Agenda cheia prejudica Ibovespa e CVC (CVCB3) tomba mais de 14% — o que derrubou a cotação da empresa de turismo?
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta segunda-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo

O Ibovespa iniciou a semana com dificuldades, vitimado pelo pesadelo dos introvertidos: uma agenda cheia de compromissos importantes para os próximos dias.
O principal índice acionário da B3 operou sem direção definida durante a maior parte desta segunda-feira (30), com o mercado avaliando as perspectivas para os grandes eventos macroeconômicos e corporativos previstos — incluindo reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central e balanço do Santander (SANB11).
O calendário lotado não é exclusividade da bolsa brasileira. Em Wall Street, a tensão antes da reunião de política monetária do Federal Reserve, da divulgação de dados sobre o mercado de trabalho e de diversos balanços de grandes companhias também penalizou as cotações.
A piora dos índices de Nova York, aliás, foi uma das responsáveis por definir o rumo do pregão por aqui.
Pressionado pela forte queda das bolsas dos EUA, o Ibovespa firmou-se em terreno negativo próximo ao final do pregão e anotou leve recuo de 0,04%, aos 112.273 pontos. O dólar à vista também enfrentou a volatilidade ao longo do dia, mas registrou uma alta modesta de 0,06%, cotado a R$ 5,1150.
O grande destaque negativo da sessão foi a queda de mais de 14% da CVC (CVCB3). A empresa sofreu um ajuste depois da forte alta registrada na semana anterior e os investidores também repercutiram a desistência das negociações para a compra da Ōner Travel, startup de viagens.
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PRESSÃO VENDEDORA
Na Raízen (RAIZ4), um investidor importante dá adeus e os papéis vão às mínimas históricas. O que explica? A Hédera Investimentos, veículo da Louis Dreyfus, vai vender sua fatia de 24,3% das ações PN da empresa.
PROCURA-SE COMPRADOR
Natura (NTCO3) pode vender parte da Aesop para LVMH ou L’Oreal — ações chegar a subir 12%. Desde o ano passado, a empresa avalia se desfazer de uma fatia da marca de luxo ou promover um IPO.
TEMPORADA ABERTA
Sob a sombra da Americanas, grandes bancos divulgam lucro do quarto trimestre a partir desta semana; veja o que esperar. Coletivas de resultados devem ser tomadas não pela análise dos números passados, mas sim pelo que é possível mensurar de possíveis impactos após a debacle da varejista.
‘NOVO PETRÓLEO’ ENCONTRADO EM MINAS GERAIS
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NOVIDADE PARA O FUTURO
De olho na aposentadoria, título Tesouro RendA+ estreia pagando mais de 6% acima da inflação. Nova linha tem como meta complementar a aposentadoria e começa com oito datas de vencimento diferentes.
EXILE ON WALL STREET
Felipe Miranda: Riders on the storm — como ganhar da Bolsa em 2023? O Ibovespa subiu 4,69% em 2022. Não bateu o CDI, mas foi um desempenho bastante razoável se julgarmos a indisposição geral a risco no ano, quando o portfólio 60/40 teve sua sétima pior performance desde 1900, de acordo com a Goldman Sachs.
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Felipe Miranda: Troco um Van Gogh por uma small cap
Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.
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Apetite por risco é desafiado pela aproximação do fim da trégua de Donald Trump em sua guerra comercial contra o mundo
Talvez fique repetitivo: Ibovespa mira novos recordes, mas feriado nos EUA drena liquidez dos mercados
O Ibovespa superou ontem, pela primeira vez na história, a marca dos 141 pontos; dólar está no nível mais baixo em pouco mais de um ano
A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
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Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.
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