O roxo deve seguir no vermelho, e com inadimplência em alta. Saiba o que esperar dos resultados do Nubank no segundo trimestre
Depois de ter mostrado uma deterioração relevante da inadimplência nos primeiros três meses de 2022, a expectativa é que o Nubank continue na mesma toada

Ainda que o CEO do Nubank, David Vélez, se vanglorie de ter tirado o “cliente bom” dos bancos tradicionais, os resultados do segundo trimestre do banco digital devem colocar essa afirmação em xeque.
Depois de ter mostrado uma deterioração relevante da inadimplência nos primeiros três meses de 2022, a expectativa é que o Nubank continue na mesma toada no segundo trimestre.
A fintech do inconfundível cartão roxo divulga os números atualizados da operação no final da tarde desta segunda-feira (15) em meio a questionamentos sobre a qualidade da carteira de crédito.
A preocupação é justificada: dentre os bancos tradicionais e os chamados “neobancos”, o Nubank foi o que viu piora mais acentuada da inadimplência no primeiro trimestre. O aumento foi de 0,7 ponto percentual, para 4,2%, um patamar superior ao que esperavam os analistas.
Além disso, dados do Banco Central sugerem que ainda há um longo caminho a ser percorrido para que a inadimplência atinja os níveis pré-pandemia. Em fevereiro deste ano, o índice médio de inadimplência para empréstimos pessoais e cartão de crédito estava 1,4 ponto percentual abaixo de dezembro de 2019.
Por isso, a dúvida entre os analistas não é se, mas quanto a inadimplência do Nubank vai se deteriorar. O Bank of America prevê alta de 0,5 ponto percentual, enquanto o Santander estima o dobro disso.
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Nubank vai dar lucro? Ainda não
Se a inadimplência deve continuar em alta, o lucro também deve seguir distante do balanço do Nubank.
Aqui é preciso fazer um esclarecimento: o Nubank publica um lucro líquido e um lucro “ajustado”.
No ajustado, o cálculo desconsidera despesas e efeitos tributários relacionados à remuneração baseada em ações. Esse número não segue o padrão internacional de contabilidade (IFRS) e, segundo o Nubank, é uma medida-chave de rentabilidade para avaliar o desempenho do negócio.
Nesse cálculo, o Nubank apresentou lucro ajustado de US$ 10,1 milhões no primeiro trimestre. No entanto, sem os ajustes, o lucro se transforma em prejuízo líquido de US$ 45,1 milhões no período.
Por esse motivo, você vê manchetes completamente díspares nos principais veículos jornalísticos quando o Nubank publica resultados. Aqui no Seu Dinheiro, nós puxamos nossas matérias pelo cálculo sem ajuste.
E, sem ajuste, o consenso de analistas ouvidos pela Bloomberg estima um prejuízo líquido de US$ 10 milhões. Seja como for, esse resultado indicaria uma melhora das contas da fintech, que apresentou prejuízo de US$ 17 milhões no segundo trimestre do ano passado.
Comprar ou vender a ação?
Ainda assim, alguns bancos de investimento não se empolgam com as ações do roxinho. O Bradesco BBI, o Santander e o Itaú BBA, por exemplo, têm recomendação de venda para os papéis e um preço-alvo estimado entre US$ 3,30 e US$ 4,50.
Na outra ponta, o Goldman Sachs e o UBS recomendam compra das ações e veem o preço entre US$ 11,50 e US$ 12. No último pregão, as ações do Nubank fecharam cotadas a US$ 4,25.
O banco digital possui ações na bolsa de Nova York (Nyse). Mas o investidor aqui no Brasil pode virar sócio do Nubank comprando os BDRs (recibos de ações), com o código NUBR33.
Quem acompanha de perto o desempenho das ações do Nubank sabe que os papéis têm operado em patamares bem distantes de quando a empresa abriu capital.
Pouco mais de seis meses depois da estreia na bolsa de Nova York (Nyse), as ações acumulam queda superior a 60%.
Confira as recomendações dos bancos de investimento para o Nubank:
BANCO | RECOMENDAÇÃO | PREÇO-ALVO |
BRADESCO BBI | Venda | US$ 3,30 |
SANTANDER | Venda | US$ 4,00 |
ITAÚ BBA | Venda | US$ 4,00 |
BTG PACTUAL | Neutro | US$ 4,00 |
BANK OF AMERICA | Neutro | US$ 5,00 |
GOLDMAN SACHS | Compra | US$ 11,00 |
UBS BB | Compra | US$ 11,50 |
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