🔴 [NO AR] TOUROS E URSOS: QUEM FICOU EM BAIXA E QUAIS FORAM AS SURPRESAS DE 2025? – ASSISTA AGORA

Ana Carolina Neira

Ana Carolina Neira

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero com especialização em Macroeconomia e Finanças (FGV) e pós-graduação em Mercado Financeiro e de Capitais (PUC-Minas). Com passagens pelo portal R7, revista IstoÉ e os jornais DCI, Agora SP (Grupo Folha), Estadão e Valor Econômico, também trabalhou na comunicação estratégica de gestoras do mercado financeiro.

SAINDO DO PET SHOP

A BRF (BRFS3) desistiu de alimentar o seu pet — saiba por que a empresa vai vender sua divisão de comida para bichinhos de estimação

Segmento de pet food da (BRFS3) será vendido por meio de um processo competitivo, quando a oferta mais vantajosa é considerada

Ana Carolina Neira
Ana Carolina Neira
28 de fevereiro de 2023
12:33 - atualizado às 13:03
BRF ração Mogiana Hercosul pets
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Não faz muito tempo, a BRF (BRFS3) tinha um sonho ambicioso: alimentar humanos e também seus pets, de olho em um mercado gigantesco em que cães e gatos já viraram membros da família e consomem milhões. Foi assim que a dona da Sadia e da Perdigão entrou no segmento de alimentos para animais domésticos e comprou duas empresas do segmento em 2021.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas, ao contrário do que era esperado após as aquisições recentes, a BRF confirmou que agora deseja se desfazer da divisão de comida para bichinhos, que pode chegar a valer R$ 2 bilhões.

De acordo com o comunicado disponível na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o negócio será vendido por meio de um processo competitivo. Ou seja: quem fizer a oferta mais vantajosa pelos ativos leva.

"Sendo que esse processo está em estágio inicial, com conversas preliminares com potenciais interessados", diz o documento, que também informa que a assessoria financeira é do Santander.

A reação das ações da BRF (BRFS3)

A notícia da venda parece ter agradado o mercado, já que as ações da BRF (BRFS3) subiam 2,37% por volta das 11h27, cotadas a R$ 6,48 no pregão desta terça-feira (28).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com dados compilados pela plataforma TradeMap, das 15 recomendações existentes para o ativo, cinco são de compra e 10 são de manutenção.

Leia Também

Ainda que a BRF não tenha esclarecido melhor os motivos da venda, a leitura do mercado é de que a empresa busca focar nas linhas principais do negócio, além de buscar um nível mais saudável de alavancagem.

  • O Seu Dinheiro acaba de liberar um treinamento exclusivo e completamente gratuito para todos os leitores que buscam receber pagamentos recorrentes de empresas da Bolsa. [LIBERE SEU ACESSO AQUI]

Em relatório, o Itaú BBA afirma que vê a notícia como positiva, já que, considerando o valor estimado da negociação, ela se daria com um prêmio sobre os múltiplos EV/Ebitda da companhia.

A equipe destaca também o suporte à desalavancagem, tida como necessária e ainda distante de um nível considerado "ótimo".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os analistas apontam, ainda, o ambiente competitivo do mercado e os desafios macroeconômicos do Brasil.

"Se a aquisição for concluída no valor referido, o valuation do ativo seria de aproximadamente 8 vezes o EV/Ebitda, gerando um prêmio de 60% sobre o atual EV/Ebitda da BRF. Nossas estimativas acreditam em uma faixa de R$ 200 milhões a R$ 300 milhões para o Ebitda da divisão", escrevem os analistas.

Também em relatório, a XP Investimentos aponta a Nestlé como a candidata favorita para levar o negócio de pet food da BRF, afirmando que poucas companhias deste segmento teriam fôlego para adquirir uma operação desse porte.

A XP tem recomendação de compra para BRFS3, com preço-alvo de R$ 20,60 — potencial de alta de 218%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como a BRF (BRFS3) entrou no mercado de comida para pets

Até 2021, a BRF tinha uma participação bem pequena no mercado de ração para cães e gatos, sendo dona apenas das marcas Balance e Gud, sem representar uma ameaça às gigantes do setor, como a Mars e a própria Nestlé.

Mas em apenas 10 dias ela conquistou 10% desse mercado com duas aquisições, acelerando seu plano estratégico, que apontava o segmento pet como uma de suas prioridades até 2030.

