Ernani Machado rouba a cena no leilão da ANP e arremata mais de 60% dos blocos de exploração; arrecadação total foi de R$ 421,7 milhões
A Elysian, empresa de Machado, agora vai ter de investir R$ 400 milhões em sua centena de concessões nos próximos anos, sendo R$ 80 milhões no curto prazo
O leilão de blocos exploratórios de petróleo em regime de concessão realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta quinta-feira (13) arrecadou R$ 421,7 milhões em bônus para o governo federal.
Isso corresponde a um ágio de 179,69% sobre os valores mínimos exigidos. Dos 602 blocos ofertados, 192 foram arrematados por 15 diferentes empresas.
Além do bônus, que será pago na assinatura dos contratos, os critérios do leilão consideram o chamado Programa Exploratório Mínimo (PEM), que são as atividades que as empresas se comprometem a executar na primeira fase da exploração.
Roubando a cena do leilão
Em meio à disputa entre as petroleiras tradicionais, um personagem inesperado roubou a cena no leilão de ontem: o empresário mineiro Ernani Machado, dono da Elysian, que arrematou nada menos do que 122 blocos de exploração, quase todos com ofertas de R$ 51 mil, o que vai lhe custar R$ 12 milhões em bônus no final.
"Eu poderia dizer para vocês que eu fiz um super cálculo, mas a verdade é que eu vi que o mínimo para se fazer ofertas era R$ 50 mil e coloquei mais R$ 1 mil por lance", disse Machado a jornalistas depois do leilão.
Fundada em agosto, a poucos dias do prazo máximo para a inscrição no leilão, e com capital social de R$ 50 mil, a Elysian agora vai ter de investir R$ 400 milhões em sua centena de concessões nos próximos anos, sendo R$ 80 milhões no curto prazo.
Leia Também
Já entre as empresas tradicionais do setor, as grandes vencedoras foram a Petrobras e a britânica Shell que, juntas, arremataram 29 blocos na Bacia de Pelotas, no litoral sul do País. Em três desses blocos, as duas companhias terão como sócia a chinesa CNOOC, que já opera no pré-sal.
Na mesma Bacia de Pelotas, a americana Chevron levou sozinha outros 15 blocos, em apertado rali com o consórcio encabeçado pela Petrobras. Os lances vencedores por Pelotas corresponderam a 71% do total arrecadado no leilão — ou R$ 298,74 milhões.
Nova fronteira do petróleo
Fora das atenções do mercado por duas décadas, a Bacia de Pelotas voltou à cena este ano como fronteira de exploração depois de sondagens promissoras do outro lado do oceano, na Namíbia, e animação do mercado com o litoral uruguaio, na continuação da costa brasileira. Além disso, as negativas ao licenciamento ambiental na Margem Equatorial têm levado a Petrobras a reorientar suas buscas por novas áreas.
- PODCAST TOUROS E URSOS: CAMPOS NETO FECHA A CONTA DE 2023 COM CORTE NA SELIC. QUEM GANHA E QUEM PERDE COM OS JUROS MAIS BAIXOS?
Leilão foi “grande sucesso”, diz presidente
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, definiu o leilão como um "grande sucesso". Segundo ele, o resultado vai permitir à empresa expandir sua área exploratória de 30 mil quilômetros quadrados para 50 mil quilômetros quadrados.
Ele destacou ainda o baixo risco de licenciamento ambiental em Pelotas e o bom potencial da região para geração de energia eólica offshore (alto-mar), mercado em que a Petrobras pretende se lançar em breve.
Outra bacia que despertou interesse foi a de Santos, onde a chinesa CNOOC arrematou um bloco sozinha. A Karoon Energy ficou com outros dois, e a norueguesa Equinor com um pelo qual pagará bônus de R$ 62,5 milhões.
Outros poços
- Amazônia
Na Amazônia, área sob forte vigilância ambiental, a produtora de gás Eneva arrematou a área de acumulação marginal de Japiim logo na abertura do certame.
A companhia chegou a disputar mais um campo na Bacia do Amazonas, mas foi superada pelo grupo Atem, que ficou com o bloco AM-T-63 pagando um bônus de R$ 5,08 milhões, quase cinco vezes mais que a proposta feita pela Eneva.
- Baixa demanda
Já no leilão do 2.º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), também realizado ontem, quatro dos cinco blocos ofertados não receberam ofertas.
Apenas o bloco Tupinambá, na Bacia de Santos, foi arrematado pela britânica BP Energy — com oferta de 6,5% de óleo lucro à União, pagamento de bônus de R$ 7 milhões, e investimentos previstos de R$ 360 milhões na exploração do bloco.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
Lucro da Moura Dubeux (MDNE3) salta 32,1% e vem acompanhado de dividendos; diretor diz que distribuição deve engordar
A construtora também está de olho no endividamento — encerrou o terceiro trimestre com o índice dívida líquida/patrimônio líquido em 13,6%, patamar “muito saudável” na visão do executivo Diogo Barral
Resultado fraco derruba a ação da Vamos (VAMO3) — mas para 4 analistas, ainda há motivos para comprar
Em reação ao desempenho, as ações chegaram a cair mais de 7% no início do dia, figurando entre as maiores perdas do Ibovespa
Oncoclínicas (ONCO3) atinge meta de R$ 1 bilhão para seguir em frente com aumento de capital. Isso é suficiente para reerguer as finanças?
Com a subscrição de R$ 1 bilhão alcançada no aumento de capital, a Oncoclínicas tenta reverter sua situação financeira; entenda o que vem pela frente
Banco do Brasil (BBAS3) no fundo do poço? Com previsão de lucro pressionado e ROE de um dígito, saiba se vale comprar as ações antes da virada
A conta do agro chegou — e continuará a pressionar: por que o Banco do Brasil deve ser o azarão da temporada de balanços outra vez?
CVM pressiona, credores cobram: Ambipar (AMBP3) adia balanço do 3T25 em meio ao enigma do caixa
Apenas alguns meses após reportar quase R$ 5 bilhões em caixa, a Ambipar pediu RJ; agora, o balanço do 3T25 vira peça-chave para entender o rombo
Braskem (BRKM5) tem prejuízo no 3T25, mas ação salta mais de 16%; entenda do que o mercado gostou
A companhia registrou prejuízo de R$ 26 milhões do terceiro trimestre depois de perdas de R$ 92 milhões no mesmo período de 2024, uma redação de 96%