Light (LIGT3) propõe capitalização de até R$ 3 bilhões e quer quitar parte das dívidas, mas só se credores oferecerem um belo desconto — confira o plano de recuperação judicial da companhia
A empresa pretende fazer o pagamento integral de débitos menores, um leilão reverso e uma capitalização para transformar credores em acionistas
Exatamente dois meses após a Justiça aceitar o pedido de socorro da Light (LIGHT3), a companhia apresentou seu plano de recuperação judicial. Com cerca de R$ 11 bilhões em dívida, o grupo propõe o pagamento integral de débitos menores, um leilão reverso e uma capitalização para transformar credores em acionistas.
"O plano leva em consideração a pulverização da dívida da empresa e um universo heterogêneo de credores: são mais de 40 mil investidores pessoa física, 250 fundos de investimento e 10 instituições financeiras, nacionais e estrangeiras", diz a Light em nota.
De acordo com o documento, que foi entregue à Justiça do Rio de Janeiro na última sexta-feira (14), a companhia pretende quitar créditos de até R$ 10 mil à vista, sem qualquer tipo de deságio.
A medida valerá para quem detinha títulos de dívida na data de apresentação do plano e deve contemplar cerca de 25 mil pessoas físicas entre os 40 mil investidores donos de debêntures da empresa.
Para débitos enquadrados na categoria de créditos quirográficos — ou seja, sem garantia real ou prioridade na fila de pagamentos da RJ —, a Light pretende realizar um leilão reverso para pagamento desde que os credores ofereçam um desconto de, no mínimo, 60% na dívida.
Vale destacar que só poderá entrar no certame quem não tiver movido ações contra a companhia e suas subsidiárias.
Leia Também
VEJA TAMBÉM — Nome no Serasa: sofri um golpe e agora estou negativado! O que fazer?
Capitalização bilionária e novas emissões de dívida também estão nos planos da Light (LIGT3)
Para bancar o leilão reverso, a empresa pode levantar, no mínimo, R$ 1 bilhão no mercado. Entre as formas de captação, a Light cita possíveis emissões de debêntures, constituição de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e securitizações de créditos.
Mas quem não se enquadrar nas regras ou não topar participar "promoção de quitação" da companhia de energia elétrica terá outra alternativa: fazer parte de uma capitalização de até R$ 3 bilhões.
Ou seja, o devedor passará de credor à acionista da companhia após a realização de um aumento de capital. Os atuais investidores da Light terão direito de preferência na potencial operação.
Há ainda duas classes de credores que terão a a chance de recebimento integral: são os chamados "parceiros Light Energia e Light Sesa".
Os primeiros são aqueles que aprovam a separação total da estrutura de capital da subisidiária Light Energia e topam renunciar a quaisquer coobrigações que tenham via Light S.A. Já quem desejar apoiar a Light SESA poderá investir recursos em um FIDC da distribuidora.
A companhia dá uma janela de prazos de 15 a 30 dias, a depender da alternativa, para que os detentores das dívidas manifestarem seu interesse em alguma das opções oferecidas para o pagamento. Para que o plano de recuperação seja homologado, no entanto, ele ainda deve ser aprovado por uma assembleia de credores.
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
