A bala de prata do governo, Trump preso e o glow up da Natura (NTCO3); confira os destaques do dia
Empresários, investidores e o governo federal raramente estiveram alinhados nesses primeiros quatro meses da nova gestão, mas uma coisa é unanimidade — todos estão ansiosos para que o Brasil volte a crescer.
Apesar de ora ou outra a briga acabar no colo do Banco Central, com amplos pedidos para que a autoridade monetária inicie um processo de corte na taxa de juros, todos sabem que para um futuro saudável e promissor é preciso colocar a casa em ordem.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou o tão esperado arcabouço fiscal, o substituto do teto de gastos que promete colocar as contas públicas na linha e abrir espaço para que a Selic comece a cair.
Apesar de o texto oficial ainda não ter sido entregue ao Congresso, o mercado gostou do que viu, mas sem comprar a ideia de que a reformulação da regra fiscal seja a solução definitiva para os problemas.
Hoje, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, concordou com essa visão, afirmando que o novo arcabouço é apenas uma "bala de bronze" — as apostas agora se voltam para a reforma tributária, um antigo sonho de políticos e empresários, mas razão de discórdia entre estados e municípios.
O discurso reformista e o empenho de utilizar o capital político para encaminhar o projeto animaram os investidores durante a tarde — ainda que o Ibovespa tenha perdido força no fim do dia, repercutindo a cautela de Nova York com dados econômicos fracos.
Leia Também
Enquanto a "bala de prata" brasileira não vem, o arcabouço fiscal continua sendo a grande expectativa do mercado. E Tebet deu sinais claros de que na semana que vem o texto deve ser encaminhado para o Congresso.
O Ibovespa fechou longe das máximas do dia, pressionado por um movimento de realização de lucros no setor de commodities, mas subiu 0,36%, aos 101.869 pontos. O dólar à vista avançou 0,22%, a R$ 5,0823.
Veja tudo o que movimentou os mercados nesta terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
Confira outras notícias que mexem com o seu dinheiro
FICHA SUJA
Trump vai ver o sol nascer quadrado: a prisão histórica do ex-presidente dos EUA vai impedir sua pré-candidatura? Ele anunciou em novembro do ano passado que vai participar da corrida republicana à Casa Branca em 2024; entenda como fica a campanha a partir de agora.
ENXUGANDO O PORTFÓLIO
Na Natura, o plano é dar um glow up nas operações após a venda da Aesop — e sem se desfazer de mais marcas. As ações NTCO3 chegaram a subir 7% na abertura, em resposta à operação; em teleconferência, a companhia deu mais detalhes sobre os próximos passos da estratégia de negócios.
REFORÇO NO CAIXA
Dasa (DASA3) protocola pedido de oferta pública de ações para levantar pelo menos R$ 1,5 bilhão, a um preço mínimo de R$ 8,50 por papel. Controladores já se comprometeram a injetar R$ 1 bilhão na oferta, e outros R$ 500 milhões estão garantidos pelo BTG.
CRIPTOS DO DIA
Processo da Binance na Interpol é falso e bitcoin (BTC) tem alta tímida: os destaques entre as moedas digitais hoje. O dia também foi marcado pela disparada do Dogecoin (DOGE) e a Solana ultrapassando o Ethereum em número de transações.
MENOS GLAMOUR
Elon Musk e bilionários “mais pobres” e outras 5 curiosidades sobre a lista 2023 da Forbes. A fortuna do dono da Tesla e do Twitter — e dos demais bilionários da publicação — encolheu US$ 500 bilhões; conheça as dez pessoas mais ricas do mundo.
Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?
No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais
Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício
Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito
Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje
Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados
Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas
Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática
Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje
Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde
Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis
Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano
FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR
BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil
É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar
Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro
Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje
Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços
O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje
O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro
Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação
Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal
Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998
Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.
Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários
Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos
Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi
Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado
A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial
Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje
A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira
Rodolfo Amstalden: O silêncio entre as notas
Vácuos acumulados funcionaram de maneira exemplar para apaziguar o ambiente doméstico, reforçando o contexto para um ciclo confiável de queda de juros a partir de 2026
A corrida para investir em ouro, o resultado surpreendente do Santander, e o que mais mexe com os mercados hoje
Especialistas avaliam os investimentos em ouro depois do apetite dos bancos centrais por aumentar suas reservas no metal, e resultado do Santander Brasil veio acima das expectativas; veja o que mais vai afetar a bolsa hoje
O que a motosserra de Milei significa para a América Latina, e o que mais mexe com seu bolso hoje
A Argentina surpreendeu nesta semana ao dar vitória ao partido do presidente Milei nas eleições legislativas; resultado pode ser sinal de uma mudança política em rumo na América Latina, mais liberal e pró-mercado
A maré liberal avança: Milei consolida poder e reacende o espírito pró-mercado na América do Sul
Mais do que um evento isolado, o avanço de Milei se insere em um movimento mais amplo de realinhamento político na região