Eneva (ENEV3) propõe ‘fusão de iguais’ à Vibra (VBBR3) e busca acordo para criar 3ª maior empresa de energia da bolsa
Uma eventual combinação de negócios entre a Eneva e a Vibra deixaria nova empresa atrás apenas de Petrobras e Eletrobras no setor de energia
Que tal aliar a maior produtora independente de gás natural do Brasil a uma vasta rede de clientes industriais? A resposta a esta pergunta é um dos pontos centrais da proposta de “fusão de iguais” feita pela Eneva (ENEV3) à Vibra (VBBR3) no domingo.
A Eneva propôs um acordo de troca de ações que, se aceito pela Vibra, levará a uma estrutura na qual os atuais acionistas de ambas as empresas passariam a deter 50% do capital da companhia resultante do processo.
A proposta é não-vinculante e tem validade de 15 dias.
Em reação, VBBR3 iniciou a sessão desta segunda-feira (27) em leve queda e ENEV3 chegou a subir mais de 3% nos primeiros movimentos do pregão. Com o passar das horas, porém, ambas passaram a operar em forte queda.
Vibra e Eneva têm tamanhos parecidos na bolsa
Apesar de terem tamanhos próximos, a Vibra ainda é um pouco maior que a Eneva na bolsa.
Considerando-se o fechamento do Ibovespa na última sexta-feira, a Eneva vale pouco mais de R$ 20 bilhões na B3.
Leia Também
Na mesma data de corte, o valor da Vibra na B3 aproximava-se de 26 bilhões.
A proposta embute, portanto, um prêmio de pouco mais de 20% para ENEV3.
O que a Eneva vê na fusão
A Eneva elenca uma série de razões para essa “fusão de iguais”. A começar pelo tamanho.
De acordo com a Eneva, um eventual acordo resultará não apenas na maior distribuidora de combustíveis do Brasil, mas também na maior plataforma de geração de energia termoelétrica do país.
Seria ainda a terceira maior empresa de energia listada na bolsa brasileira, atrás apenas da Petrobras e da Eletrobras.
Outra alegação da Eneva é de que a combinação dos negócios fortaleceria a “pegada ESG” de ambas.
Isso porque mais de 30% da capacidade instalada da companhia resultante da fusão seria composta por energia renovável.
A Eneva considera ainda que uma eventual fusão otimizaria a alocação de capital, reduziria a percepção de risco das empresas isoladas e estimularia sinergias.
Mas a Eneva parece estar de olho mesmo na vasta rede de clientes industriais da Vibra.
Na tentativa de fazer brilhar os olhos dos acionistas da atual concorrente nesse sentido, a Eneva chama a atenção para sua expertise na comercialização de gás natural e energia elétrica.
Eneva e Vibra operam como corporations
Vale ressaltar que tanto a Eneva quanto a Vibra (ex-BR Distribuidora) já operam como corporations — empresas de capital aberto sem um controlador definido.
Ainda assim, será necessário buscar uma convergência entre os interesses de acionistas de peso.
A Eneva tem como maiores acionistas o banco BTG Pactual e o fundo Cambuhy, da família Moreira Salles.
Por sua vez, a gestora Dynamo é uma acionista comum a ambas as empresas, detendo pouco mais de 10% do capital de cada uma delas.
Leia também
- Itaú (ITUB4) aumenta aposta em energia e investe R$ 1 bilhão em fatia do Complexo Parnaíba, da Eneva (ENEV3)
- Quer ser “dono” de uma rede de postos de gasolina? Santander eleva a recomendação e indica compra de ações da Vibra (VBBR3)
Mercado aguarda posicionamento da Vibra
A proposta da Eneva foi apresentada à Vibra ontem.
O fato relevante por meio do qual a proposta ganhou publicidade entrou no sistema da CVM depois das 23h de domingo.
A expectativa agora é de que o conselho da administração da Vibra, presidido por Sérgio Rial, se debruce sobre a proposta durante os próximos dias.
De acordo com o documento apresentado pela Eneva, o BTG manifestou a intenção de concentrar seus investimentos em geração de energia na empresa resultante da fusão. Isso se a proposta for aceita.
Relação ganha-ganha?
Em um primeiro momento, o analista Ruy Hungria, da Empiricus, enxerga ganhos potenciais para ambos os lados.
"Para a Eneva, além da boa geração de caixa do negócio de distribuição de combustíveis, a lista de clientes industriais da Vibra ajudaria na monetização de suas vastas reservas de gás", afirma ele.
Já a Vibra teria acesso facilitado a um combustível importante para a transição energética e poderia "embarcar em uma história com maior capacidade de crescimento".
A dúvida, segundo Ruy Hungria, é "se os acionistas da Vibra realmente estão interessados em aportar a geração de caixa da companhia no potencial de crescimento da Eneva ou se preferem continuar sozinhos, recebendo os dividendos do seu negócio, ainda que com menor capacidade de crescimento."
Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?
Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor
Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir
A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono
Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro
Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho
Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer
Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025
Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário
A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital
Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?
Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano