Quer lucrar com a alta da Selic? Confira os dois fundos imobiliários mais recomendados para investir em fevereiro por 13 corretoras
Dois FIIs de papel — categoria assim apelidada por investir em títulos de crédito do setor imobiliário — são os favoritos das corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro

Você teria coragem de enfrentar uma tempestade em alto mar em um barco feito de papel? Provavelmente não na vida real, mas, quando se trata de vencer o temporal macroeconômico que chove nos rendimentos dos fundos imobiliários, essa é a opção mais recomendada pelos analistas.
Dois FIIs de papel — categoria assim apelidada por investir em títulos de crédito do setor imobiliário — são os mais recomendados para fevereiro, de acordo com as corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro.
Estou falando do CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) e do Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11). Ambos os FIIs aparecem quatro vezes cada entre os favoritos de 12 carteiras recomendadas.
A preferência dos analistas é justificada pelas perspectivas para a economia brasileira, especialmente para os juros — um dos fatores que mais mexem com a performance dos fundos.
Enquanto os FIIs de tijolo — que investem em ativos reais como galpões, escritórios e shoppings — perdem atratividade com a alta da Selic e suas cotas tendem a afundar na B3, o barquinho dos fundos de papel surfa na crista da onda da taxa básica de juros.
Para o KNCR11, por exemplo, cujo portfólio está mais de 99% indexado ao CDI, quanto mais alto o tsunami, melhor — desde que os devedores dos créditos mantenham os pagamentos em dia, é claro. Nesse cenário, a tendência é que os ganhos e dividendos do fundo sigam em alta.
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Já o HGCR11 tem uma alocação menor em CDI, cerca de 45,1%, mas conta com um complemento importante na carteira: o rendimento de 54,5% de seus Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) está atrelado ao IPCA.
Assim, o fundo não lucra apenas com os juros, mas também com a inflação. Vale relembrar que, na história brasileira, é tão fácil se encontrar em um ciclo de preços aquecidos quanto provar água salgada no mar.
Além deles, outros três FIIs receberam três recomendações cada e ganharam uma medalha de prata dos analistas. São eles: CSGH Renda Urbana (HGRU11), RBR Private Crédito Imobiliário (RBRY11) e Valora RE III (VGIR11).
É importante explicar que o FII do mês destaca, dentro das carteiras recomendadas mensais, os ativos considerados mais "quentes" pelos analistas. Mas vale lembrar que um bom portfólio de fundos demanda diversificação.
Confira aqui todos os apontados pelas 13 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro:

Entendendo o FII do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 fundos imobiliários, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
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Com giros na carteira, CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) rende mais de 1% ao mês para os cotistas
Com mais de 80 mil cotistas e um valor de mercado de R$ 1,6 bilhão, o CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) é um dos gigantes da indústria de fundos imobiliários.
Para a Genial, uma das corretoras que indica o FII neste mês, a preferência — tanto dos cotistas, quanto dos analistas — é justificada pela “qualidade da gestão e melhoria contínua da carteira do fundo”.
O giro de portfólio também é destaque do último relatório gerencial do HGCR11. Segundo a gestora, em 2022 foram alocados o equivalente a R$ 576 milhões em CRIs.
A cifra está ligada a novas aquisições e aumentos na exposição de títulos que ainda não haviam sido integralmente adquiridos. As intensas movimentações de ativos foram parcialmente financiadas por duas emissões de cotas ao longo do ano.
As operações levantaram um total de R$ 310 milhões. Ainda de acordo com a gestão, a maior parte da soma já foi alocada; o restante seguirá o mesmo caminho ainda este mês.
Seguindo essa estratégia, o fundo tem entregado um retorno em dividendos acima de 1% ao mês para os cotistas, com um dividend yield — indicador que mede a rentabilidade de um ativo com base nos proventos — anualizado de 14,1%.
Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) tem carteira defensiva e lucrativa
Por falar em gigantes, o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) é outro titã da indústria de FIIs. São quase 184 mil cotistas e um patrimônio de R$ 5,75 bilhões no outro fundo favorito das corretoras para fevereiro.
É a quarta vez consecutiva que o KNCR11 está na posição, aliás. E a manutenção no primeiro lugar do pódio dos analistas se dá por conta das características defensivas do portfólio, um dos únicos da B3 quase 100% indexados ao CDI.
“Neste momento de taxas de juros elevadas, o fundo tende a manter seus dividendos e conta com uma carteira pulverizada de crédito com bons devedores”, explica a Genial.
Além disso, o FII captou recentemente R$ 1,8 bilhão em sua última emissão de cotas. Segundo o Santander, o dinheiro foi bem utilizado: “com os recursos praticamente alocados, a gestão conseguiu ampliar a diversificação do portfólio de ativos e entrar em operações maiores e mais sofisticadas, com atrativas taxas de retorno.”
Os analistas do banco projetam que a combinação da carteira diversificada com o atual momento dos juros brasileiros — que devem se manter no patamar de dois dígitos na maior parte do ano — resultará em proventos atrativos para os cotistas, com um yield acima de 13% nos próximos 12 meses. Por fim, vale lembrar que os rendimentos pagos pelos fundos imobiliários são isentos de imposto de renda.
Repercussão dos fundos imobiliários do mês
O IFIX – índice que reúne os principais fundos imobiliários da B3 — recuou 1,6% em janeiro, enquanto o campeão do mês passado, KNCR11, avançou 0,47%.
Já outro medalhista de ouro, RBR Rendimento High Grade (RBRR11), recuou 1,44% no período, mas passou longe da maior queda do mês, registrada pelo FII Riza Terrax (RZTR11).
Veja a seguir como operaram todos os fundos dos top 3 das corretoras:
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
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