O ‘Pix do investidor’ vem aí? CVM quer facilitar portabilidade de fundos e acabar com ‘corpo mole’ de bancos e corretoras
Transferência de recursos alocados em fundos de investimento para outro custodiante ainda pode ser muito burocrática
Você ainda se lembra como era transferir recursos de uma conta para a outra antes do do Pix? Caso o destinatário não possuísse conta no mesmo banco que você, era necessário recorrer ao DOC ou à TED, que poderiam ter a cobrança de taxas ou limitação de valores.
Após eliminar esses custos e barreiras de tempo, o Pix aumentou exponencialmente o uso de transações eletrônicas entre os brasileiros.
A situação é parecida com a do investidor que quer transferir suas aplicações em fundos de investimento de um banco ou corretora para outra instituição financeira.
Em muitos casos, é necessário resgatar o fundo para transferir os recursos, incorrendo em perdas vinculadas à tributação e até mesmo à demora para liquidar a cota.
E justamente para resolver essa dificuldade, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o regulador do mercado financeiro, quer definir ainda neste terceiro trimestre a regra para a portabilidade de fundos de investimento.
“A portabilidade é o Pix do mercado de capitais”, comparou o presidente da CVM, João Pedro Nascimento.
Leia Também
De acordo com o executivo, uma das principais dificuldades em relação à portabilidade atualmente é o “pouco incentivo” para que a instituição de origem agilize o processo, já que ela está prestes a perder recursos sob custódia.
"A primeira abordagem é simplificar: pedir a portabilidade para a instituição de destino, não a de origem", disse Nascimento.
Neste caso, a solução para a plataforma de origem manter o dinheiro seria conquistar o cliente, por meio de um bom serviço — e não burocratizando a movimentação do dinheiro.
O que é a portabilidade de investimentos e como ela funciona hoje?
A portabilidade de investimentos nada mais é do que a troca de custódia dos ativos de uma instituição financeira para outra, sem a necessidade de resgate.
Em outras palavras, é como transferir um título do Tesouro Direto custodiado pela corretora A, para a corretora B, por conta de uma preferência pessoal ou pelos serviços prestados.
Para ativos negociados em bolsa ou mesmo títulos de renda fixa, essa transferência é mais simples.
Contudo, quando se trata se fundos de investimento, é preciso cumprir os seguintes requisitos:
- A plataforma de destino precisa distribuir o mesmo fundo;
- Os fundos precisam ser exatamente os mesmos, com o mesmo CNPJ;
- Os recursos alocados não podem estar fixados como garantia de outras operações com a instituição financeira de origem.
Segundo o analista Alexandre Alvarenga, especialista em fundos de investimentos da Empiricus, essas restrições, somadas ao desejo dos bancos e corretoras em reter os recursos de seus clientes, acabam abrindo espaço para uma “malandragem” das instituições.
“Muitas plataformas usam dessa barreira em fundos tradicionais para ‘travar’ seus clientes. Por exemplo, a plataforma X cria um ‘fundo espelho’ de um fundo famoso, mas para ser distribuído apenas em sua plataforma, com outro CNPJ. Se o investidor aporta ali, não consegue sair, porque ele só existe naquela corretora.”
Alvarenga entende que essa dinâmica pode mudar em breve, com a implementação do sistema de classes e subclasses da resolução 175 da CVM. Até lá, ele indica uma maneira estratégica de “driblar” as restrições.
Previdência privada permite migrar de um fundo para o outro
Como a portabilidade em fundos tradicionais vale apenas para produtos com o mesmo CNPJ, hoje é impossível mudar a estratégia sem resgatar os valores aplicados em outras situações.
Mas existe uma exceção. No caso dos fundos de previdência, é possível fazer a portabilidade trocando o fundo e a estratégia, mantendo o tempo de contribuição.
O único impeditivo seria mudar a modalidade do fundo, de VGBL para PGBL ou vice-versa, de acordo com o analista da Empiricus.
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui