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Larissa Vitória
Larissa Vitória
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
BALANÇO DE NOVEMBRO

Com alta de mais de 38%, bitcoin domina o ranking de maiores investimentos do mês; dólar dispara e aparece no pódio

O cenário político doméstico e internacional foi um dos fatores que mais pesou para o bom desempenho do bitcoin e do dólar em novembro

Larissa Vitória
Larissa Vitória
29 de novembro de 2024
19:31 - atualizado às 9:49
Bitcoin em cima de um dólar em preto e branco
Imagem: Shutterstock

Em forte alta desde o início do mês, o bitcoin (BTC) não deixou espaço para mais ninguém na corrida pelo título de melhor investimento de novembro. Impulsionada principalmente pela vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, a criptomoeda saltou 41,5% no período.

Ao longo de novembro, o BTC renovou sucessivas marcas históricas e chegou a encostar no inédito patamar dos US$ 100 mil. No ano, a alta acumulada é de três dígitos, ultrapassando os 183%.

Completam o pódio dos melhores investimentos uma dupla de dólar. Em meio ao estresse do mercado com o cenário fiscal brasileiro, o dólar à vista aparece na segunda colocação com alta de 3,81%, enquanto o PTAX — que é a taxa de câmbio de referência para a moeda norte-americana no Brasil — subiu 3,63%.

Outro destaque do mês, que também ficou marcado pela continuidade do ciclo de alta dos juros, foi a renda fixa. O Tesouro Selic, o CDI, o Índice de Debêntures da Anbima e a poupança foram os únicos outros ativos além das moedas a registrarem uma variação positiva em novembro.

Os principais produtos da renda variável, por outro lado, terminaram o período no vermelho. O IFIX, índice que reúne os maiores fundos imobiliários da bolsa brasileira, caiu 2,11%, em uma das piores performances da carteira do ano.

O Ibovespa, por sua vez, recuou 3,12%, com as ações de construtoras, varejistas e outros segmentos ligados ao consumo puxando a fila das perdas.

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As últimas posições do ranking ficaram com os títulos públicos prefixados e atrelados à inflação. Vale relembrar que os preços desses ativos sofrem os efeitos da chamada marcação a mercado e possuem uma correlação inversa com os juros — ou seja, caem quando a Selic sobe, e vice-versa.

O Tesouro Prefixado com juros semestrais e vencimento em 2035 caiu 6,15%, enquanto o prefixado sem juros e com vencimento em 2031 cedeu 6,55%. A maior queda de novembro foi registrada pelo Tesouro IPCA+ 2045, que recuou 6,75% no mês e tomba 18,2% no ano.

Veja a seguir o ranking dos melhores e piores investimentos do mês:

InvestimentoRentabilidade no mêsRentabilidade no ano
Bitcoin38,86%183,36%
Dólar à vista3,81%23,65%
Dólar PTAX3,63%23,68%
Tesouro Selic 20290,91%10,25%
Tesouro Selic 20270,90%10,21%
CDI*0,83%9,81%
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)*0,82%12,54%
Poupança nova**0,57%6,41%
Poupança antiga**0,57%6,41%
Ouro (GOLD11)0,00%57,56%
Tesouro Prefixado 2027-2,03%-
Tesouro IPCA+ 2029-2,06%-0,61%
IFIX-2,11%-5,26%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035-3,03%-4,44%
Ibovespa-3,12%-6,35%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040-3,96%-6,40%
Tesouro IPCA+ 2035-4,15%-9,06%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055-4,99%-10,91%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035-6,16%-
Tesouro Prefixado 2031-6,55%-
Tesouro IPCA+ 2045-6,75%-18,20%

(*) Até dia 30/10. (**) Poupança com aniversário no dia 28.

Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.

Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc.

Trump lá e Haddad aqui: o que fez o bitcoin e o dólar irem às alturas?

