🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Jornalista formada pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), em 2025 foi eleita como uma das 50 jornalistas mais admiradas da imprensa de Economia, Negócios e Finanças do Brasil. Já passou pela redação do TradeMap.

EM XEQUE

Dólar vai acima de R$ 7 ou de volta aos R$ 5,20 em 2025: as decisões do governo Lula que ditarão o futuro do câmbio no ano que vem, segundo o BTG 

Na avaliação dos analistas, há duas trajetórias possíveis para o câmbio no ano que vem — e a direção dependerá quase que totalmente da postura do governo daqui para frente

Camille Lima
Camille Lima
12 de dezembro de 2024
17:29 - atualizado às 17:09
Dólar forte contra o real.
Dólar forte contra o real. - Imagem: iStock

O dólar rompeu pela primeira vez na história a barreira de R$ 6,00 há poucas semanas — e já tem analistas prevendo que a moeda norte-americana pode atingir novos picos no ano que vem. Em meio ao clima de crescente incerteza sobre a fragilidade do cenário fiscal do Brasil, o BTG Pactual acendeu um alerta para um câmbio acima de R$ 7,00 em 2025.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na avaliação do banco, a recente deterioração das expectativas em relação às contas públicas levou a uma revisão de estimativas para o câmbio. Agora, os analistas projetam uma taxa de R$ 6,25 ao final do ano que vem e de R$ 6,35 no fim de 2026

Vale lembrar que o dólar saiu do patamar de R$ 5,80 em meados de novembro para as máximas em torno de R$ 6,10 nos primeiros dias de dezembro. 

Diante do rali recente do dólar, o câmbio se viu diante de uma queda livre. No acumulado do ano, a depreciação do real ultrapassa os 25% — saindo de R$ 4,85 no fim de 2023 para a máxima de R$ 6,08 nesta semana

Dólar: uma trajetória até os R$ 7,00 ou aos R$ 5,20 — a depender do governo

Na visão dos analistas, há duas trajetórias possíveis para o câmbio no ano que vem — e a direção dependerá quase que totalmente da postura do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva daqui para frente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Há espaço para o dólar se apreciar ainda mais no ano que vem, para além do patamar de R$ 6,00, segundo o BTG. 

Leia Também

“Ações do governo que contornem o orçamento, intensifiquem mecanismos parafiscais, minem a credibilidade da política monetária ou envolvam intervenções no mercado cambial teriam potencial de levar o câmbio a ultrapassar a barreira de R$ 7,00 no próximo ano”, escreveu o banco, em relatório. 

Isso não significa que tudo está perdido para a moeda brasileira. No caminho imediatamente inverso, há uma forma de o real escapar da completa depreciação em 2025.

Caso o governo anunciasse medidas “claras e críveis” de comprometimento com a sustentabilidade da dívida pública, as expectativas poderiam voltar a se alinhar — o que permitiria uma apreciação do real em relação ao dólar para níveis próximos a R$ 5,20 já em 2025. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por trás da derrocada do real em 2024

É fato que a eleição de Donald Trump trouxe o risco de um dólar estruturalmente mais forte nos próximos quatro anos, com pressão adicional sobre as moedas de economias emergentes.

No entanto, segundo os analistas, menos de 30% da depreciação do real foi explicada por fatores externos. Na realidade, o principal detrator da moeda brasileira foi a frustração do mercado com o pacote de medidas de corte de gastos anunciado nas últimas semanas.

De acordo com o BTG, a maior parte dos motivos por trás da desvalorização do câmbio estão relacionados ao aumento das preocupações dos investidores quanto à sustentabilidade da dívida pública no longo prazo e à condução da política econômica do Brasil nos próximos trimestres. 

