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2023-02-12T20:18:35-03:00
Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
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Após a Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) também tem sua nota de crédito rebaixada pela Fitch – e para nível de calote

Agência de rating cortou notas da aérea em três ou quatro níveis após proposta de estruturação que se assemelha a default

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
10 de fevereiro de 2023
19:15 - atualizado às 20:18
Avião branco com o logo da Gol (GOLL4) na lateral parado em uma pista de pouso
Segundo os critérios da Fitch, reestruturação de dívida proposta pela Gol já se assemelha a calote. - Imagem: Shutterstock

Após rebaixar as notas de crédito da Azul (AZUL4), atribuindo o corte até mesmo ao caso Americanas, a Fitch também revisou, nesta sexta-feira (10), a classificação de risco da Gol (GOLL4). E foi um corte e tanto.

Todos os ratings da companhia aérea foram rebaixados para o nível C, que classifica empresas que já iniciaram um processo de calote ou similar, ou que ao menos estejam com capacidade de pagamento bastante prejudicada.

Houve corte da classificação de risco das dívidas de longo prazo, tanto em moeda local quanto estrangeira, de B- para C, com perspectiva negativa; da nota dos títulos sem garantia de B- para C; e do rating nacional de longo prazo de BB+ para C, com perspectiva negativa. Ou seja, em todos os casos, a nota de crédito foi rebaixada em três ou quatro níveis.

Segundo a Fitch, o rebaixamento da Gol se deve ao anúncio de um novo compromisso de financiamento assumido pela aérea junto à Abra Group, nova holding estabelecida para controlar as operações de Gol e Avianca.

A transação prevê um investimento da Abra na Gol de cerca de US$ 1 bilhão por meio da aquisição de títulos de dívida seniores (com prioridade de recebimento) com vencimento em 2028 e garantidos por propriedades intelectuais da Gol, como a marca do programa de fidelidade Smiles.

Em adição a isso, a holding se comprometeu a investir, de tempos em tempos, aproximadamente US$ 400 milhões na Gol. Finalmente, a transação prevê o cancelamento de pelo menos US$ 680 milhões de títulos de dívida da Gol, transformando a Abra no maior entre os credores com garantias da Gol.

Fitch considera operação uma espécie de calote e pode rebaixar Gol para nível de default

Acontece que, segundo os critérios da Fitch, esse novo compromisso se equipara, de certa forma, a um calote, pois pressupõe que credores que aceitem descontos no principal da dívida tenham prioridade de recebimento.

A companhia aérea recomprará dívidas que vencem em 2026 a preço de mercado (com desconto em relação ao valor de face) a fim de substituí-las por dívidas mais longas, cujo principal credor será a Abra.

"A transação inclui diferentes níveis de desconto para os títulos seniores da companhia, mais em linha com as atuais tendências de preços de mercado, e está condicionada a limites mínimos de participação e consentimentos de saída para eliminar covenants", diz a Fitch. Entenda o que são covenants numa operação de financiamento.

Assim, a agência de classificação de risco diz que os ratings da Gol serão rebaixados para o nível Restricted Default (RD) - calote restrito - ou abaixo, dependendo do nível de garantia da dívida, caso a transação seja completada com sucesso.

Agência não cita Americanas, mas cenário de crédito no Brasil não é convidativo para empresas endividadas

Embora a Fitch não tenha citado a inadimplência da Americanas na revisão do rating da Gol, como fez mais cedo no caso da Azul, é preciso lembrar que a sequência de eventos que levou à recuperação judicial da varejista abalou o mercado de crédito brasileiro, o que prejudica sobretudo as empresas mais endividadas, como as aéreas.

O rombo bilionário da Americanas derrubou os valores dos títulos de dívida corporativa e deixou os grandes bancos - principais credores da companhia - mais restritivos na concessão de crédito, e isso justo num momento de Selic elevada e perspectivas de desaceleração econômica no exterior.

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