Brasil está barato e tem tudo para surfar nova onda positiva — se exterior não atrapalhar — e quem diz isso é o CEO da B3 (B3SA3)
No episódio #71 do Market Makers, Gilson Finkelsztain, CEO da B3, revela por que acredita que o Brasil pode se beneficiar de ventos positivos em 2024
Uma nova onda de otimismo se aproxima dos mercados financeiros domésticos e o Brasil tem tudo para surfar a maré positiva — isto é, se o exterior não atrapalhar com uma tempestade de incertezas.
A afirmação é de Gilson Finkelsztain, CEO da B3 (B3SA3) — uma das empresas mais importantes do país e dona da bolsa brasileira — e convidado do episódio #71 do Market Makers.
“Os estrangeiros ainda estão muito sub-alocados no Brasil. Tem muito dinheiro para vir quando tivermos uma nova onda de mercado”, projetou, em conversa com os apresentadores Thiago Salomão e Renato Santiago.
Escute a conversa na íntegra. É só dar play aqui:
Brasil: tem espaço para mais?
Na visão do CEO da B3, o mercado de capitais avançou muito no Brasil nos últimos anos, mas “a pista ainda é longa e o país vai andar muito mais”.
Isso porque, nos últimos três anos, o número de investidores na bolsa disparou de 1 milhão em 2019 para 5 milhões no ano passado.
Leia Também
“Praticamente em três anos, saímos de uma liquidez de bolsa perto de 10 bilhões por dia para 30 bilhões diários. Já na renda fixa, passou de 200 milhões para 2 bilhões por dia”, afirma Finkelsztain.
Para Finkelsztain, a recente experiência do mercado de capitais brasileiro foi só um aperitivo do que o país pode viver.
“A arquitetura está toda pronta. A gente só precisa de um vento a favor para fazer a situação andar bem. A gente esperava que essa onda viesse já neste ano, mas torcemos para que aconteça em 2024. Esse próximo vento de cauda vai causar uma alegria boa no nosso mercado.”
- VEJA TAMBÉM: COMO VIVER DE RENDA COM INVESTIMENTOS: O MÉTODO QUE PODE GERAR PAGAMENTOS CONSISTENTES NA SUA CONTA
O otimismo do CEO da B3 com o Brasil
Um dos pilares da tese de expansão do sistema financeiro brasileiro é que o Brasil está barato. “É um certo consenso que os múltiplos estão baixos e as empresas estão negociando com desconto em relação aos pares delas fora do Brasil, então tem muito espaço para a gente andar.”
Para o executivo, apesar do avanço, o mercado brasileiro “andou de lado” nos últimos anos devido às incertezas globais — e isso pode prejudicar a retomada forte do Brasil. “Mercado de capitais não combina com incerteza.”
“O mercado não está andando muito por conta da combinação de incertezas no Brasil, onde passou por uma transição de governo, e principalmente internacionais, como nos Estados Unidos. A maior dúvida hoje é na economia norte-americana”, disse Gilson Finkelsztain.
A China, apesar de levantar preocupações devido à desaceleração econômica, passou a ocupar segundo plano na lista de incertezas dos investidores.
“Esse temor de uma grande desaceleração da China está se dissipando e, do lado de cá, estamos fazendo um trabalho à la Brasil. Nunca é aquilo que a gente quer, não é uma reforma tão ousada quanto a gente queria, mas não sai do controle”, afirma o CEO da B3.
Mas as preocupações no exterior são uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo que travam avanços maiores no mercado de capitais brasileiro, elas tornam o Brasil a “única” escolha entre os emergentes para os investidores estrangeiros.
“Existe uma falta de alternativas para onde investir em emergentes. O estrangeiro não vai investir na Rússia, não quer ‘botar’ mais dinheiro na China e já investiu muito na Índia nos últimos anos. Então, qual mercado emergente sobra?”, questiona o executivo.
Veja o episódio completo aqui:
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?
As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo
Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento
Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