“Apesar dos esforços de comunicação da equipe econômica e da apresentação das novas propostas para controlar o crescimento do gasto público federal, a percepção do mercado neste final de ano é a de que os riscos fiscais são maiores, com o crescimento mais rápido da dívida pública e a ausência de medidas estruturais que revertam essa tendência até o final da década. Assim, esperamos um cenário mais adverso em 2025”, disse Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com exceção da Argentina, o real é inclusive a moeda emergente e de países exportadores de commodities que mais se desvalorizou em 2024.

O desempenho do real ao longo deste ano está aquém do desempenho de moedas de países com desafios econômicos significativos.

Um dos principais exemplos é a Turquia, que vivencia uma inflação persistentemente alta, acima de 60%, e política monetária pouco ortodoxa no passado — e ainda assim se depreciou menos frente ao dólar.

Até mesmo a moeda da Rússia, que está no centro de um dos maiores conflitos geopolíticos atuais e enfrenta sanções internacionais e controles cambiais, teve um desempenho substancialmente melhor no período.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O México é outro país que lida com incertezas hoje, especialmente com a volta de Trump à presidência dos EUA — e ainda assim performou melhor que o real em 2024. 

Vale lembrar que o republicano definiu como meta quando voltar à Casa Branca a imposição de tarifas de 25% para produtos importados do México, acabando com o tratado regional de livre comércio, além de outras medidas com potencial de apreciar o dólar e acelerar a inflação. 

O que esperar do cenário macroeconômico do Brasil em 2025

Além das estimativas para o dólar, o BTG traçou as apostas para outros quatro principais fatores macroeconômicos que devem ocupar o radar dos investidores em 2024.

Uma delas é a inflação. O banco revisou as projeções para o IPCA de 2025 e 2026, de 4,8% e 4,0% para 5,5% e 4,3%, respectivamente. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já para os juros, a previsão dos analistas é de que a taxa Selic chegue à marca de 14,75% ao ano no segundo trimestre de 2025.

Relembrando, na noite passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano e abriu caminho para mais dois aumentos da mesma magnitude até março de 2025. 

Com a política monetária mais apertada, a expectativa é que a economia brasileira também desacelere para conter a inflação. Os analistas preveem um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 1,5% no ano que vem.

“Este contexto evidencia a urgência de medidas estruturais mais ambiciosas, capazes de restabelecer a confiança e assegurar a sustentabilidade das contas públicas, sob pena de comprometer ainda mais a estabilidade econômica do país”, afirmou Mansueto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já para 2026, as perspectivas para a expansão da economia nacional caíram de 2,0% para 1,4%. A piora significativa das projeções é reflexo dos impactos da forte elevação das taxas de juros de longo prazo sobre os investimentos e os setores mais cíclicos da economia. 

Do lado das contas públicas, os analistas preveem um impacto fiscal de R$ 46 bilhões em dois anos e de R$ 242 bilhões até 2030 — valores inferiores às projeções do governo, que calcula R$ 71,9 bilhões e R$ 327 bilhões no mesmo período. 

“Com um conjunto de medidas tímidas, o governo não conseguiu afastar o risco de alterações no arcabouço fiscal nos próximos dois anos”, disse o BTG. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

ESTRATÉGIA DO GESTOR

Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger 

9 de dezembro de 2025 - 19:12

Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real

DINHEIRO NO BOLSO

Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa

9 de dezembro de 2025 - 14:31

Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total

MERCADOS HOJE

Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia

9 de dezembro de 2025 - 12:10

Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira

OPERAÇÃO MILIONÁRIA

FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo

9 de dezembro de 2025 - 11:12

Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro

SINAIS CONFUSOS

Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA

9 de dezembro de 2025 - 9:32

Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo

NOVOS HORIZONTES

TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações

8 de dezembro de 2025 - 10:17

O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil

8 de dezembro de 2025 - 6:31

Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias

PEQUENA E PODEROSA

Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas

7 de dezembro de 2025 - 14:06

Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.

ILEGAIS

CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são

6 de dezembro de 2025 - 12:39

Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros

QUANTO MAIOR A ALTA...

Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas

6 de dezembro de 2025 - 11:23

Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar