A festa da B3, a nova crise da Light (LIGT3) e a privatização da Copel; confira os destaques do dia
Pode botar a cerveja para gelar! Hoje a bolsa brasileira viveu um dia que tem sido raro em todo o mercado financeiro global — juros em baixa, dólar em queda livre e uma alta generalizada dos ativos de risco.
O convite para a festa que tomou conta da B3 nesta terça-feira (11) chegou logo pela manhã, e os investidores seguiram embalados até o fim das negociações. E não é para menos — a inflação brasileira acelerou em ritmo menor do que o esperado e alimenta as esperanças de que o Banco Central tenha espaço para cortar os juros já nas próximas reuniões.
É bem verdade que a pressão da alta do preço dos combustíveis deve seguir sendo um fator de risco nos próximos meses, e alguns analistas ainda apontam que, dado os atuais níveis da taxa Selic, a inflação deveria mostrar sinais de uma desaceleração futura mais forte, mas, por hoje, os números foram suficientes para patrocinar uma rodada de animação.
O arcabouço fiscal também deu a sua contribuição no humor dos investidores. O texto oficial deve chegar ao Congresso na próxima segunda-feira (17), mas sinalizações de que limita o aumento de gastos públicos mesmo diante de um crescimento muito elevado de receita acalmam o coração daqueles que ainda duvidavam do potencial do projeto.
Com os juros futuros em queda livre, o dólar à vista voltou a ser negociado abaixo da casa dos R$ 5, mas não sustentou o ritmo até o fim da sessão, fechando em baixa de 1,16%, a R$ 5,0072. No Ibovespa, a alta do dia foi de 4,29%, aos 106.213 pontos — melhor desempenho diário desde o primeiro turno das eleições presidenciais.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Leia Também
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
MERCADO DE CAPITAIS
Janela para IPOs deve se manter fechada, mas há espaço para follow-on, segundo Anbima. Ofertas subsequentes devem acontecer em empresas de setores específicos, que estejam bem posicionadas na bolsa.
RECADO DO GESTOR
Fundo Verde reduz posição em bolsa e vê arcabouço fiscal “pior do que o necessário e melhor que o temido”. O mercado de ações continua a ser vítima da “soma de todos os medos”, de acordo com a asset gerida por Luis Stuhlberger.
DEVO E NÃO NEGO
Light (LIGT3) vai de Americanas? Empresa entra com pedido cautelar na Justiça para não pagar suas dívidas. A solicitação foi feita em segredo de Justiça e não detalha o saldo total do endividamento, mas abre espaço para uma possível recuperação judicial.
FIM DO ESQUELETO
Itaú (ITUB4) vai receber R$ 1,7 bilhão do governo do Paraná após acordo que ajuda a liberar a privatização da Copel (CPLE6). As ações da companhia faziam parte das garantias do empréstimo que o governo estadual deixou de pagar ao banco.
ANTES DA TORMENTA
Shapella, a nova atualização do Ethereum (ETH), está marcada para amanhã: veja 3 dados antes de o processo acontecer. O éter renovou as máximas do ano com a disparada do bitcoin; saiba o que esperar dos preços da criptomoeda a partir de agora.
Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje
Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional
Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo
Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje
Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA
CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD
A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje
Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso
Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa
Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento
Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?
Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto
A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje
Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje
O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje
Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor
Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?
Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador