É oficial: Milei vai acabar com o Banco Central da Argentina — e nem adianta reclamar
O presidente eleito anunciou nesta sexta-feira (24) que o fechamento do BC do país “não é um assunto negociável”

O ultraliberal Javier Milei mal foi eleito como presidente da Argentina, mas já deixou claro que não voltará atrás nas decisões anunciadas ao longo da campanha — e isso começa pelo fim do Banco Central argentino.
O futuro presidente anunciou nesta sexta-feira (24) que o fechamento do BC do país "não é um assunto negociável", em post no X, antigo Twitter.
"Diante dos falsos rumores difundidos, queremos esclarecer que o fechamento do Banco Central da República Argentina (BCRA) não é um assunto negociável", afirma a nota do gabinete do presidente eleito.
No mesmo comunicado, o gabinete de imprensa do político confirmou que o economista Osvaldo Giordano deverá liderar a Administração Nacional de Seguridade Social (Anses), enquanto a petroleira YFP será chefiada pelo engenheiro Horacio Marín.
A nota ainda deu detalhes da agenda de Milei, que inclui uma conversa com o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, por telefone.
Leia Também
Milei quer acabar com o Banco Central da Argentina
O fechamento do Banco Central da Argentina fez parte das propostas de reforma mais radicais de Milei, que devem ter início em 10 de dezembro, quando ele toma posse.
Vale lembrar que ainda ontem, fontes confirmaram que o novo ministro da Economia do país será Luis Caputo, que atuou como ministro das Finanças de 2017 a 2018, durante o governo de centro-direita de Mauricio Macri.
Além disso, segundo o jornal El Clarín, o nome de Demian Reidel, que foi vice-presidente do Banco Central argentino na gestão de Macri, passou a ser cotado para a chefia da autarquia monetária federal.
A notícia foi como surpresa para a mídia argentina, que esperava que Emiliano Ocampo, um dos principais apoiadores do plano econômico de Milei, fosse o escolhido para liderar o BC argentino.
Diversas vezes durante a campanha eleitoral, Javier Milei declarava que Ocampo seria o último presidente do Banco Central da Argentina.
Porém, de acordo com o Financial Times, Ocampo confirmou que ele não aceitaria mais o cargo. Segundo uma fonte próxima do economista, o banqueiro “nunca iria ao Banco Central para implementar o plano de outra pessoa, com o qual ele não concorda”.
O que esperar da economia na Argentina
Em entrevista ao canal de notícias argentino TN, o político afirmou que o seu programa econômico “será diferente de tudo o que tem sido feito” porque busca “colocar as contas fiscais em ordem”.
Entre os planos do presidente eleito, estão a dolarização da economia e novas privatizações, como a estatal de petróleo e gás YPF.
No caso da dolarização, a Argentina trocaria o peso pelo dólar como moeda nacional depois de um período de transição de 16 meses.
Vale lembrar que a terra dos “hermanos” hoje já é parcialmente dolarizada. Porém, com o fechamento oficial do BCRA, o peso argentino, de fato, desaparecerá como consequência.
Ainda ontem, o até então presidente argentino, Alberto Fernández, que deixará o cargo em cerca de duas semanas, declarou o aumento do imposto sobre uma das classes de dólar que circulam no país.
A Administración Federal de Ingresos Públicos (AFIP) da Argentina elevou parte dos impostos sobre o dólar tarjeta — aquele dólar usado para compras de cartão de crédito no exterior.
Com a nova resolução, a taxa de câmbio terá uma arrecadação de 100% de imposto sobre o rendimento e de 25% de imposto sobre bens imóveis, que se soma aos 30% da taxa PAIS (Imposto por uma Argentina Inclusiva e Solidária).
No total, 155% serão atribuídos ao dólar oficial, segundo o banco central argentino.
*Com informações de Reuters, La Nación e Financial Times.
Os EUA vão virar a Turquia? O cenário traçado por Paul Krugman, bancos e corretoras após crise no Fed
Depois que o republicano demitiu a diretora Lisa Cook e ela decidiu se defender na justiça, especialistas passaram a questionar a independência do BC norte-americano e tentar saber até onde o chefe da Casa Branca pode ir nessa história
O que está em jogo para Trump com a demissão de Lisa Cook, diretora do Fed?
