🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Nelson Rocco

EXPORTADORAS

XP avalia impacto do PIS/Cofins sobre Raizen (RAIZ4), Marfrig (MRFG3), BRF (BRFS3) e Jalles (JALL3) e vê possível ponto de entrada em uma dessas ações

A maior dificuldade, na avaliação da XP, é calcular o saldo de créditos de PIS/Cofins gerados por essas empresas

Nelson Rocco
5 de junho de 2024
11:36 - atualizado às 12:42
exportações
Empresas exportadoras estão expostas a crédito presumido de PIS/Cofins. Imagem: Shutterstock

O governo federal anunciou ontem as principais linhas da medida provisória para compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores e dos municípios. A desoneração da folha tem estimativa de impacto de R$ 26,3 bilhões, dos quais R$ 15,8 bilhões se referem aos 17 setores produtivos e R$ 10,5 bilhões aos municípios, mas seus efeitos também poderão ser sentidos por empresas listadas na bolsa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Medida Provisória 1.227, editada ontem, altera a regulamentação do PIS/Cofins e deve trazer impactos significativos especialmente para empresas com operações de exportação, como Raízen (RAIZ4), Marfrig (MRFG3), BRF (BRFS3) e Jalles (JALL3).

A avaliação consta de relatório da corretora XP assinado pelos analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca.

“Esperamos que as mudanças tenham um impacto significativo nos setores de alimentos e bebidas e agronegócio, especialmente para operações de exportação, devido à sua exposição ao crédito presumido de PIS/Cofins”, afirmam os analistas.

Como ocorrerá a compensação do PIS/Cofins

A compensação virá por duas medidas:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • a restrição ao ressarcimento de créditos presumidos de PIS/Cofins de oito setores, com impacto estimado de R$ 11,7 bilhões; e
  • a limitação da compensação cruzada, isto é, de créditos de PIS/Cofins gerados no regime não-cumulativo com os débitos de outros tributos que não o próprio PIS/Cofins, com impacto estimado de R$ 17,5 bilhões.

No total, as medidas de compensação atingem R$ 29,2 bilhões.

Leia Também

Medidas entram em vigor imediatamente

As medidas entram em vigor imediatamente, segundo um outro relatório da corretora XP.

“Por se tratar de mudança em regra de compensação e ressarcimento de créditos tributários, não há necessidade de observância da anterioridade nonagesimal”, diz o texto.

Assim, “a mudança entra em vigor a partir do momento da edição da medida provisória, algo semelhante ao que se verificou com a edição da Medida Provisória nº 1.202/2023, que restringiu o uso de créditos tributários de origem judicial”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para os analistas, devido à falta de visibilidade do tamanho desse crédito presumido, já que algumas empresas não divulgam essa informação em suas demonstrações financeiras, o principal desafio será medir o impacto real.

“Considerando todo o montante de impostos recuperáveis de PIS/Cofins (irrealista e, provavelmente, o pior cenário) versus seu valor de mercado, as empresas com o potencial de impacto de mercado negativo dentro de nossa cobertura são Raízen, Marfrig, BRF e Jalles”, afirmam no relatório.

Fim da compensação cruzada de PIS/Cofins

A capacidade de monetizar créditos de PIS/Cofins será restringida pela nova MP, uma vez que as empresas não poderão mais realizar a compensação cruzada (ou seja, usar créditos tributários de PIS/Cofins para abater outros passivos tributários). As empresas poderão solicitar o ressarcimento de qualquer saldo remanescente.

De acordo com o relatório, “embora especialistas em impostos indiquem que o governo tem até 360 dias para processar essas solicitações, eles antecipam que podemos esperar possíveis atrasos”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, dizem, “os créditos gerados a partir do regime específico de crédito presumido de PIS/Cofins não podem mais ser compensados e devem ser reconhecidos como uma baixa no balanço patrimonial, também de acordo com especialistas tributários”.

