Agenda econômica: Temporada de balanços ganha tração com big techs em semana de decisão de juros e inflação nos EUA; IPCA-15 é destaque no Brasil
Também permanecem no radar as expectativas com o PIB dos Estados Unidos e a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE)
“Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo!” — assim diria o lendário locutor esportivo Fiori Gigliotti se fosse narrar os jogos do Brasil na Copa do Mundo de Futebol Feminino. E, mesmo para aqueles que não gostam de futebol, torcer para as jogadoras da seleção feminina é uma das melhores pedidas da semana — confira aqui os horários. Mas para você que quer ficar antenado na agenda econômico-financeira da semana, vamos para outro campo. E não se iluda: o jogo vai ser duríssimo!
O pontapé inicial dos próximos dias começa com uma bateria de indicadores de atividade econômica. Os PMIs (sigla em inglês para índice de gerentes de compras) da Zona do Euro, Reino Unido e Estados Unidos devem ser divulgados logo na segunda-feira (24).
É preciso relembrar que o PMI é um índice que varia de zero a 100: quando o indicador está acima dos 50, a atividade econômica analisada está em expansão; abaixo disso, em contração.
Na terça-feira (25), o Ibovespa deve enfrentar um jogo duro contra a prévia da inflação de julho. Depois que o IPCA registrou deflação de 0,08%, os olhos se voltam para o IPCA-15 deste mês. As expectativas voltam a apontar para uma alta tímida.
Mesmo que a boa fase do time dos investidores em bolsa esteja injetando otimismo nos mercados, a chave começa a ficar mais dura a partir de quarta-feira (26).
VEJA TAMBÉM — Nome no Serasa: sofri um golpe e agora estou negativado! O que fazer?
Isso porque a temporada de balanços trará os números das big techs, as grandes empresas de tecnologia. E esse “quadrado mágico” que promete dar canseira é composto por Alphabet (dona do Google), Microsoft, Meta (antigo Facebook), Amazon e Intel — ja que a perspectiva é de desaceleração de lucros e margens.
Leia Também
Além disso, a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) promete se impor como a barreira do Vasco dos velhos tempos. O mercado espera que a autoridade monetária eleve os juros para a faixa entre 5,25% e 5,50% — taxas consideradas altas para uma economia do porte dos EUA.
Também jogam no time contrário aos investidores em bolsa a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e o PIB do segundo trimestre dos EUA, ambos na quinta-feira (27).
Mas não para por aí. O craque adversário deve entrar somente nos últimos minutos do segundo tempo. É na sexta-feira (28) que os investidores conhecerão os dados de inflação norte-americanos. O PCE, como é chamado esse indicador, promete não dar trégua aos investidores.
Tudo isso e com uma enxurrada de balanços que ameaçam balançar a rede dos investidores na próxima semana.
Confira os principais eventos e indicadores dos próximos dias. Todos os horários são de Brasília:
Segunda-feira (24)
| Horário | País / Região | Evento |
| 4h30 | Zona do Euro | PMI industrial, composto e de serviços da Alemanha em julho |
| 5h | Zona do Euro | PMI industrial, composto e de serviços da Zona do Euro em julho |
| 5h30 | Reino Unido | PMI industrial, composto e de serviços do Reino Unido em julho |
| 10h45 | Estados Unidos | PMI industrial, composto e de serviços em julho |
| 8h25 | Brasil | Boletim Focus |
*Sem balanços programados para o dia
Terça-feira (25)
| Horário | País / Região | Evento |
| 9h | Brasil | IPCA-15 de julho |
| 11h | Estados Unidos | Confiança do consumidor da Conference Board em julho |
| 17h30 | Estados Unidos | Estoques de Petróleo Bruto Semanal API |
*Balanços locais: Carrefour Brasil, Neoenergia e Telefônica Brasil / Vivo (após o fechamento)
*Balanços no exterior: GE, GM, Spotify, UBS Group (antes da abertura); Google/Alphabet, Microsoft e Snap (após o fechamento)
Quarta-feira (26)
| Horário | País / Região | Evento |
| 8h30 | Brasil | Investimento direto no país |
| 9h | Estados Unidos | Licenças de novas construções e vendas de casas novas |
| 14h30 | Brasil | Fluxo Cambial Estrangeiro |
| 15h | Estados Unidos | Decisão de juros do Federal Reserve |
| 22h30 | China | Lucro industrial anual |
*Balanços locais: Santander Brasil (antes da abertura); Assaí, EDP - Energias do Brasil e GPA (após o fechamento)
*Balanços no exterior: AT&T, Boeing, Coca-cola e Rio Tinto (antes da abertura); Meta/Facebook e Qualcomm (após o fechamento); Airbus (sem horário definido)
Quinta-feira (27)
| Horário | País / Região | Evento |
| 9h | Brasil | Inflação ao produtor em junho |
| 9h15 | Zona do Euro | Decisão de política monetária do BCE |
| 9h30 | Estados Unidos | Pedidos de bens duráveis de junho |
| 9h30 | Estados Unidos | PIB dos EUA no segundo trimestre |
| 9h30 | Estados Unidos | Pedidos de auxílio-desemprego |
| 9h30 | Estados Unidos | PCE no segundo trimestre |
| 9h45 | Zona do Euro | Coletiva de Imprensa do BCE |
| A definir | Brasil | Receita Tributária Federal |
| 14h | Brasil | Evolução de emprego do Caged em junho |
| 17h30 | Estados Unidos | Balanço do Fed |
*Balanços locais: Gol Linhas Aéreas (antes da abertura); Hypera, Intelbras, Multiplan, Nexa Resources e Vale (após o fechamento)
*Balanços no exterior: McDonald's, Nestlé e Shell (antes da abertura); Amazon, Ford Motors, e Intel (depois do fechamento)
Sexta-feira (28)
| Horário | País / Região | Evento |
| 00h | Japão | Decisão de política monetária do Banco Central do Japão (BoJ) |
| 3h | Japão | Coletiva de Imprensa do BoJ |
| 8h | Brasil | IGP-M de julho |
| 8h30 | Brasil | Orçamento federal em junho |
| 9h | Zona do Euro | CPI da Alemanha em julho |
| 9h | Brasil | Taxa de Desemprego |
| 9h30 | Estados Unidos | PCE de junho |
*Balanços locais: Usiminas (antes da abertura); Cambuci (após o fechamento)
*Balanços no exterior: Chevron, Exxon Mobil e P&G (após o fechamento)
Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro
Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores