Alpargatas (ALPA4) leva uma chinelada e desaba 20% na bolsa com Americanas (AMER3) e reestruturação drenando o caixa
JP Morgan está confiante de que a companhia pode sim voltar a apresentar um balanço mais saudável, já que os custos de reestruturação deixam espaço para uma recuperação das margens em 2023

As ações da Alpargatas (ALPA4) começam a sexta-feira (10) levando uma verdadeira chinelada no Ibovespa — os papéis caem mais de 18% após a divulgação dos resultados da companhia no quarto trimestre.
Tendo em vista a sequência de resultados fracos que a empresa já vinha apresentando, a expectativa dos analistas para os números era mais conservadora do que o normal, mas não foi o suficiente para evitar uma decepção.
O desempenho do varejo alimentar pesou no volume de vendas no Brasil, a operação internacional segue sendo um ponto de atenção, e os quase R$ 50 milhões gastos com uma reestruturação interna pesaram sobre as principais linhas do balanço.
A Alpargatas, dona da Havaianas, teve um prejuízo líquido consolidado de R$ 21 milhões no quarto trimestre de 2022 — um tombo feio quando comparado com o lucro de R$ 303,1 milhões do mesmo período do ano anterior. No ano passado, o lucro líquido caiu 84,3%, para R$ 108,5 milhões.
A comparação entre os trimestres é inevitável, mas a empresa lembra que as bases não são comparáveis, uma vez que a compra da Rothy's e a venda da Osklen foram anunciadas no último trimestre de 2021.
Nos últimos três meses do ano, o lucro líquido recorrente de Havaianas foi de R$ 81 milhões, queda de 46% ante o mesmo período de 2021. No ano, a queda foi de 23% (R$ 439 milhões). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou mais de 15% na base anual, a R$ 152,6 milhões, enquanto a receita líquida cresceu 3,2%, indo a R$ 1,103 bilhão.
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A companhia encerrou o quarto trimestre com posição financeira líquida negativa em R$ 612 milhões. De acordo com a empresa, a redução se deu pelo aumento de estoques de matéria-prima e produtos acabados, pela variação da linha de contas a receber e pela intensificação dos investimentos estratégicos (capex), isso sem falar nos custos de aquisições.
O que o mercado não gostou
No geral, os especialistas consideraram os números apresentados pela companhia fracos e abaixo das expectativas, com forte queda nos volumes de venda no Brasil e altos custos de reestruturação, principalmente na sua operação internacional.
Para o Bradesco, o braço internacional, representado principalmente pela recém-adquirida Rothy’s, deve seguir pressionado, uma vez que o cenário competitivo nos Estados Unidos e em outros países é complicado. No quarto trimestre, entraves no comércio entre China e EUA também foram responsáveis por pressionar o balanço.
Apesar de tudo, os analistas do JP Morgan estão confiantes de que a companhia pode sim voltar a apresentar um balanço mais saudável, já que os custos de reestruturação que pesaram sobre o ano devem deixar espaço para uma recuperação das margens em 2023 — isso sem falar que, apesar da sequência de resultados decepcionantes, não há nenhum grande problema estrutural a ser encarado.
O banco de investimento também acredita que a fabricante de calçados está na direção certa para ajustar a sua operação internacional de forma a atrair melhores resultados no médio prazo.
Ninguém escapa do “Efeito Americanas”
Assim como tem acontecido com os grandes bancos, a Alpargatas se viu obrigada a provisionar um eventual calote de recebíveis da Americanas (AMER3).
No balanço do quarto trimestre, o total foi de R$ 6,7 milhões, o que representa 100% da dívida da varejista com a companhia.
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