Como resultado, os analistas dizem acreditar que o principal impacto estará vinculado à parcela de créditos originados pelo regime de crédito presumido de PIS/Cofins, uma vez que as empresas enfrentarão, de fato, uma monetização mais difícil no curto prazo, mas poderão solicitar o ressarcimento do saldo remanescente.

Os impactos para cada companhia

O principal desafio na avaliação do risco, segundo o relatório da XP, está na identificação do saldo de créditos gerados a partir do regime exclusivo de crédito presumido de PIS/Cofins.

“Dentro de nossa cobertura, algumas empresas divulgam as leis que originaram esses créditos, enquanto outras não (...). Considerando o saldo total de tributos recuperáveis de PIS/Cofins e a capitalização de mercado, as empresas com maior probabilidade de sofrer um impacto significativo no mercado são Raízen (29,5% da capitalização de mercado), Marfrig (17,1%), BRF (7,9%) e Jalles (6,7%), embora destaquemos que os créditos originados pelo regime específico de crédito presumido de PIS/Cofins devem representar uma parcela menor no valor total.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo Alencar e Fonseca, no caso específico da Raízen, a companhia poderia compensar os ativos de PIS/Cofins nas operações de produção de açúcar e etanol, embora possa levar anos para compensar o valor total dos créditos tributários, que é grande devido ao benefício da lei complementar 192/22.

Incertezas sobre os impactos financeiros dos créditos de PIS/Cofins

Os analistas avaliam que a reação do mercado é justa para a maioria dos casos, devido às muitas incertezas em torno dos possíveis impactos financeiros nas empresas, e esperam algum ruído político devido aos possíveis efeitos negativos no setor de agronegócios.

Para eles, as ações da Raízen e da Marfrig podem ainda apresentar uma performance negativa devido à representatividade dos créditos tributários em relação ao valor de mercado.

“Caso os créditos tributários relacionados a créditos presumidos representem uma parcela menor do total de créditos tributários de PIS/Cofins, acreditamos que a reação do mercado poderia ser exagerada para a BRF, potencialmente abrindo um ponto de entrada, especialmente porque prevemos um forte segundo trimestre à frente”, dizem no texto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MERCADOS

Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima

11 de novembro de 2025 - 12:57

Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos

NÃO TÃO VACA LEITEIRA

Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas

11 de novembro de 2025 - 6:03

Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções

O QUE FAZER COM AS AÇÕES?

Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?

10 de novembro de 2025 - 15:05

O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade

NÃO TEM MAIS COMO CONTINUAR

Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa

10 de novembro de 2025 - 12:30

Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores

AO INFINITO E ALÉM

Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073

10 de novembro de 2025 - 12:17

O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços

DE CARA NOVA

Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje

10 de novembro de 2025 - 9:51

Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa

A BOLSA NAS ELEIÇÕES

A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda

9 de novembro de 2025 - 15:31

O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?

9 de novembro de 2025 - 10:30

Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção

DISNEY GARANTIDA?

Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo

8 de novembro de 2025 - 16:43

A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025

A SEMANA NA BOLSA

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações

8 de novembro de 2025 - 11:31

O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos

HORA DE COMPRAR?

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?

7 de novembro de 2025 - 18:11

As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo

REAÇÃO AO BALANÇO

Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”

7 de novembro de 2025 - 12:25

A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza

FOME DE CRESCER

Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento

7 de novembro de 2025 - 10:17

Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489

6 de novembro de 2025 - 18:58

O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.

TOUROS E URSOS #246

A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário

6 de novembro de 2025 - 13:00

Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário

CARTA DA ATMOS

As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa

6 de novembro de 2025 - 10:55

Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora

DE SÃO PAULO A WALL STREET

Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?

5 de novembro de 2025 - 19:03

Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614

5 de novembro de 2025 - 18:14

Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe

REAÇÃO AO BALANÇO

Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?

5 de novembro de 2025 - 9:28

Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25

SD ENTREVISTA

Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais

4 de novembro de 2025 - 17:50

O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar