Uma ação para a ceia de Natal: JBS (JBSS3) é a favorita dos analistas para investir em dezembro e surfar o dólar forte
Há quatro fatores principais que impulsionaram o frigorífico para o topo das recomendações dos analistas para este mês; veja o ranking com indicações de 13 corretoras
À medida que o Natal se aproxima e os dias no calendário diminuem, os analistas financeiros já estão na cozinha, temperando o peru para a festa dos investidores. No topo da lista de ingredientes para um dezembro lucrativo, a JBS (JBSS3) surge como a ação mais saborosa para apostar neste mês, segundo os especialistas.
O frigorífico dono de marcas como Seara, Swift e Friboi liderou o ranking de papéis mais indicados para investir no mês, acumulando sete recomendações das 13 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro.
Os analistas ainda recomendam dois “presentes” para colocar embaixo da árvore da bolsa brasileira e preparar o portfólio para o Natal: o Itaú Unibanco (ITUB4), que aparece entre as favoritas de seis analistas, e a Petrobras (PETR4), que conquistou a preferência de quatro carteiras.
Veja as principais apostas de cada corretora para dezembro:
Entendendo a Ação do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são as apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 papéis, os analistas indicam os três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
JBS (JBSS3): a ação favorita dos analistas para o fim de ano
Ainda que a JBS (JBSS3) tenha papel importante nas festividades de fim de ano, com marcas sempre garantindo presença nos carrinhos de supermercado dos brasileiros, os fartos jantares de Natal e Ano Novo não fazem parte dos pilares das teses otimistas dos analistas.
Leia Também
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Na realidade, parte do otimismo com as ações da empresa de proteínas vem do preço.
Não me entenda mal. Em termos absolutos, com uma valorização acumulada de mais de 60% desde o início do ano — uma das maiores altas do Ibovespa no ano —, a JBS não cumpriria os requisitos tradicionais para ser vista como uma pechincha.
No entanto, em termos de múltiplos, os analistas acreditam que as ações ainda estão baratas e têm potencial para subir mais na bolsa brasileira.
Na visão do BTG Pactual, a JBS (JBSS3) é a “melhor opção de risco-retorno” no setor, atualmente negociada a um valuation atraente e com um rendimento robusto de fluxo de caixa livre (FCF), mesmo com margens normalizadas.
“As operações diversificadas da JBS continuam impulsionando resultados fortes. Esperamos que PPC, Carne Suína nos EUA e Austrália se beneficiem diretamente do ciclo desafiador de gado nos EUA, enquanto fundamentos cíclicos favoráveis também apoiam as operações brasileiras”, disse o banco.
Segundo os analistas, com um ciclo de gado nos EUA mais desafiador do que esperávamos, os múltiplos pressionados da JBS já precificam este cenário — e há espaço para revisões positivas de lucros pelo mercado.
JBS (JBSS3) como proteção ao dólar forte
Para os analistas, a JBS (JBSS3) também é uma boa pedida para surfar a valorização do dólar e proteger a carteira de investimentos da volatilidade macroeconômica.
Afinal, por ser exportadora, a companhia tem boa parte das vendas realizadas em dólar, enquanto a maior parcela de seus custos é em moeda local. Por isso, um real fraco normalmente é benéfico para as empresas de exportação como o frigorífico.
Não à toa, as ações JBSS3 subiram 6,63% no acumulado de novembro, ajudadas pelo dólar mais forte, enquanto o Ibovespa e outros papéis listados na B3 sofreram com o peso da deterioração do cenário macroeconômico local.
O momento de lucros
Outro ponto por trás da tese positiva dos analistas é o atual momento de lucros da JBS.
A dona da Seara entregou resultados melhores do que o esperado no terceiro trimestre de 2024, com forte desempenho da divisão de carne bovina do Brasil, melhora da Seara e números positivos no segmento de carne suína dos EUA.
É importante destacar que as operações da JBS no Brasil e na Austrália, além da carne suína dos EUA, estão em momentos positivos dos seus respectivos ciclos, com margens sólidas em meio à desaceleração do ciclo norte-americano.
Na avaliação do Santander, as margens da Pilgrim’s Pride (PPC), subsidiária da JBS nos EUA, devem continuar em uma trajetória de recuperação devido à oferta restrita de frango, que deve persistir pelo menos até fevereiro de 2025.
Outro ponto que deve beneficiar a companhia é a queda nos custos de insumos — em especial, da ração — acompanhando uma provável safra de grãos forte nos EUA, apoiada por boas condições climáticas durante o plantio.
A perspectiva também é positiva para o Brasil. Para os analistas, os lucros da Seara devem melhorar no futuro em meio ao aumento dos preços e das exportações brasileiras de aves.
“O crescimento limitado da produção nos EUA com a demanda crescente deve levar a um maior mercado endereçável para o Brasil, pois representa 36% do comércio global de aves”, disse o Santander.
Veja também:
- Por que a JBS (JBSS3) anunciou um plano de investimento de US$ 2,5 bilhões em acordo com a Nigéria — e o que esperar das ações
- “Vivemos em um manicômio tributário”: JBS (JBSS3) cresce globalmente, mas o peso do ‘custo Brasil’ ainda é um obstáculo para o agro brasileiro, diz Wesley Batista
O fim do risco causado por eventos climáticos adversos como a La Niña no fim do ano também poderia levar ao crescimento da produção de grãos no Brasil e na Argentina, o que reduziria um dos principais custos da JBS na região.
O Santander avalia ainda que há outro fator que poderia destravar valor para as ações da JBS (JBSS3): um eventual IPO (oferta inicial de ações) nos EUA.
“A potencial listagem nos EUA seria transformacional e poderia preparar a empresa para uma nova fase de crescimento, ao mesmo tempo que lhe permitiria acesso a uma nova base de investidores e financiamento”, escreveram os analistas.
Recentemente, os analistas do banco elevaram o preço-alvo das ações JBSS3 de R$ 45,00 para R$ 49,00 para o fim de 2025, o que implica em uma valorização potencial de 27,5% em relação ao último fechamento.
O que pode atrapalhar a JBS (JBSS3)?
Apesar da visão positiva para as ações, como em toda tese de investimentos, há riscos no radar.
Uma delas é um eventual aumento dos preços do milho por condições climáticas desfavoráveis, o que elevaria as despesas da JBS.
- Carteira que já rendeu mais de 200% do Ibovespa está disponível sem custos para leitores do Seu Dinheiro; veja como receber
Se houver um cenário de deterioração macroeconômica e demanda global por proteínas mais fraca do que o esperado, bem como uma maior volatilidade do câmbio, o panorama também seria prejudicial à companhia.
Outros riscos citados são uma desaceleração cíclica mais longa do que o esperado nos EUA, mantendo as margens do negócio de carne bovina pressionadas por mais tempo, além de uma eventual retração mais acentuada dos ciclos pecuários no Brasil e na Austrália.
Há ainda os riscos sanitários inerentes ao setor de frigoríficos como um todo. Se houver alguma crise nesse sentido — como eventuais surtos de gripe aviária, por exemplo — no Brasil e nos EUA, as empresas de alimentos processados como a JBS seriam penalizadas.
O fantasma de possíveis litígios ou restrições decorrentes de questões anteriores de governança corporativa também podem fazer pressão.
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje
O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA
De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem
Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa
Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros
Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348
Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA
Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis
Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor
Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas
Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026
FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal
Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura
Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346
As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados
