A cantora Anitta bloqueou o presidente Jair Bolsonaro no Twitter após o presidente responder a uma publicação dela na rede social.
A artista afirmou em uma postagem no Twitter que a bandeira do Brasil pertence a todos os brasileiros e não deve ser apropriada por um grupo específico.
Bolsonaro então compartilhou a postagem e escreveu, em tom de ironia: "Concordo com a 'Anita'". Veja abaixo a postagem que gerou a polêmica entre os dois:

Anitta de verde amarelo
A cantora vestiu figurino verde e amarelo em sua apresentação no festival americano Coachella, neste fim de semana, e havia usado a plataforma para justificar a escolha das cores.
“A bandeira do Brasil e as cores da bandeira do Brasil pertencem aos brasileiros. Representam o Brasil em geral”, escreveu.
Após Bolsonaro compartilhar a publicação, Anitta voltou à rede e disse que o nome dela estava sendo usado para "gerar buzz" — isto é, engajamento — para o presidente, que tentará a reeleição este ano.
Estratégia de Bolsonaro
Segundo a artista, Bolsonaro estaria tentando incorporar uma imagem mais descontraída para atrair o eleitorado jovem. Ela disse reconhecer o movimento da equipe de marketing do presidente por já ter usado a mesma estratégia.
"Nesse momento, qualquer manifestação contra ele por meio dos artistas vai ser convertida em forma de deboche pelas mídias sociais dele. Assim, o artista vira o chato e ele o cara bacana que leva tudo numa boa", publicou ela.
"Aquela sensação de: queria ser amigo dele... logo, você votaria no seu amigo gente boa. E por aí vai a estratégia. Já passa a ser mídia boa quando você cita o nome dele, não faz diferença se você citou de forma negativa ou positiva."
Recentemente, Bolsonaro e Anitta encamparam outro embate digital, embora menos explícito. No mês passado, a cantora aproveitou uma campanha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e usou as redes sociais para incentivar que adolescentes se cadastrem para votar em outubro.
Em seguida, o presidente e aliados lançaram a hashtag #SouJovemSouBolsonaro, buscando promover a ideia de que uma participação maior dos jovens no pleito não necessariamente implicaria na derrota do chefe do Planalto.
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*Com informações do Estadão Conteúdo