Gafisa (GFSA3) cai 22% após acionistas votarem a favor do aumento de capital; Esh Capital convoca nova assembleia e pede que “poison pill” seja acionada
Validação do aumento de capital da Gafisa no valor de R$ 78 milhões, homologado na semana passada, representa uma derrota para a Esh
Em uma vitória para os controladores da Gafisa (GFSA3) e derrota para a Esh Capital, os acionistas da construtora rejeitaram o cancelamento do aumento de capital social da empresa. A operação de R$ 78 milhões homologada na semana passada foi mantida na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada na última segunda-feira (10).
A notícia, porém, não ajuda a sustentar o apetite pelos papéis da Gafisa, que registram forte queda nesta terça-feira (10). As ações GFSA3 já entraram em leilão por oscilação máxima permitida e, por volta das 11h05, operavam com um recuo de 22%, a R$ 18,01.
Foram registrados 10.100.836 votos favoráveis ao cancelamento, 2.437.280 abstenções e 19.409.690 votos contrários. A operação chegou a ser suspensa pela Justiça a pedido da gestora, mas a Gafisa recorreu da decisão e conseguiu derrubar a liminar sobre o tema.
Vale destacar que a gestora detinha — por meio do fundo Esh Theta — uma posição de cerca de pouco mais de 15,1% na companhia, mas esse percentual foi diluído com a operação. A Esh alega, em nota, que o aumento de capital "se deu de forma ilegal" e optou por não subscrever novas ações.
Os acionistas discutiram ainda uma possível ação de responsabilidade contra o empresário Nelson Tanure, membros do conselho fiscal e outros administradores, bem como a destituição desses integrantes e a eleição de substitutos por quebra de deveres fiduciários. Entretanto, os acionistas rejeitaram ambas as propostas.
Veículo de Nelson Tanure chega a 20% do capital
Antes da assembleia, Nelson Tanure e outros controladores da empresa fortaleceram a posição para a votação.
Leia Também
A MAM Asset Management, gestora do Banco Master e veículo de investimentos do empresário, aumentou para 20,54% sua participação na Gafisa.
Para a Esh Capital, a mais recente movimentação acionária de Tanure e do grupo Master tinha como objetivo "se defender da votação" de hoje.
"O grupo Master comprou ações de forma que, mesmo que o aumento de capital da companhia fosse discutido na assembleia, a Esh não conseguiria prevalecer."
Com isso, a Esh solicitou a convocação de uma nova assembleia para suspender os direitos políticos da Planner, MAM Asset, Trustee Distribuidora, Banco Master e pessoas físicas e jurídicas que tenham qualquer tipo de ligação com Tanure até que uma oferta pública de aquisição (OPA) seja realizada com base na poison pill — ou pílula de veneno.
O dispositivo está presente no estatuto das empresas que buscam manter o equilíbrio e resguardar os acionistas minoritários. A poison pill é utilizada para dificultar a tomada de controle de uma empresa com capital pulverizado na bolsa, quando um acionista pode, em muitos casos, dar as cartas mesmo sem alcançar mais de 50% de participação.
No caso da Gafisa, o estatuto social determina que qualquer investidor que atingir 30% do capital precisa lançar uma oferta pública de aquisição das ações dos demais acionistas a preços iguais ou superiores ao pago pelos investidores nos seis meses anteriores.
Ou seja: o argumento da Esh é o de que por mais que a MAM não tenha ultrapassado a linha dos 30%, a fatia detida pela asset, somada a eventuais participações detidas por Tanure e outros veículos ligados a ele, atingiram cerca de 44,33%, marca que dispararia a poison pill e exigiria a realização de uma OPA.
Já a Gafisa declarou, em nota enviada ao Seu Dinheiro, que "a atuação da Esh tem como único propósito desinformar o mercado e satisfazer os seus próprios interesses".
"A Companhia reafirma a sua governança e conformidade legal e ratifica as medidas que já adotou e continuará a adotar para preservar os interesses de todos os seus mais de 39 mil acionistas."
A longa batalha entre Gafisa e Esh
As rusgas entre o fundo e a construtora não começaram neste caso. A Esh também questiona ainda a 17ª emissão de debêntures da companhia.
Os ativos foram alvo do primeiro embate jurídico entre gestora e construtora, que terminou com a Esh obtendo uma liminar que impediu a conversão das debêntures em ações.
A Gafisa afirma que essa liminar trará prejuízo. Isso porque a decisão limita a capacidade de prosseguir com o desenvolvimento de projetos estratégicos em imóveis adquiridos com os R$ 245,5 milhões levantados pela operação.
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master
Ele foi o segundo maior banco privado do Brasil e seu jingle resistiu ao tempo, mas não acabou numa boa
Do auge ao colapso: o caso Bamerindus marcou o FGC por décadas como um dos maiores resgates do FGC da história — até o Banco Master
Cedae informa suspensão do pagamento do resgate de CDBs do Banco Master presentes na sua carteira de aplicações
Companhia de saneamento do Rio de Janeiro não informou montante aplicado nos papéis, mas tinha R$ 248 milhões em CDBs do Master ao final do primeiro semestre
A história do banco que patrocinou o boné azul de Ayrton Senna e protagonizou uma das maiores fraudes do mercado financeiro
Banco Nacional: a ascensão, a fraude contábil e a liquidação do banco que virou sinônimo de solidez nos anos 80 e que acabou exposto como protagonista de uma das maiores fraudes da história bancária do país
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
