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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

BALANÇO DO 4T22

Sem crise: Renner (LREN3) mais que dobra o lucro em 2022 e continua com mais de R$ 3 bilhões no caixa

A Renner fechou o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 481 milhões, alta de 15,9% em relação ao mesmo período de 2021

Victor Aguiar
Victor Aguiar
16 de fevereiro de 2023
18:56 - atualizado às 15:05
Fachada de unidade da Lojas Renner (LREN3)
Fachada de unidade da Lojas Renner (LREN3) - Imagem: Divulgação

O setor de varejo passa por um momento sensível no Brasil: há o caso óbvio da recuperação judicial da Americanas, mas outras empresas do segmento — como a Marisa e a Tok&Stok — também dão sinais de fragilidade financeira. Esse cenário de dificuldades, no entanto, parece estar bem longe da Renner (LREN3).

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A gigante do setor de vestuário reportou há pouco o seu balanço referente ao quarto trimestre de 2022, e dá a entender que tudo vai muito bem, obrigado: o lucro líquido chegou a R$ 1,291 bilhão neste ano, mais que o dobro dos R$ 633,1 milhões registrados em 2021.

Apenas no período de outubro a dezembro do ano passado, o lucro da Renner totalizou R$ 481,8 milhões, um aumento de 15,9% na base anual. E isso tudo mesmo em meio a um crescimento tímido na receita total, de 3,7%, a R$ 4,01 bilhões; no consolidado de 2022, a receita saltou 25,5%, a R$ 13,2 bilhões.

As boas notícias, no entanto, não vêm só das linhas de lucro e receita. Tão importante quanto: a Renner gerou R$ 310 milhões de caixa livre no quarto trimestre. Com isso, a empresa fortaleceu ainda mais a sua liquidez — ao fim de dezembro, a posição de caixa e equivalentes era de R$ 3,5 bilhões.

Ou seja: enquanto o setor de varejo atravessa uma onda de incerteza quanto à capacidade de as empresas honrarem seus compromissos financeiros, a Renner vê tudo de longe — e tem dinheiro de sobra para afastar qualquer dúvida.

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Renner (LREN3): operacional e financeiro

Em seu release de resultados, a Renner (LREN3) destaca que o quarto trimestre como um todo teve alguns fatores atípicos que afetaram negativamente as vendas: a Copa do Mundo reduziu o fluxo de clientes nos shoppings, as temperaturas mais baixas que o normal, o cenário macroeconômico mais difícil, com juros e inflação elevados.

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Dito isso, dezembro foi mais forte que os outros dois meses do trimestre, com as vendas relacionadas ao Natal ficando em linha com as expectativas da companhia. As vendas no critério mesmas lojas (SSS) recuaram 2,5%, mas, ainda assim, a receita líquida total do grupo ficou ligeiramente acima em relação ao visto no mesmo período de 2021.

Analisando apenas o quarto trimestre: dos R$ 4,01 bilhões de receita líquida, R$ 3,54 bilhões vieram da venda de mercadorias (-0,5% na base anual), enquanto outros R$ 474,7 milhões foram obtidos com serviços diversos (+50,7%).

Chama a atenção, no entanto, o comportamento da linha de custos, que teve um leve recuo de 0,3% em relação ao quarto trimestre de 2021, para R$ 1,6 bilhão; as despesas operacionais cresceram 2,2%, a R$ 1,78 bilhão, mas, ainda assim, mostraram uma expansão menor que a das receitas.

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Portanto, houve um ganho de eficiência no trimestre, o que se reflete diretamente no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização): a linha ficou em R$ 884,5 milhões, alta de 17% em um ano. As margens reportadas entre outubro e dezembro também evidenciam essa melhora no ambiente operacional:

  • Margem bruta do varejo: 55,7% (+0,7 p.p.)
  • Margem Ebitda total ajustada: 25,8% (+4 p.p.)
  • Margem líquida: 13,6% (+1,9 p.p.)

Muito dinheiro no bolso

Para além das métricas operacionais e financeiras, o fluxo de caixa da Renner (LREN3) também deve ser motivo de comemoração entre os investidores: a empresa fechou o trimestre com uma geração de caixa de R$ 309,7 bilhões; considerando apenas o dinheiro produzido com as operações, o saldo foi positivo em R$ 1 bilhão.

Com isso, a Renner conseguiu fortalecer a sua posição de liquidez, fechando o ano com R$ 3,5 bilhões em caixa e equivalentes. E como a dívida bruta da companhia é de R$ 2,4 bilhões, chega-se a uma rara posição de caixa líquido de R$ 1,1 bilhões no segmento de varejo.

Vale ressaltar que muito dessa tranquilidade se deve a uma oferta de ações feita em 2021 que injetou quase R$ 4 bilhões no caixa da companhia; à época, especulava-se que a Renner poderia adquirir algum rival ou partir para uma estratégia de crescimento inorgânico no front online.

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Mas, pelo menos até agora, a Renner não fez absolutamente nada com o dinheiro captado — apenas o manteve no caixa e deu continuidade ao crescimento orgânico, em paralelo ao fortalecimento de seu e-commerce. E, no atual contexto de crise, essa parece ter sido uma decisão acertada.

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