Prejuízo da Casas Bahia (BHIA3) vem ainda maior do que se esperava e ação despenca na bolsa — veja os números da varejista no 3T23
Casas Bahia atribui resultado ruim a cenário “desafiador” de demanda e a “impactos pontuais” de plano de reestruturação

Dizem que nada é tão ruim que não possa piorar — e a Casas Bahia (BHIA3) deu uma prova disso no terceiro trimestre de 2023.
A varejista iniciou recentemente uma reestruturação financeira — que incluiu o fim da marca Via e uma capitalização —, mas nada disso foi o suficiente para impedir os resultados negativos do terceiro trimestre.
E não foi só: a expectativa dos analistas de mercado em relação aos números eram ruins, mas o resultado foi ainda pior do que se esperava.
A varejista — que, como tantas outras, enfrenta dificuldades financeiras — registrou prejuízo líquido de R$ 836 milhões entre julho e setembro, o que representa um aumento de 311% em relação às perdas do mesmo período do ano anterior.
A expectativa era de que houvesse um prejuízo de R$ 689 milhões no período, impactado pela forte retração da rentabilidade após um saldão de estoques, como mostrou a prévia dos resultados do Seu Dinheiro.
Em reação, BHIA3 caía mais de 8% por volta das 10h30 desta quinta-feira (9).
Leia Também
A Casas Bahia atribuiu o desempenho nos três meses encerrados em setembro a "um cenário de demanda ainda desafiadora" e aos "impactos pontuais necessários para a implementação do plano de transformação" da empresa.
- Do zero a uma renda passiva: treinamento completo com os ‘tubarões’ do mercado mostrará as estratégias mais avançadas para poder gerar dinheiro na conta; inscreva-se aqui
Outros números da Casa Bahia no trimestre
A receita líquida da varejista totalizou R$ 6,59 bilhões, o que representa uma queda de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O resultado era, de certa maneira, esperado. Analistas previam o impacto do fechamento de 31 lojas — dentro de um plano de encerrar atividades de cerca de 75 unidades —, do saldão de produtos para ajustar os níveis de estoques da companhia e dos menores níveis de concessão de crédito.
Em relação ao Ebitda ajustado, o impacto também foi significativo. De um número positivo no 3T22, a Casas Bahia saiu para um resultado negativo de R$ 66 milhões. A prévia indicava uma queda de 91%, para R$ 36 milhões positivos.
Já o volume bruto de mercadorias (GMV) em vendas diretas alcançou R$ 8,5 bilhões no terceiro trimestre, uma queda de 6,3 em base anual. A estimativa era de que o GMV fosse de R$ 9,1 bilhões, segundo a prévia do balanço.
Já o marketplace (3P) da Casas Bahia seguiu crescendo e marcou um aumento de 14% em relação ao terceiro trimestre de 2022.
- Leia também: Grupamento de ações vem aí: Casas Bahia (BHIA3) marca data para definir rearranjo; confira a proporção
ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIs, BDRs, CRIPTOMOEDAS - VEJA INDICAÇÕES GRATUITAS
O vilão do varejo
O grande vilão do varejo no terceiro trimestre foi o mesmo do trimestre anterior: o cenário macroeconômico.
Ainda que o banco central esteja cortando os juros, a taxa básica ainda segue em patamares elevados.
A inadimplência das famílias combinado ao alto nível da Selic e a menor concessão de crédito foram fatais para a desaceleração do consumo no período, atingindo em cheio empresas como a Casas Bahia e Magazine Luiza.
Nubank, Banco do Brasil e Itaú disputam a preferência do brasileiro — mas um desses bancos já está ganhando a batalha
Pesquisa mostra que os bancões tradicionais ainda dominam em lembrança, mas perdem terreno quando os assuntos são relevância e preferência
São Martinho (SMTO3) na liderança do Ibovespa: o que está por trás da arrancada da ação?
