POR QUE A AMERICANAS PODE SE SAFAR DOS CREDORES COM A RECUPERAÇÃO JUDICIAL E EU NÃO? VEJA A RESPOSTA

Cotações por TradingView
2023-02-12T08:47:27-03:00
Estadão Conteúdo
Pós-pandemia

Azul (AZUL4) tenta renegociar dívida bilionária que acumulou com arrendadores de aviões e bancos por conta da pandemia

Alto volume da dívida da Azul decorre de negociação feita no início da pandemia. No pior momento da crise, a aérea fechou um acordo para adiar o pagamento do aluguel das aeronaves.

Estadão Conteúdo
12 de fevereiro de 2023
12:24 - atualizado às 8:47
Azul Linhas Aéreas AZUL4
Imagem: Shutterstock

Após sobreviver ao pior momento da crise da pandemia e ser a primeira companhia aérea a voltar ao patamar de oferta anterior à covid-19, a companhia aérea Azul (AZUL4) busca renegociar a dívida que acumulou nos últimos anos.

A empresa tem de pagar, em 2023, R$ 3,8 bilhões aos arrendadores de aviões e R$ 700 milhões aos bancos, segundo fontes do mercado.

Do total devido, R$ 3,2 bilhões são referentes ao aluguel anual das aeronaves e R$ 600 milhões ao valor postergado durante a pandemia. Segundo pessoas próximas às conversas, a intenção é fechar um acordo ainda nesta semana.

Em tratativas com investidores, a companhia já havia sinalizado a intenção de levantar capital no mercado financeiro para aliviar sua situação. A dificuldade para acessar investimentos, porém, levou a Azul a renegociar com arrendadores e bancos. A Seabury Capital, empresa americana que trabalha com a aérea há alguns anos, está à frente das renegociações.

Leia mais:

Alongando prazo

O acordo que vem sendo negociado envolve não apenas o pagamento do aluguel dos aviões deste ano, mas também o dos próximos. Há uma tentativa para reduzir o valor anual.

Um analista do setor financeiro, que pediu para não ser identificado, disse esperar que o pagamento seja renegociado, mas que as condições de mercado "não estão favoráveis" para isso.

O presidente da Azul, John Rodgerson, diz não ver dificuldade na renegociação. "Estou confiante com nossos parceiros. Eles receberão tudo, mas talvez tenham de alongar o prazo para nós. Não haveria motivo para eles retirarem aeronave de alguém que está pagando mensalmente e perder o que está sendo pago da época da covid", afirmou.

O alto volume da dívida da Azul com os arrendadores de aviões decorre de uma negociação feita no início da pandemia. No pior momento da crise, a aérea fechou um acordo para adiar o pagamento do aluguel das aeronaves. Enquanto isso, a Gol negociou para pagar os arrendadores conforme os jatos fossem sendo usados, por hora de operação.

Agência Fitch rebaixa notas da Azul

A agência classificadora de risco Fitch informou na sexta-feira que rebaixou os IDRs (Issuer Default Ratings - Notas de Inadimplência do Emissor) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Azul de 'CCC+' para 'CCC-', e o da nota nacional de longo prazo para 'CCC(bra)', de 'B(bra)'.

A Fitch afirmou que os rebaixamentos refletem os altos riscos de refinanciamento da Azul, as pressões no fluxo de caixa operacional da companhia, a deterioração de sua liquidez, de acordo com a metodologia da Fitch, e as restrições mais acentuadas no mercado de crédito local, em função da inadimplência da Americanas.

Segundo o analista de transportes da XP, Pedro Bruno, o modelo do acordo da Azul permitiu que ela recuperasse sua capacidade antes das concorrentes. Bruno afirmou que o cenário não é fácil para a empresa. Isso porque o querosene de aviação ainda está em patamar elevado, o câmbio continua em alta e o crescimento da demanda depende de uma atividade mais pujante da economia.

Para um analista do mercado financeiro, a aposta da Azul de retomar a oferta em grande volume esbarrou na alta do preço do combustível decorrente da guerra na Ucrânia e na desvalorização do real.

Em conversa recente com o Estadão, o presidente da Azul, John Rodgerson, reconheceu que, se fosse possível prever a guerra, não teria ampliado tanto a oferta em 2022. Ele destacou, entretanto, que os voos que não estavam se pagando já foram retirados de operação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

DESTAQUES DA BOLSA

Tenda (TEND3) fica para trás no ‘Pode Entrar’ e despenca mais de 15% na B3; saiba qual incorporadora deve ser a grande vencedora do programa habitacional de SP

23 de março de 2023 - 13:14

A prefeitura de SP destinou R$ 6 bilhões em investimentos para a construção de pouco mais 38,8 mil unidades habitacionais na capital paulista

ENTREVISTA EXCLUSIVA

A Klabin (KLBN11) pede um voto de confiança: o bilionário — e polêmico — projeto Figueira vai sim ser rentável

23 de março de 2023 - 12:01

O projeto foi criticado pelo mercado e por parte dos conselheiros da Klabin; o CFO, no entanto, defende a estratégia de investimentos

CASO ATÍPICO

Mal da vaca louca: China retoma importações de carne bovina brasileira; ação da Minerva (BEEF3) lidera altas na B3

23 de março de 2023 - 10:28

O Ministério da Agricultura brasileiro suspendeu as exportações em fevereiro depois da identificação de um caso de ‘mal da vaca louca’ no Pará

Bolsos cheios

Dividendos: Cemig (CMIG4) anuncia novo pagamento de juros sobre o capital próprio; saiba como receber

22 de março de 2023 - 19:54

O pagamento será dividido em duas parcelas iguais e a primeira cairá na conta dos acionistas até 30 de junho de 2024

Balanço

Havan tira offshore do balanço e tem lucro 20% menor em 2022

22 de março de 2023 - 16:22

Variação cambial de investimentos da offshore Abigail Worldwide afetou base de comparação do lucro da rede de Luciano Hang, o “véio da Havan”

DEPOIS DO BALANÇO

Positivo (POSI3) dispara 16% após balanço do 4T22, mas analistas veem espaço para muito mais; veja as projeções para as ações

22 de março de 2023 - 15:45

Lucro da empresa de produtos de tecnologia aumentou 227,1% na comparação com o quarto trimestre do ano anterior

SEM ENERGIA

Vibra aparece na ponta negativa do Ibovespa após balanço; saiba se vale a pena se abastecer de VBBR3 agora

22 de março de 2023 - 14:15

O preço-alvo dos papéis da distribuidora é de R$ 28 em 12 meses, o que significa um potencial de valorização de 96,4% em relação ao fechamento de terça-feira (21)

FORA DO AR

Sem PIX! Aplicativo do C6 Bank fica fora do ar e usuários reclamam nas redes

21 de março de 2023 - 16:09

Segundo o site DownDetector, os problemas no acesso ao aplicativo do C6 começaram por volta das 15h; o app do banco informa sobre “atualizações”

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies