Evergrande: ações da incorporadora mais endividada do mundo despencam mais de 80% e colocam a China em apuros
A companhia acumulou dívidas de mais de US$ 300 bilhões ao se expandir agressivamente para se tornar uma das maiores empresas do país
As ações da Evergrande caíram mais de 80% em seu primeiro dia de negociação em Hong Kong desde março de 2022 — um tombo condizente com o tamanho dos problemas que a China enfrenta em seu setor imobiliário.
As ações da incorporadora imobiliária mais endividada do mundo recuaram para 22 centavos de Hong Kong, em comparação com seu último fechamento de 1,65 dólares de Hong Kong por ação em 18 de março de 2022.
A retomada das negociações ocorre no momento em que a empresa registrou uma perda de 39,25 bilhões de yuans (US$ 5,38 bilhões) nos seis meses encerrados em junho, um prejuízo menor em comparação com os 86,17 bilhões de yuans no mesmo período do ano anterior.
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Evergrande no centro da crise
A Evergrande está no centro de uma crise no mercado imobiliário que ameaça a segunda maior economia do mundo.
Os problemas começaram em 2020, quando o governo chinês implementou novas regras para controlar a quantidade de dinheiro que as grandes empresas imobiliárias poderiam tomar emprestado.
A Evergrande, que já foi a maior incorporadora da China em vendas, acumulou dívidas de mais de US$ 300 bilhões ao se expandir agressivamente para se tornar uma das maiores empresas do país.
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A empresa perdeu um prazo crucial em 2021, pois não conseguiu pagar os juros de cerca de US$ 1,2 bilhão em empréstimos internacionais.
No início deste mês, a Evergrande apresentou um pedido de proteção contra falência, o Chapter 15, em um tribunal de Nova York.
O chamado Capítulo 15 protege os ativos norte-americanos de uma empresa estrangeira enquanto essa companhia trabalha na reestruturação das suas dívidas.
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China em apuros
Os problemas financeiros de Evergrande afetaram a indústria imobiliária da China, com uma série de outras incorporadoras deixando de pagar suas dívidas e terminar projetos de construção em todo o país.
A situação no mercado imobiliário chinês aumentou as preocupações sobre a recuperação da segunda maior economia do mundo no pós-pandemia.
No início deste mês, a Country Garden, que também é uma das maiores incorporadoras imobiliárias da China, alertou que poderia registrar uma perda de até US$ 7,6 bilhões nos primeiros seis meses do ano.
A agência de classificação de risco Moody's rebaixou a empresa, citando "grandes riscos de liquidez e refinanciamento".
*Com informações da CNBC e da BBC
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