Quais as chances de a crise no americano SVB acontecer com os grandes bancos brasileiros?
Os grandes bancos brasileiros têm grande exposição a títulos públicos, catalisadores da crise no americano SVB
A quebra do Silicon Valley Bank (SVB) acendeu um alerta para as instituições financeiras do mundo todo, incluindo as brasileiras. Afinal, o que levou o SVB à falência foi a necessidade de se desfazer às pressas de bilhões de dólares em títulos do governo americano e papéis lastreados em hipotecas marcados a mercado - e o bancos brasileiros têm grande parte do seu patrimônio alocado em títulos públicos. Assim, existiria chance do mesmo acontecer por aqui?
Apesar de, historicamente, a relevância de títulos públicos para os bancos brasileiros ser muito maior do que em outros países, isso não deve (ou não deveria) ser fonte de preocupação, segundo o UBS BB. A casa calcula que os três maiores bancos privados têm juntos 32% dos seus ativos em títulos, principalmente do governo brasileiro.
Mas isso não deve ser um problema pelo simples fato de que a taxa básica de juros brasileira, a Selic, já subiu tudo o que tinha para subir, o que limitaria os efeitos da marcação a mercado.
"O impacto negativo da marcação a mercado dos títulos disponíveis para venda sobre o patrimônio dos bancos brasileiros já aconteceu em 2022 e 2021, e impactos menores são esperados para este ano, considerando o nível atual das taxas de juros", afirmou o UBS BB em relatório.
Além disso, o UBS BB lembra que a maioria dos bancos brasileiros tem companhias de seguros relevantes e as reservas desse ramo compõem uma parte relevante desses títulos.
No quarto trimestre de 2022, o Bradesco tinha 40% dos seus ativos em títulos, enquanto o Itaú tinha 30% e o Santander Brasil 20%.
Leia Também
Relembre o caso SVB
O SVB, assim como outras instituições financeiras, mantinha os depósitos dos clientes em títulos públicos e papéis lastreados em hipotecas, isto é, ativos de renda fixa.
Só que, assim como ocorrem com os títulos prefixados e indexados à inflação no Brasil, quando os juros futuros sobem nos Estados Unidos, os preços de mercado desses papéis caem. Se vendidos antes do vencimento, o investidor amarga prejuízo - foi o que aconteceu com o SVB. Lembre-se de que os juros nos EUA estão pressionados devido à política monetária restritiva do Federal Reserve, que vem aumentando as taxas para tentar controlar a inflação.
O SVB tinha uma carteira de clientes muito concentrada em startups de tecnologia, empresas que vêm sofrendo com a alta dos juros e que estão precisando de recursos. Um aumento de saques justamente num momento em que a venda antecipada de títulos tem resultado em prejuízo acabou sendo fatal para o banco.
Fenômeno semelhante ocorreu na última semana com outro banco americano focado em empresas do setor cripto, o Silvergate, que também foi à lona.
- Ainda tem dúvidas sobre como fazer a declaração do Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro preparou um guia completo e exclusivo com o passo a passo para que você “se livre” logo dessa obrigação – e sem passar estresse. [BAIXE GRATUITAMENTE AQUI]
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk