação ano a ano em razão de uma dinâmica de preços mais fraca em finos e do aumento no ritmo de provisão para o acidente de Mariana”, diz a Genial em relatório.
Além dos preços do minério, os analistas do Bank of America citam ajustes de preços provisórios negativos, embarques mais fracos devido à sazonalidade e custos de caixa mais altos, com fretes mais elevados e menor diluição das despesas fixas.
O analista da Empiricus chama atenção também para as provisões que a Vale precisa fazer. “Há ainda uma linha sensível e pouco previsível no resultado, que são as provisões para o pagamento de indenizações relacionadas ao rompimento da barragem em Mariana, que seguem em definição”, diz.
Cavalcante lembra que as provisões afetam diretamente o lucro líquido da companhia e a distribuição de dividendos. “No quarto trimestre de 2023, a Vale elevou o montante provisionado em US$ 1,2 bilhão. É importante monitorar a evolução dessa despesa neste e nos próximos trimestres”, afirma.
- VALE3 vai divulgar balanço do 1T24 hoje: inscreva-se para assistir à análise completa dos especialistas na edição especial do Giro do Mercado, no dia 25/04. É gratuito.
Produção e vendas no resultado do 1T24
O desempenho operacional da Vale foi considerado positivo por analistas e impulsionaram as ações da mineradora na ocasião — o guidance da companhia aponta para a produção entre 310 milhões e 320 milhões de toneladas de minério de ferro neste ano.
O Citi, que tinha projetado Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 3,5 bilhões (US$ 18,2 bilhões) para o trimestre, atualizou a cifra para US$ 3,9 bilhões (R$ 20,2 bilhões) após a divulgação do resultado operacional.
Já o Itaú BBA citou as vendas — que subiram 15% na comparação anual — para elevar a previsão de Ebitda de US$ 3,2 bilhões (R$ 16,6 bilhões) para US$ 3,6 bilhões (R$ 18,7 bilhões).
O BBA, no entanto, espera resultados trimestrais mais fracos, “impactados por preços realizados de minério mais fracos sequencialmente, volumes mais baixos e custos mais altos”.
As operações de níquel também devem pesar sobre o desempenho financeiro da Vale — com perdas de 33% no preço e recuo de 17% nas vendas na comparação anual.
O resultado, que representa a comercialização de 33,1 mil toneladas, é explicado “por uma acumulação de estoques em antecipação à manutenção planejada durante o segundo trimestre”, diz o BTG Pactual.
- LEIA TAMBÉM: Como ficam os investimentos em VALE3 depois da divulgação dos resultados de 1T24 da companhia?
Sequência do game mais vendido de todos os tempos é adiada de novo — e o medo do fracasso é um dos motivos
Com fracasso do Cyberpunk 2077 como referência, estúdio responsável pelo GTA 6 opta por ganhar tempo para alcançar o nível de qualidade esperado
Embraer (EMBJ3) está descontada na bolsa, e JP Morgan eleva preço-alvo para potencial de alta de até 42%
O JP Morgan atualizou suas estimativas para a ação da Embraer (EMBJ3) para R$ 108 ao final de dezembro de 2026. A nova projeção não está tão distante da anterior, de R$ 107 por ação, mas representa uma alta de até 27%. Incluindo a divisão EVE, subsidiária de veículos elétricos de pouso vertical, os chamados […]
Laranjinha vs. Roxinho na Black Friday: Inter (INBR32) turbina crédito e cashback enquanto Nubank (ROXO34) aposta em viagens
Inter libera mais de R$ 1 bilhão para ampliar poder de compra no mês de novembro; Nubank Ultravioleta reforça benefícios no Nu Viagens
Cemig (CMIG4) vira ‘moeda de troca’ de Zema para abater dívidas do Estado e destravar privatização
O governador oferta a participação na elétrica para reduzir a dívida de MG; plano só avançaria com luz verde da assembleia para o novo modelo societário
Petrobras (PETR4) ignora projeção, tem lucro 2,7% maior no 3T25 e ainda pagará R$ 12,6 bilhões em dividendos
Nos cálculos dos analistas ouvidos pela Bloomberg, haveria uma queda do lucro entre julho e setembro, e os proventos viriam na casa dos R$ 10 bilhões
Banco ABC Brasil (ABCB4) quer romper o teto histórico de rentabilidade e superar os 15% de ROE: “nunca estamos satisfeitos”, diz diretor
