No vermelho, São Carlos (SCAR3), empresa de imóveis de Lemann, vende mais de R$ 250 milhões em ativos – e não vai parar tão cedo
Em três meses, a companhia já levantou mais receita com a venda de ativos do que no ano passado inteiro

A São Carlos Empreendimentos (SCAR3), empresa de investimento e administração de imóveis que nasceu no bojo das Lojas Americanas, de Jorge Paulo Lemann, vendeu mais de R$ 250 milhões em ativos no primeiro trimestre. E vem mais por aí.
As receitas provenientes da "reciclagem de ativos", como a empresa se refere, entram no resultado contábil, mas são excluídas do cálculo recorrente. Portanto, a São Carlos teve lucro contábil de R$ 15,1 milhões, mas aumentou o prejuízo recorrente no primeiro trimestre em 71,9%, para R$ 34,9 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também se contraiu 5,5%, passando para R$ 41,5 milhões.
Os resultados da companhia mostram que houve aumento das despesas administrativas, ao mesmo tempo em que as taxas de vacância física e financeira dos imóveis em seu portfólio se elevaram. Houve, assim, uma redução da receita com locações.
- Leia mais: Após caso Hurb, CEO da CVC defende regulação e publicação de balanço para empresas de turismo
Nas despesas, o principal detrator do resultado foi a vertical Best Center, focada no desenvolvimento e administração de centros de conveniência. Esse braço teve um aumento de 30,2% nas despesas, que alcançaram R$ 5,6 milhões.
Já as taxas de vacância se elevaram tanto na comparação anual quanto na trimestre. De acordo com a São Carlos, o aumento é explicado pela venda de imóveis 100% ocupados e pela rescisão parcial de um cliente corporativo no segmento Office. As taxas de vacância física e financeira do portfólio encerraram o 1T23 em 22,8% e 23,9%, respectivamente.
Leia Também
Assim, as receitas com locações caíram 6% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 64,8 milhões. A queda foi parcialmente mitigada com a receita de serviços, que aumentou quase seis vezes ante o 1T22, para R$ 2,4 milhões.
Vendas de imóveis
As receitas provenientes da "reciclagem de ativos" somaram R$ 256,6 milhões.
A empresa detalhou que em fevereiro concluiu a venda do Edifício Jardim Europa, uma torre de escritórios com 9.001 m² de área bruta locável, por R$ 150 milhões. Em março, celebrou um contrato de compra e venda do Edifício Leblon Green por R$ 91 milhões.
Na vertical Best Center, a empresa vendou lojas de rua de Cornélio Procópio, no Paraná, e em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, além de um centro de conveniência em São Paulo, capital.
Vale destacar que nos cálculos do segundo trimestre haverá também o efeito de vendas realizadas em abril, que somam R$ 167,4 milhões. Isto significa uma reciclagem intensa do portfólio da companhia, que, em apenas quatro meses de 2023 já levantou mais receita com a venda de ativos do que durante o ano passado inteiro.
Quem é o que faz a São Carlos
A São Carlos iniciou suas operações m 1989 como uma empresa controlada pela Lojas Americanas. Ela atuava com o objetivo de apoiar a expansão da varejista pelo Brasil por meio do desenvolvimento de shoppings.
Dez anos depois, a companhia se separou da Americanas e abriu capital na antiga Bovespa. O negócio mudou para investimentos em edifícios corporativos. Em 2011, a empresa começou a investir também em centros de conveniência, com a subsidiária Best Center.
Vale (VALE3) consegue licença para projeto de US$ 290 milhões no Pará; ações sobem mais de 3% na bolsa
A mineradora informou que investirá os recursos na fase de implantação do novo projeto, que pretende dobrar a produção de cobre na próxima década
Americanas (AMER3) consegue “colher de chá” de R$ 500 milhões para pagar o que deve à União
Em meio à recuperação judicial, a varejista alcançou um acordo com a PGFN para quitar dívidas fiscais milionárias
Acionistas minoritários são favoráveis à fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) — mas ainda há outras etapas para oficializar o casamento
Nos votos à distância reportados pela BRF, houve 35% favoráveis à fusão, ante 16% contrários
Do canteiro de obras ao mercado financeiro: como uma incorporadora de alto padrão conseguiu captar meio bilhão com títulos verdes
Tegra estrutura política de sustentabilidade e capta R$ 587 milhões com debêntures e CRI verdes; experiência aponta caminhos possíveis para o setor
Nelson Tanure contrata Rothschild para estruturar oferta pela Braskem (BRKM5), diz jornal
O empresário pretende adquirir a participação da Novonor indiretamente, comprando as ações da holding que controla a fatia da petroquímica
Alpargatas (ALPA4) fecha acordo com Eastman Group, que será distribuidora exclusiva da Havaianas nos Estados Unidos e Canadá
O acordo de distribuição marca uma mudança importante no modelo de operação da companhia na América do Norte
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), fecha contrato bilionário para decolar com seus ‘carros voadores’ nos céus de São Paulo
Atualmente, a capital paulista possui mais de 400 helicópteros registrados e cerca de 2 mil decolagens e aterrissagens diárias
“Investir sem se preocupar com impacto é quase uma irresponsabilidade”, afirma Daniel Izzo, da Vox Capital
O sócio-fundador da primeira venture capital de impacto do país conta como o setor vem se desenvolvendo, quem investe e os principais desafios para a sua democratização
Após três anos da privatização, Eletrobras (ELET3) ainda não atingiu as expectativas do mercado; entenda o que está travando a ex-estatal
A companhia do setor elétrico avanços nesse período, contudo, o desempenho das ações ainda está aquém do esperado pelo mercado
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional