Apple vê lucro cair pela primeira vez desde 2019 e ações caem em NY — saiba o que abocanhou um pedaço da maçã no 4T22
A receita da fabricante de iPhones, por sua vez, registrou a maior queda em base anual desde setembro de 2016

Em 2019, quando a Apple reportou pela última vez uma queda nos lucros, Wall Street só podia colocar a culpa na estagnação das vendas de smartphones. Desta vez, outros fatores abocanharam uma fatia da maçã.
Os bloqueios na China — que atrapalharam a produção do iPhone 14 Pro e do iPhone 14 Pro Max —, a queda da demanda por smartphones em meio à aceleração da inflação e o dólar mais forte são alguns dos motivos pelos quais a Apple viu seu lucro líquido cair 13% entre outubro e dezembro do ano passado na comparação com o mesmo período do ano anterior, para US$ 29,998 bilhões.
A receita, por sua vez, somou US$ 117,154 bilhões no período, um resultado 5,5% menor do que o obtido no mesmo trimestre de 2021 e também o pior desempenho desde 2016.
Ainda que os analistas e investidores já esperassem por resultados mais fracos, Wall Street penalizou as ações da Apple no after market em Nova York: os papéis AAPL chegaram a cair mais de 5% assim que os resultados foram anunciados.
Um trimestre difícil
O trimestre representa uma perda significativa para a Apple — e a primeira baixa nos lucros em relação às projeções em quase sete anos.
A queda de recordes negativos não parou por aí: essa também foi apenas a segunda perda de receita da Apple desde agosto de 2017, com as vendas ficando mais de 3% abaixo das estimativas.
Leia Também
Veja como a Apple se saiu em relação às projeções da Refinitiv:
- Lucro por ação: US$ 1,88 contra US$ 1,94 estimado, queda de 10,9% ano a ano;
- Receita: US$ 117,15 bilhões contra US$ 121,10 bilhões estimados, queda de 5,5% ano a ano;
- Receita do iPhone: US$ 65,78 bilhões contra US$ 68,29 bilhões estimados, queda de 8,17% ano a ano;
- Receita do Mac: US$ 7,74 bilhões contra US$ 9,63 bilhões estimados, queda de 28,66% ano a ano;
- Receita do iPad: US$ 9,40 bilhões contra US$ 7,76 bilhões estimados, alta de 29,66% ano a ano;
- Receita de outros produtos: US$ 13,48 bilhões contra US$ 15,23 bilhões estimados, queda de 8,3% ano a ano;
- Receita de serviços: US$ 20,77 bilhões contra US$ 20,67 bilhões estimados, alta de 6,4% em relação ao ano anterior;
- Margem bruta: 42,96% versus 42,95% estimado.
"Como o valor na nova geração de iPhones manteve o mesmo ticket da anterior, a desaceleração é facilmente atribuída a uma queda nos volumes: com a recessão batendo na porta, não está fácil fazer o upgrade", diz Richard Camargo, analista da Empiricus.
Ele destaca que a única vertical de negócios a apresentar crescimento foi a de serviços, que compila as receitas da Apple Store, do iCloud e outros. "Nesta vertical, a Apple teve receitas de US$ 20,7 bilhões, crescimento de 6,5% na comparação anual", afirma.
- Em dúvida sobre como investir? Faça o download GRATUITO do e-book Onde investir em 2023 e confira a opinião dos maiores especialistas do mercado financeiro sobre os ativos mais promissores para este ano. BAIXE AQUI
Apple avisou antes
Durante a teleconferência de resultados do trimestre passado, o CFO da Apple, Luca Maestri, alertou que, embora o desempenho em 2022 fosse considerado bom, as coisas ficariam difíceis em 2023.
Embora Maestri não tenha fornecido orientação específica para o período, citando “incerteza contínua em todo o mundo”, ele ofereceu uma pista sobre o que a Apple tem reservado para os próximos meses.
Especificamente, o executivo espera que o desempenho da receita desacelere na comparação anual. O principal problema, disse ele aos acionistas, é que a empresa espera quase 10 pontos percentuais de efeitos negativos do câmbio.
As vendas de Mac, explicou ele, também “cairão substancialmente” em comparação com o crescimento que o negócio experimentou durante a pandemia.
A Apple não forneceu orientações para o atual trimestre encerrado em março. A empresa não fornece projeções desde 2020, em princípio citando a incerteza causada pela pandemia.