O cenário político foi um dos fatores que mais pesou para o bom desempenho do bitcoin e do dólar em novembro, mas por motivos distintos.

Do lado das criptos, a notícia de que Trump voltará à Casa Branca, confirmada ainda no início do mês, teve impacto amplamente positivo nos preços e também impulsionou ações correlatas. O movimento ficou conhecido como "Trump Trade", pois o republicano é visto como um defensor do segmento.

Trump é famoso por fazer diversos acenos para o setor de ativos digitais, como lançar uma coleção de figurinhas digitais no formato de NFTs em dezembro de 2022. A relação do republicano com o universo cripto se fortaleceu nos últimos meses da campanha presidencial, o que angariou o apoio de personalidades desse universo.

Entre as promessas do futuro ocupante da Casa Branca para esse segmento, estão a indicação de um novo chefe para a SEC, a CVM dos EUA, e a criação de um estoque estratégico nacional de bitcoin do governo norte-americano.

Já no caso do dólar, a depreciação do real também está ligada a uma promessa de campanha, mais especificamente ao compromisso do presidente Lula de aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.

Lula exigiu que a medida fosse divulgada junto ao aguardado pacote de gastos do governo, antecipado ao longo do mês e cujo objetivo era justamente melhorar a percepção das contas públicas. Mas o acompanhante inesperado — e indesejado pelo potencial impacto na arrecadação — causou o efeito contrário e levou o risco fiscal às alturas.

Na visão do mercado, o governo optou por priorizar medidas que aumentam os gastos, em vez de apresentar cortes significativos de despesas. Com o aumento da pressão cambial, o dólar ultrapassou a marca psicológica dos R$ 6 e renovou os maiores patamares de fechamento da história nos últimos dias.

Cenário doméstico conturbado pesou sobre a renda variável

O desastrado anúncio do pacote de corte de gastos também pesou sobre os ativos de risco. O Ibovespa já vinha sendo penalizado pela demora do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da equipe econômica em liberar as medidas para o público — e as perdas só se intensificaram após a divulgação.

Isso porque a ameaça à arrecadação cria a expectativa de que o Banco Central talvez tenha de acelerar ainda mais o ciclo de alta dos juros para compensar o fiscal, o que eleva os juros futuros em todas as pontas.

Vale relembrar que a alta dos juros de mercado tende a pesar principalmente sobre as ações de setores ligados ao consumo e, consequentemente, ao crédito — que encarece em momentos de aperto monetário.

Confira abaixo os piores desempenhos do Ibovespa em novembro:

EmpresaCódigoDesempenho
MRVMRVE3-23,70%
HapvidaHAPV3-23,30%
Lojas RennerLREN3-18,90%
CyrelaCYRE3-15,36%
CSN MineraçãoCMIN3-14,98%
BraskemBRKM5-14,58%
Carrefour BrasilCRFB3-14,55%
UltraparUGPA3-14,12%
CosanCSAN3-13,79%
AzulAZUL4-13,20%
Fonte: TradingView

Veja também as maiores altas entre as ações que compõem a carteira do principal índice da B3:

EmpresaCódigoDesempenho
EmbraerEMBR319,91%
MarfrigMRFG319,63%
BravaBRAV317,08%
CVC BrasilCVCB317,07%
Metalúrgica GerdauGOAU312,92%
GerdauGGBR412,62%
PetrobrasPETR39,11%
PetrobrasPETR48,33%
KlabinKLBN118,29%
JBSJBSS36,63%
Fonte: TradingView

O cenário também não é favorável para os fundos imobiliários, pois as construções são altamente dependentes de crédito e taxas elevadas encarecem os financiamentos.

No caso da renda fixa, apesar de aumentar a atratividade da classe — especialmente dos títulos pós-fixados e os atrelados à Selic e ao CDI —, os juros maiores elevam as taxas pagas pelos títulos públicos prefixados e indexados à inflação, o que diminuiu os preços no mercado.

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