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Jasmine Olga
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É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
PRÉVIA DO BALANÇO

Por que o Magazine Luiza (MGLU3) deve ser a estrela da temporada de balanços das varejistas, mesmo com um prejuízo milionário

Embora analistas apostem em uma melhora nas principais linhas do balanço, o trimestre deve ser de prejuízo para o Magazine Luiza, pressionado por um elevado custo operacional e crescimento da inadimplência

Jasmine Olga
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9 de março de 2023
6:11 - atualizado às 8:59
Lu, do Magalu, avatar do Magazine Luiza
Lu, do Magalu - Imagem: Shutterstock

A divulgação dos resultados do Magazine Luiza (MGLU3) é sempre um dos pontos altos da temporada de balanços — e, dessa vez, o interesse tende a ser ainda maior para os números que serão divulgados hoje (09), após o fechamento do mercado. 

É que existe um grande e inconfundível elefante na sala: o que a administração da companhia dirá sobre os desdobramentos da crise na Americanas (AMER3) e o temor de que outras varejistas enfrentem problemas semelhantes.

Qualquer possível impacto no volume de tráfego e de vendas originados da recuperação judicial da concorrente, no entanto, é coisa para o balanço do primeiro trimestre de 2023. Agora, o foco é o saldo da Black Friday e do Natal para as vendas do Magalu — e os analistas parecem otimistas com os números, ainda que o consenso seja de que mais um prejuízo milionário está a caminho. 

Tradicionalmente, os últimos três meses do ano são auspiciosos para o varejo, embora logisticamente complicado. Mas, em 2022, um episódio inédito entrou na equação: a Copa do Mundo fora de época — que, ao mesmo tempo em que impulsiona a venda de alguns eletroeletrônicos, também seca o fluxo de clientes nas lojas e shoppings centers. 

De acordo com a plataforma Trademap, de 12 recomendações de analistas para as ações MGLU3, oito são neutras, indicando a manutenção do papel na carteira; há outras quatro de venda. O preço-alvo para 2023 varia de R$ 2,80 a R$ 7,00 — indo de um potencial de queda de 16,42% a uma alta de 108,96%. 

O que esperar dos números do Magazine Luiza (MGLU3)?

Com a Americanas sendo carta fora do baralho no hall das grandes varejistas, é quase natural que os números do Magazine Luiza sejam comparados com os da Via (VIIA3). Para os analistas da Genial Investimentos, o Magalu deve ser a empresa com números mais sólidos, com uma evolução de dois dígitos em todas as principais linhas do balanço — principalmente na geração de caixa operacional. 

Na análise do Santander, o quarto trimestre deve seguir indicando uma trajetória de melhora que se iniciou no terceiro trimestre. "O Magazine Luiza está posicionado para entregar bons resultados durante o 4T22, com uma recuperação tanto nas vendas, de 13,5% contra o mesmo período do ano passado, quanto na rentabilidade". 

O impulso vindo das vendas na Copa do Mundo é um dos catalisadores principais que guiam o otimismo do Itaú BBA com o crescimento de dois dígitos nesta linha do balanço. “O volume bruto de mercadorias (GMV) também deve surfar o momento positivo, e nós estimamos um crescimento de 12% em um ano”, apontam os analistas.

VEJA TAMBÉM - Lemann finalmente abriu a carteira para salvar a Americanas? Bilionários e sócios colocam mais alguns bilhões na mes ade negociações

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Os números que pressionam

Quando o assunto são os custos operacionais e administrativos, as casas de análise estão longe de um consenso. Enquanto o Itaú acredita em uma diluição das despesas com impacto positivo nas margens brutas — mas uma pressão do lado financeiro, impulsionada pela Selic a 13,75% ao ano —, o Santander segue vendo alguns fatores que devem limitar o avanço do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). 

“Apesar de também sofrer em um cenário de juros e inflação maiores, a maturidade da operação de marketplace e a performance mais suave de lojas físicas devem amenizar as margens e, consequentemente, o fluxo de caixa do Magalu”, apontam analistas da Genial Investimentos. 

Veja a tabela abaixo, com as projeções de quatro casas de análise para as linhas de receita líquida, Ebitda e resultado líquido do Magazine Luiza neste quarto trimestre — e a variação em relação ao mesmo período de 2021:

MGLU3 (R$ mi)Receita líquidaEbitda ajustadoLucro líquido
BTGR$            10.420,00R$             610,00-R$               91,00
SantanderR$            10.666,00R$             616,00-R$               91,00
Itaú BBAR$            10.594,00R$             625,00-R$               72,00
GenialR$            10.789,00R$             633,00-R$               80,00
MédiaR$            10.617,25R$             621,00-R$               83,50
4T21R$          9.396,00R$             244,00R$                93,00
Variação13,00%154,50%

A redução da oferta de crédito em tempos de juros altos não afeta o Magazine Luiza apenas na linha de vendas. 

No trimestre anterior, a inadimplência acima de 90 dias chegou a 9,2% da carteira total. Em razão dessa dinâmica, a aposta é que exista um provisionamento ainda maior — nos cálculos da Genial, o número deve chegar a R$ 102 milhões. Ou seja, 5,5% da carteira total de inadimplentes. 

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