Embraer (EMBR3) divulga dados de entrega no terceiro trimestre e ações reagem na bolsa
Em comunicado ao mercado, a fabricante de aeronaves brasileira informou que entregou 62 aviões entre julho e setembro, sendo 20 jatos comerciais, 41 executivos e uma aeronave de defesa
CVM manda a Marisa (AMAR3) refazer os balanços dos últimos 3 anos — e ações caem 4% na B3
CVM determinou que a varejista de moda refizesse as demonstrações financeiras anuais de 2022 a 2024 e os formulários trimestrais até 2025
A Ambipar (AMBP3) não vai parar de cair? Ações derretem quase 60% enquanto mercado tenta rastrear onde está o caixa da empresa
Enquanto tenta reestruturar as finanças em crise sem recorrer à recuperação judicial, a Ambipar enfrenta uma onda de desconfiança no mercado
Minerva (BEEF3) sob a lupa de BTG, XP e BofA: analistas avaliam “janela de oportunidade” descrita pelo CEO, mas mantêm cautela
Bancos citam expansão em novos mercados e potencial de desalavancagem, mas alertam para riscos para o fluxo de caixa livre
Alívio para o BRB (BSLI4): com polêmica compra do Master fora do jogo, Moody’s retira alerta de rebaixamento
Com o sinal vermelho do BC para a aquisição de ativos do Master pelo BRB, a Moody’s confirmou as notas de crédito e estabeleceu uma perspectiva estável para o Banco de Brasília
SLC Agrícola (SLCE3) divulga novo guidance e projeta forte expansão na produção — mas BTG não vê gatilhos no horizonte de curto prazo
Apesar do guidance não ter animado os analistas, o banco ainda mantém a recomendação de compra para os papéis
Ações da Santos Brasil (STBP3) dão adeus para a bolsa brasileira nesta sexta-feira (3)
A despedida das ações acontece após a conclusão de compra pela francesa CMA Terminals
OpenAI, dona do ChatGPT, atinge valor de US$ 500 bilhões após venda de ações para empresas conhecidas; veja quais
Funcionários antigos e atuais da dona do ChatGPT venderam quase US$ 6,6 bilhões em ações
Mercado Livre (MELI34) é o e-commerce favorito dos brasileiros, segundo UBS BB; Shopee supera Amazon (AMZO34) e fica em segundo lugar
Reputação e segurança, custos de frete, preços, velocidade de entrega e variedade de produtos foram os critérios avaliados pelos entrevistados
‘Novo Ozempic’ chega ao Brasil graças a parceira entre farmacêuticas
Novo Nordisk e Eurofarma se unem para lançar no Brasil o Poviztra e o Extensior, versões injetáveis da semaglutida voltadas ao tratamento da obesidade
Ambipar (AMBP3) volta a desabar e chega a cair mais de 65%; entenda o que está por trás da queda
Desde segunda-feira (29), a ação já perdeu quase 60% no valor. Com isso, o papel, uma das grandes estrelas em 2024, quando disparou mais de 1.000%, voltou ao patamar de um ano atrás
Banco do Brasil alerta para golpes em meio a notícias sobre possível concurso
Comunicado oficial alerta candidatos, mas expectativa por novo concurso cresce — mesmo sem previsão confirmada pelo banco
De São Paulo a Wall Street: Aura Minerals (AURA33) anuncia programa de conversão de BDRs em ações na Nasdaq
Segundo a empresa, o programa faz parte da estratégia de consolidar e aumentar a negociação de suas ações na bolsa de Nova York
Oncoclínicas (ONCO3) traça planos para restaurar caixa e sair da crise financeira. Mercado vai dar novo voto de confiança?
Oncoclínicas divulgou prévias e projeções financeiras para os próximos anos. Veja o que esperar da rede de tratamentos oncológicos
Mais uma derrota para a Oi (OIBR3): Justiça nega encerrar Chapter 15 nos EUA. O que isso significa para a tele?
Para a juíza responsável pelo caso, o encerramento do processo “não maximizará necessariamente o valor nem facilitará o resgate da companhia”; entenda a situação
Oi (OIBR3) falha na tentativa de reverter intervenção na alta gestão, mas Justiça abre ‘brecha’ para transição
A decisão judicial confirma afastamento de diretores da empresa de telecomunicações, mas abre espaço para ajustes estratégico
Retorno da Petrobras (PETR3, PETR4) à distribuição é ‘volta a passado não glorioso’ e melhor saída é a privatização, defende Adriano Pires
Especialista no setor de energia que quase assumiu o comando da petroleira na gestão Bolsonaro critica demora para explorar a Margem Equatorial e as MPs editadas pelo governo para tentar atrair data centers ao país
Diretora revela os planos do Bradesco (BBDC4) para atingir 1 milhão de clientes de alta renda no Principal até 2026
Ao Seu Dinheiro, Daniela de Castro, diretora do Principal, detalhou os pilares da estratégia de crescimento do banco no segmento de alta renda
WEG (WEGE3) vive momento sombrio, com queda de 32% em 2025 e descrença de analistas; é hora de vender?
Valorização do real, tarifas de Trump e baixa demanda levam bancos a cortarem preços-alvos das ações da WEG
A Oi (OIBR3) vai falir? Decisão inédita no Brasil pôs a tele de cara com a falência, mas é bastante polêmica; a empresa recorreu
A decisão que afastou a diretoria da empresa e a colocou prestes a falir é inédita no Brasil e tem como base atualização na Lei das Falências; a Oi já recorreu