Por que uma meta de crescimento chinês de ‘apenas 5%’ assusta o mercado e derruba empresas como Vale (VALE3) e CSN (CSNA3) hoje?
Em tempos pós-pandêmicos, o número pode até parecer robusto — mas não para os padrões chineses, principalmente após os bons indicadores recentes.
Como segunda maior economia do mundo e maior mercado consumidor do mundo, a China é um grande termômetro para análises mais certeiras sobre os rumos da atividade econômica global — e os sinais emitidos ao longo do fim de semana não trouxeram muita paz para o coração dos investidores.
Na semana passada, indicadores dos setores de serviços e indústria mostraram um crescimento acima do esperado, animando os analistas, mas a Assembleia Popular Nacional da China (NPC) definiu a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 5 %, o que frustrou a expectativa dos economistas.
Em tempos pós-pandêmicos, o número pode até parecer robusto — mas não para os padrões chineses, principalmente após os bons indicadores recentes.
A verdade é que o mercado esperava uma meta mais próxima dos 6%, mas a NPC preferiu uma retomada mais cautelosa na economia com o fim das restrições da política de covid zero, em uma clara tentativa de tentar evitar o mesmo desfecho visto em outras grandes economias — inflação latente e a necessidade de um aperto monetário intenso para conter os excessos.
A decisão da cúpula chinesa tem dois efeitos imediatos — o primeiro é uma revisão completa para a atividade econômica global, uma vez que a China tem a capacidade de influenciar no desempenho de outras potências; já o segundo é uma reprecificação das principais commodities globais, de olho em uma eventual demanda menor do que a esperada, interrompendo um movimento de recuperação.
Com boa parte da performance recente atrelada às expectativas de crescimento chinesas, grandes exportadoras brasileiras sofrem na sessão desta segunda-feira (06). Acompanhe a nossa cobertura completa de mercados.
Leia Também
Para Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, trata-se de uma correção natural nas cotações após os acontecimentos do fim de semana, mas é preciso cautela, uma vez que as coisas ainda podem mudar de figura.
“No último congresso do PCC, em que Xi Jinping foi reconduzido para o 3º mandato, houve uma reformulação das pastas econômicas. Apesar disso, a nova equipe não foi empossada, com a meta de crescimento de 5% sendo definida pelo time econômico antigo. Ou seja, a nova equipe, que realmente definirá os rumos da política econômica chinesa, ainda não deu as caras, o que leva a crer que o movimento de correção, natural, nos preços das commodities pode não ser duradouro”, explica.
Ainda assim, a ponta negativa do Ibovespa é dominada pelo setor de commodities. Confira os priores desempenhos do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VAR |
| CSNA3 | CSN ON | R$ 17,51 | -4,00% |
| GGBR4 | Gerdau PN | R$ 28,50 | -3,13% |
| VALE3 | Vale ON | R$ 86,55 | -3,08% |
| GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | R$ 12,59 | -2,63% |
| BRAP4 | Bradespar PN | R$ 28,47 | -1,56% |
| USIM5 | Usiminas PNA | R$ 7,07 | -1,53% |
| SUZB3 | Suzano ON | R$ 47,61 | -1,22% |
| CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 4,94 | -1,00% |
| KLBN11 | Klabin units | R$ 19,54 | -0,91% |
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa
Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída
Concessão da Enel em risco: MP pede suspensão da renovação, e empresa promete normalizar fornecimento até o fim do dia
O MPTCU defende a divisão da concessão da Enel em partes menores, o que também foi recomendado pelo governador de São Paulo
Cemig (CMIG4) promete investir cifra bilionária nos próximos anos, mas não anima analistas
Os analistas do Safra cortaram o preço-alvo das ações da empresa de R$ 13,20 para R$ 12,50, indicando um potencial de alta de 13% no próximo ano
Casas Bahia (BHIA3) avança em mudança de estrutura de capital e anuncia emissão de R$ 3,9 bilhões em debêntures
Segundo o documento, os recursos obtidos também serão destinados para reperfilamento do passivo de outras emissões de debêntures ou para reforço de caixa
Azul (AZUL4) avança no Chapter 11 com sinal verde da Justiça dos EUA, e CEO se pronuncia: ‘dívida está baixando 60%’
Com o plano aprovado, grande parte da dívida pré-existente será revertida em ações, permitindo que a empresa levante recursos
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