Mesmo com ROE de 15,5%, o diretor financeiro, Ricardo Moura, afirma que está “insatisfeito” e mapeia as alavancas para entregar retornos maiores
Magazine Luiza (MGLU3) tem lucro quase 70% menor no 3T25 e CFO culpa a Selic: “ainda não estamos imunes”
A varejista registrou lucro líquido ajustado de R$ 21 milhões entre julho e setembro; executivo coloca o desempenho do período na conta dos juros elevados
“Estamos vivendo um filme de evolução”, diz CFO da Espaçolaser (ESPA3). Receita e Ebitda crescem, mas 3T25 ainda é de prejuízo
A rede de depilação fechou o trimestre no vermelho, mas o diretor Fabio Itikawa vê 2025 como um ano de reconstrução: menos dívida, mais caixa e expansão apoiada em franquias
Cogna (COGN3) acerta na lição de casa no 3T25 e atinge menor alavancagem em 7 anos; veja os destaques do balanço
A companhia atribui o resultado positivo do terceiro trimestre ao crescimento e desempenho sólido das três unidades de negócios da empresa: a Kroton, a Vasta e a Saber
Axia (ELET3): após o anúncio de R$ 4,3 bilhões em dividendos, ainda vale comprar a ação da antiga Eletrobras?
Bancos consideraram sólido o desempenho da companhia no terceiro trimestre, mas um deles alerta para a perda de valor do papel; saiba o que fazer agora
Adeus home office: Nubank (ROXO34) volta ao escritório por “custos invisíveis”; funcionários terão tempo para se adaptar ao híbrido
O Nubank se une a diversas empresas que estão chamando os funcionários de volta para os escritórios
Minerva (BEEF3) tem receita líquida e Ebitda recordes no 3T25, mas ações desabam na bolsa. Por que o mercado torce o nariz para o balanço?
Segundo o BTG Pactual, com um trimestre recorde para a Minerva, o que fica na cabeça dos investidores é: o quão sustentável é esse desempenho?
Rede D’Or (RDOR3) brilha com lucro 20% acima das expectativas, ação é a maior alta da bolsa hoje e ainda pode subir mais
No segmento hospitalar, a empresa vem conseguindo manter uma alta taxa de ocupação dos leitos, mesmo com expansão
Vai caber tudo isso na Raposo Tavares? Maior empreendimento imobiliário do Brasil prepara “cidade própria”, mas especialistas alertam para riscos
Reserva Raposo prevê 22 mil moradias e até 80 mil moradores até 2030; especialistas alertam para mobilidade, infraestrutura e risco de sobrecarga urbana
iPhone, iPad, MacBook e mais: Black Friday da iPlace tem produtos da Apple com até 70% de desconto, mas nem tudo vale a pena
Rede autorizada Apple anuncia descontos em iPhones, MacBooks, iPads e acessórios, mas valores finais ainda exigem avaliação de custo-benefício
Banco ABC Brasil (ABCB4) corta guidance e adota tom mais cauteloso para 2025, mesmo com lucro e rentabilidade em alta no 3T25
O banco entregou mais um trimestre previsível, mas decidiu ajustar as metas para o ano; veja os principais números do resultado
O melhor está por vir para a Petrobras (PETR4)? Balanço do 3T25 pode mostrar que dividendo de mais de R$ 10 bilhões é apenas o começo
A produção de petróleo da estatal deve seguir subindo, de acordo com bancos e corretoras, abrindo caminho para novas distribuições robustas de proventos aos acionistas
Empreender na América Latina exige paciência, mas o país menos burocrático da região vai deixar você de queixo caído
Estudo internacional mostra que este país reduziu o tempo para abrir empresas e agora lidera entre os países latino-americanos, enquanto outro enfrenta o maior nível de burocracia
Serena Energia (SRNA3) está mais perto de se unir à lista de empresas que deram adeus à bolsa, após Ventos Alísios comprar 65% da empresa
A operação é resultado do leilão realizado no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) para fechamento de capital e saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3
C&A (CEAB3) dá close no Ibovespa: ações figuram entre as maiores altas do dia, e bancos apontam a tendência do 4T25
A expectativa é de que a C&A continue reduzindo a diferença em relação à sua maior concorrente, a Lojas Renner — e os números do terceiro trimestre de 2025 mostram isso