Em junho de 2021, a BRF comprou a Hercosul, dona das marcas Biofresh, Three Dogs, Three Cats, Primocão, Primogato, Apolo e Átila. A empresa também vendia seus produtos para a África e países da América Latina, sendo dona de 4% do market share desse mercado.

Na época, o valor do negócio não foi revelado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Poucos dias depois, a BRF veio com outra cartada e mostrando que sua aposta no setor de comida para animais domésticos era alta — foi a vez de comprar a Mogiana Alimentos, com um perfil complementar ao grupo Hercosul e 6% de participação no mercado.

Com sede em São Paulo, a Mogiana tem duas fábricas no interior do estado e exporta para a América Latina e Europa. Ela atua no segmento premium, com marcas como Guabi Natural, Gran Plus, Faro, Herói e Cat Meal.

E foi assim que a BRF conquistou em poucos dias uma fatia considerável de um mercado em forte expansão. Estima-se que para isso o desembolso tenha sido de R$ 1,35 bilhão.

Mas se tudo era tão bom, por que desistiu?

Essa é uma das principais dúvidas que ficam após a revelação de que a BRF deseja se desfazer de sua linha de comida para pets. Afinal, é difícil entender por que a empresa investiu — ainda que sem revelar os valores — em algo que parecia tão promissor e preferiu vender tudo menos de dois anos depois.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Algumas das possibilidades seriam os desafios macroeconômicos, com a alta dos juros e da inflação como obstáculos para boa parte das empresas, já que freiam o consumo e encarecem dívidas.

E hoje, o nível de endividamento da BRF também não é dos melhores, o que pode explicar os motivos que levaram a companhia a desistir de brigar pela liderança do segmento de comida para pets.

Nas projeções do Itaú BBA, a venda dessa divisão reduziria a dívida líquida da empresa para R$ 16,5 bilhões (incluindo leasing passivo) e diminuiria a estimativa de dívida líquida/Ebitda para o ano em 0,3 vez, de 3,6 vezes para 3,3 vezes.

O banco tem preço-alvo de R$ 9,00 para BRFS3 para o fim deste ano — potencial de alta de 39,3%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FINANCIAMENTO APROVADO

CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão

29 de dezembro de 2025 - 13:49

Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense

PODE ISSO, JUIZ?

De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?

29 de dezembro de 2025 - 13:11

Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo

REESTRUTURAÇÃO

Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição

29 de dezembro de 2025 - 11:03

Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas

RETROSPECTIVA FINANCEIRA

O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025

29 de dezembro de 2025 - 6:16

Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva

O ANO DA VIRADA (DE NOVO)

A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa

28 de dezembro de 2025 - 17:56

Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar

ROTA DE LONGO PRAZO

Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas

28 de dezembro de 2025 - 15:34

O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores

APÓS A POLÊMICA LIQUIDAÇÃO

O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira

28 de dezembro de 2025 - 9:41

A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo

GALPÕES LOGÍSTICOS

Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar

27 de dezembro de 2025 - 15:34

De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez

E NEM É PREVISÃO DOS ASTROS

Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet 

27 de dezembro de 2025 - 14:29

Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001

PÉ NO FREIO

Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor

27 de dezembro de 2025 - 13:33

A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões

INDEPENDÊNCIA OU...

Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master 

27 de dezembro de 2025 - 12:59

Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”

ATENÇÃO, ACIONISTAS!

CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano

27 de dezembro de 2025 - 12:16

Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025

RESPIRO EXTRA

STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto

27 de dezembro de 2025 - 10:34

O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário

CONSTRUINDO O FUTURO

BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes

26 de dezembro de 2025 - 19:44

Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região

FUNDO IMOBILIÁRIO

FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra

26 de dezembro de 2025 - 19:21

Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência

BATEU O MARTELO

OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta

26 de dezembro de 2025 - 17:33

Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história

PREGÃO TURBULENTO

Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares

26 de dezembro de 2025 - 16:46

Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação

EXCLUSIVO

Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares

26 de dezembro de 2025 - 16:01

Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group

NOVELA CORPORATIVA

IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3

26 de dezembro de 2025 - 14:00

A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto

GRANDE COMPRA

Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história

26 de dezembro de 2025 - 13:21

Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar