Mudança no Comitê de Pessoas da Petrobras (PETR4) abre caminho para mais influência do governo na estatal às vésperas das eleições
União passa a ter maioria em comitê que aprova indicação de executivos, o que pode facilitar a condução de aliados para altos cargos na companhia
Uma mudança num dos comitês ligados ao Conselho de Administração da Petrobras (PETR3; PETR4) abre caminho para uma maior influência da União nas nomeações para cargos de diretoria na estatal às vésperas das eleições presidenciais.
Trata-se do Comitê de Pessoas (Cope), que acompanha mudanças no corpo funcional da empresa e aprova indicações de executivos, sendo formado por três conselheiros e dois membros externos.
Conforme atualização recente no site da Petrobras, o Cope teve os seus três conselheiros trocados, e agora todos os integrantes do Conselho que fazem parte desse comitê são nomes indicados pelo governo. Antes, apenas dois deles eram indicados pela União, sendo o outro conselheiro o representante dos acionistas minoritários.
Na prática, essa mudança facilita a formação de maioria para aprovação das trocas de executivos da empresa pelo presidente Caio Paes de Andrade.
Com maioria governista e sem qualquer representante dos minoritários no Cope, a tendência é que as indicações de Paes de Andrade passem sem dificuldade pelo Conselho de Administração.
Segundo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Estadão, nos corredores da Petrobras teme-se que essa facilidade sirva para acomodar indicações de aliados do governo às vésperas das eleições, fragilizando ainda mais a governança da companhia.
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Entenda a dança das cadeiras no Comitê de Pessoas da Petrobras
No dia 19 de agosto, durante a última assembleia de acionistas da Petrobras, todas as seis cadeiras da União no Conselho de Administração foram renovadas, o que também impôs mudanças na composição dos seis comitês ligados ao colegiado, formados por conselheiros e membros externos convidados.
O Comitê de Pessoas passou então a ser presidido pela conselheira representante da União e procuradora da Fazenda Nacional, Iêda Cagni. Passou ainda a contar com os advogados Edison Garcia e Gileno Barreto, também conselheiros indicados pela União, sendo este último presidente do Conselho da Petrobras. Barreto foi ainda presidente do Serpro, onde chegou a ser subordinado de Paes de Andrade, quando este passou pela autarquia.
No Cope, os três novos conselheiros entraram no lugar de Ruy Schneider e Marcio Weber, ex-conselheiros autodeclarados independentes, mas indicados pelo governo, e do advogado e representante dos acionistas minoritários Francisco Petros, que agora integra apenas o Comitê de Auditoria Estatutário (CAE) e o Comitê de Minoritários (Comin).
Petros resistiu às investidas do Planalto na companhia nos últimos meses, inclusive votando contra a aprovação de Paes de Andrade para o comando da empresa em reunião do Comitê de Elegibilidade (Celeg), espécie de subcomitê do Cope que guarda a governança corporativa.
Como membros externos do Cope, permaneceram os advogados Ana Silvia Corso Matte e Tales Bronzato.
Conflito de interesses no Conselho de Administração
A recente renovação das cadeiras da União no Conselho já foi cheia de polêmicas, uma vez que dois dos indicados pelo governo que compõem o colegiado hoje foram rejeitados pelo Celeg, que alegou conflito de interesses: o número dois da Casa Civil, Jônathas Costa, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano. Relembre o caso.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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