Light (LIGT3) decide trocar CEO em meio a processo de recuperação judicial; veja quem vai assumir o cargo e o que aconteceu
O CEO da Light, Octavio Cortes Pereira Lopes, deixará as suas funções após o fim da reestruturação financeira em curso ou até o fim do ano
As mudanças na gestão da Light (LIGT3) não param desde que o empresário Nelson Tanure aumentou a sua participação na companhia em meados deste ano, passando a ser o maior acionista, com fatia de 30,05% por meio da gestora WTN.
A mais nova alteração foi confirmada há pouco: o CEO da companhia, Octavio Cortes Pereira Lopes, deixará as suas funções após o fim da reestruturação financeira em curso ou até o fim do ano, a depender do que ocorrerá primeiro.
Alexandre Nogueira Ferreira, o atual diretor de regulação e relações institucionais da Light, é quem será o novo CEO, assumindo depois do que a companhia chamou de “período de transição”.
A saída de Lopes foi decidida nesta terça-feira (17) de manhã em reunião do conselho e confirmada em fato relevante nesta tarde depois que o portal Brazil Journal noticiou o assunto mais cedo.
Devido à divulgação do fato relevante com o pregão em funcionamento, as ações da empresa entraram em leilão na B3, quando estavam em queda de 1,15%, a R$ 5,16. Após o fim do leilão, os papéis seguiram em queda e recuavam 1,34% por volta das 16h35.
Quem é o novo CEO e por que uma mudança agora?
Antes de entrar na Light, Alexandre Nogueira fez carreira na Energisa, onde trabalhou por 22 anos, a maior parte do tempo na área regulatória.
A saída do atual CEO já era aguardada por investidores e se especulava quem ocuparia a posição, já que Tanure era um crítico da decisão da Light de pedir recuperação judicial.
O processo ainda teria desgastado o nome de Lopes junto aos bancos e debenturistas da companhia.
O empresário Nelson Tanure é conhecido por comprar participações em empresas que passam por reestruturações, caso de Light, Gafisa e Oi, por exemplo.
A WNT, a gestora supostamente ligada a Tanure, vem aumentando sua participação na Light nos últimos meses.
No início de maio, dias antes do deferimento do pedido de recuperação judicial da Light pela Justiça, a WNT detinha pouco mais de 10% das ações.
Novo índice de dividendos da B3 (IDIV) não é a melhor escolha para buscar renda extra mensal na bolsa; entenda
A Light vai conseguir sair da recuperação judicial?
Na semana passada, a Justiça concordou em estender a “blindagem” da companhia contra credores por mais três meses, com a prorrogação do stay period — período em que as ações e execuções de dívida ficam suspensas durante o processo de recuperação.
Normalmente, esse período é de 180 dias a partir da aprovação da RJ. Porém, a Light solicitou a extensão do prazo dias antes de a proteção inicial expirar.
Apesar da prorrogação do processo, a empresa vinha negociando com credores da sua dívida, estimada em cerca de R$ 11 bilhões, maneiras de encerrar a recuperação e chegar a um acordo com eles sem a intermediação da Justiça.
No início de outubro, o conselho de administração disse que a Light Energia ia protocolar oficialmente na Justiça um pedido para sair da RJ.
Vale lembrar que a holding Light S.A. é composta pelas subsidiárias Light Serviços de Eletricidade, responsável pela distribuição de energia, a Light Energia, que faz a geração, e a Lightcom, comercializadora de energia.
A RJ da Light causou polêmica porque existe uma lei que impede que concessionárias de serviços públicos de energia peçam recuperação judicial. Porém, a empresa pediu a recuperação através da empresa controladora (holding), com extensão para as subsidiárias de geração e de distribuição de energia.
Gás natural mais barato: Petrobras (PETR4) anuncia mudanças que podem reduzir preços do combustível; entenda
A estatal lançou novas modalidades de venda que estarão disponíveis para distribuidoras estaduais e consumidores livres
O IPO do ano? Shein se prepara para mega oferta de ações em Londres após tentativa de listagem frustrada nos EUA
A expectativa é que o gigante de e-commerce de moda apresente o pedido de listagem à Bolsa de Valores de Londres já neste mês
Adeus, penny stock: Oi (OIBR3) aprova grupamento de ações na B3. O que isso significa para o acionista?
Em assembleia de acionistas, a empresa conseguiu o aval para agrupar os papéis OIBR3 e OIBR4 na proporção de 10 para 1
No cartão e no carnê digital: Os planos do Magazine Luiza (MGLU3) para expandir o crédito ao consumidor em 2024
O gerente de relações com investidores do Magalu, Lucas Ozório, revelou os planos de lançamento da varejista para oferecer crédito aos clientes
Suzano (SUZB3) não comenta possível compra da International Paper, mas vê espaço para recomprar ações; veja o que disseram os executivos
O CEO da fabricante de papel e celulose afirmou que a empresa não “quer crescer por crescer”
Magazine Luiza (MGLU3) quer ampliar vendas a crédito e faz aporte de R$ 1 bilhão com Itaú
Apesar do balanço acima das expectativas no 1T24, as ações da varejista caem forte na bolsa brasileira hoje
Uma luz para a Light (LIGT3): acordo com bondholders pode levar a aprovação de plano de recuperação judicial ainda este mês
A recuperação judicial da companhia está prestes a completar um ano, mas um passo importante para o fim do processo acabou sendo adiado para o dia 29 de maio
Magazine Luiza (MGLU3) supera previsões com lucro no 1T24, aumento de margem e caixa estável; confira os números da varejista
As vendas nas lojas físicas cresceram 8% entre janeiro e março deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto o marketplace avançou 6%
Bradesco (BBDC4) contrata executivo do Mercado Livre (MELI34) para comandar varejo digital
Banco está passando por um grande processo de reestruturação após resultados que o distanciaram de rivais como o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil
“A gente não tem plano de crescimento forte em 2024”, afirma CEO da Casas Bahia (BHIA3). Saiba qual é a nova meta da varejista
Isso não significa que a empresa vá performar mal este ano — o presidente da varejista prevê uma expansão de um dígito em relação a 2023, ajudado pela sazonalidade de eventos do segundo semestre
Leia Também
-
O IPO do ano? Shein se prepara para mega oferta de ações em Londres após tentativa de listagem frustrada nos EUA
-
Adeus, penny stock: Oi (OIBR3) aprova grupamento de ações na B3. O que isso significa para o acionista?
-
Por que as ações da Rede D’Or dispararam 14% e lideraram as altas do Ibovespa na semana — enquanto Suzano (SUZB3) caiu 12%?