As tentativas de interferência do republicano no banco central norte-americano adiciona pressão sobre a autarquia, que vem sendo cobrada pelo início da queda de juros nos EUA
Bia Haddad Maia enfrenta ‘carrasca’ em estreia no US Open; veja quanto ela vai faturar caso consiga a revanche e onde assistir
Brasileira Bia Haddad estreia no US Open 2025 em busca do maior prêmio da história do tênis; só por entrar na quadra ela vai receber US$ 110 mil
Quem é a mulher que quer desafiar a ordem de demissão de Trump
Apesar de Trump afirmar que a decisão tem efeito imediato, a diretora do Federal Reserve diz que não pretende sair do cargo
João Fonseca estreia hoje no US Open; veja quanto ele vai faturar se vencer o melhor tenista sérvio depois de Djokovic
Brasileiro João Fonseca estreia no US Open 2025 em busca do maior prêmio da história do tênis; só por entrar na quadra ele vai receber US$ 110 mil
Mísseis hipersônicos: Como os EUA ficaram para trás no mais novo estágio da corrida armamentista com China e Rússia
A guerra entre Ucrânia e Rússia revela contrastes geopolíticos, com destaque para o uso de mísseis hipersônicos no conflito
Lançamento da Starship está previsto para este domingo (24); entenda por que este teste da SpaceX é tão decisivo e saiba como assistir
Após falhas explosivas, o colossal foguete de Elon Musk decola neste domingo em uma missão crucial para os planos do empresário de chegar à Lua e a Marte
Quem é Lisa Cook, a diretora do Fed acusada de fraude pelo governo Trump
Confirmada pelo Senado em 2023 para um mandato que se estende até 2038, Cook se juntou ao banco central em 2022 vinda de uma carreira como pesquisadora acadêmica
Mais um marco na carreira: Roger Federer é o mais novo bilionário do pedaço — e foi graças a um tênis
Mesmo tendo se aposentado em 2022, o tenista continua faturando alto com os negócios fora da quadra
US Open 2025: onde assistir aos jogos de Bia Haddad Maia e João Fonseca na busca pelo título inédito
O US Open 2025 terá a maior premiação da história de uma competição de tênis
R$ 50 bilhões a mais na conta em poucas horas e sem fazer nada: Elon Musk dá a receita
Os mais ricos do mundo ficaram ainda mais ricos nesta sexta-feira após o discurso de Jerome Powell, do Fed; veja quanto eles ganharam
China tenta “furar barreira” dos navios dos EUA na Venezuela com um investimento bilionário
A China Concord Resources Corp (CCRC) iniciou o desenvolvimento de dois importantes campos de petróleo na Venezuela. A ideia é obter 60 mil barris de petróleo bruto por dia até o final de 2026.
Gatilho para os mercados: o maior evento de política monetária dos EUA deve abrir oportunidades de ganho na bolsa
Jerome Powell usou o Simpósio de Jackson Hole para chegar o mais perto até agora de declarar o início do afrouxamento monetário nos EUA e isso pode mexer muito com o seu bolso; entenda como
Powell em Jackson Hole: um resumo dos principais pontos do discurso que abalou os mercados globais
Powell se despediu do evento mais importante da política monetária como presidente do Fed com uma sinalização sobre o corte de juros, um recado para Trump e as lições aprendidas sobre a inflação
“Missão: Impossível – O Acerto Final” já está nos streamings, mas o último episódio da franquia estrelada por Tom Cruise ainda está longe de pagar as contas
Estreia digital em Prime Vídeo, Apple TV e Google Play, mas o filme ainda não cobre os custos milionários
O que Powell pode revelar em Jackson Hole: os três cenários mais prováveis para o investidor não ser pego de surpresa
Às 11h (de Brasília) desta sexta-feira (22), Powell deve fazer o que quase certamente será seu último discurso principal no conclave anual do Fed, que está sendo marcado por um dos períodos mais tumultuados de sua história
É o fim do reinado da Nvidia (NVDC34)? China fixa meta e traça plano para autossuficiência em chips
A DeepSeek já deu o primeiro passo e lançou uma atualização de seu principal modelo de IA apoiado em componentes fabricados no país
Do elogio ao bronzeado ao caso de amor bilionário: os detalhes do acordo entre Trump e a Europa que fixou tarifas em 15%
O acordo foi firmado no mês passado, mas novos detalhes sobre a estrutura desse entendimento só foram revelados agora e incluem tarifas sobre produtos farmacêuticos e semicondutores
Trump já comprou mais de US$ 100 milhões em títulos públicos e debêntures desde que chegou à Casa Branca
Algumas das empresas e instituições cujas dívidas agora pertencem a Donald Trump foram diretamente impactadas por suas políticas ou por decisões ligadas a seus negócios
O que pensam os dois dirigentes do Fed que remaram contra a maré e votaram pelo corte de juros nos EUA
Em uma divergência histórica, Michelle Bowman e Christopher Waller defenderam o corte de juros em 0,25 ponto percentual na reunião de julho