O Citi elevou a recomendação dos papéis de neutra para compra, com as principais preocupações sobre a empresa dissipadas; entenda
Uma rival para a Nvidia está nascendo na China? Cambricon tem lucro recorde, receita 4.000% maior e valor mais do que dobra na bolsa
O tamanho da missão da chinesa poderá ser medido depois o fechamento dos mercados nesta quarta-feira (27), quando a norte-americana divulga o balanço do segundo trimestre
Nvidia (NVDA34) divulga resultados hoje; saiba o que esperar do balanço da ‘protagonista’ da guerra comercial entre EUA e China
A fabricante de chips afirmou que espera ter um impacto de US$ 8 bilhões em seu lucro no segundo trimestre devido ao tarifaço do republicano sobre o mercado chinês
Troca de CEO da Americanas (AMER3) é bom sinal — mas o pior ficou mesmo para trás? Saiba o que ela representa para o investidor
Com dívida reduzida e novo comando, Americanas tenta deixar para trás a fase de crise e reconquistar espaço em um varejo cada vez mais dominado por rivais globais
Oncoclínicas (ONCO3) interrompe sequência de perdas e dispara na bolsa hoje; entenda o que mudou o humor dos investidores
Na avaliação do Safra, a transação foi estratégica, porém a alta alavancagem continua sendo um problema para a companhia
JBS (JBSS32) entrará no índice FTSE US; ação alcança nova máxima histórica
O movimento é visto como estratégico para atrair um leque mais amplo e diversificado de investidores
São Paulo vai voltar ao ‘volume morto’? Entenda a decisão da Sabesp de diminuir a pressão da água nas torneiras durante a madrugada
Medida da Sabesp busca economizar água em meio à queda histórica dos reservatórios, que voltam a níveis semelhantes à crise hídrica de 2014 e 2015
Após Chapter 11, Gol (GOLL54) quer ampliar as rotas na América do Sul; saiba que países estão na mira
Apesar de os planos ainda estarem em fases de estudo, empresa pode retomar rotas que foram suspensas durante a pandemia e ainda não voltaram à sua malha
Quem quer abrir capital? Startup BEE4 cria concurso para levar 10 pequenas e médias empresas (PMEs) até a listagem
A ‘bolsa’ de PMEs vai ajudar as vencedoras a tirarem registro na CVM e poderem emitir dívida ou ações
Small cap que trata e ‘valoriza’ o seu lixo sobe 145% desde o IPO e sonha em ser grande; CEO da Orizon (ORVR3) conta como pretende chegar lá
Em entrevista ao Seu Dinheiro, o CEO Milton Pilão apresenta a empresa, conta o segredo para dobrar de valor na bolsa e lista as avenidas de crescimento daqui em diante
Embraer (EMBR3) mira isenção de tarifaço de Trump e busca reforçar imagem nos EUA
As tarifas do republicano colocaram fim a anos de taxa zero para as exportações da fabricante brasileira de aeronaves
Negócio entre Hapvida (HAPV3) e Oncoclínicas (ONCO3) é positivo, mas ações caem; entenda o motivo
A compra do Hospital de Oncologia do Méier por R$ 5,3 milhões é boa na avaliação da Ágora Investimentos/Bradesco BBI e do Safra
iPhone 17: o que esperar do lançamento da Apple em setembro
Confira o que a Apple deve apresentar na linha iPhone 17, principais novidades e expectativa de preço nos EUA e no Brasil
ASA, de Alberto Safra, ganha aval do Banco Central para emitir CDB, LCI e LCA — e amplia espaço no mercado financeiro
Com a nova licença, grupo poderá diversificar funding, oferecer produtos isentos de IR e reforçar atuação em crédito e câmbio
Estouro do Nubank (ROXO34) no 2T25 faz Santander mudar a recomendação do papel. Vale a compra agora?
A recuperação da receita e da margem financeira deve trazer uma nova fase para o banco digital — mas isso pode não ser tudo para justificar colocar ROXO34 na carteira
Duelo de rivais: Cade abre processo para investigar práticas anticompetitivas da B3 contra a CSD BR
O órgão antitruste concluiu que as condutas da B3 elevam artificialmente as barreiras à entrada e à expansão concorrencial
No andar do plano 60-30-30: CEO do Inter (INBR32) no Brasil indica a chave para construir 30% de rentabilidade até 2027
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Alexandre Riccio conta quais as alavancas para atingir o ambicioso plano financeiro nos próximos anos
Americanas (AMER3) tem novo chefe: saiba quem é Fernando Dias Soares, que chega para substituir Leonardo Coelho
A troca no comando da varejista acontece após o segundo trimestre de 2025 registrar um prejuízo líquido 94,7% menor em relação às perdas do segundo trimestre de 2024
Eletrobras (ELET3) pode pagar R$ 7 bilhões em dividendos em 2025; Bradesco BBI recomenda a compra
O pagamento bilionário de proventos aos acionistas mudou a percepção de valor da companhia de energia no curto prazo