De olho na classe média, faixa 4 do Minha Casa Minha Vida começa a valer em maio; saiba quem pode participar e como aderir
Em meio à perda de popularidade de Lula, governo anunciou a inclusão de famílias com renda de até R$ 12 mil no programa habitacional que prevê financiamentos de imóveis com juros mais baixos

Carro-chefe do governo Lula, o programa habitacional Minha Casa Minha Vida esteve, desde a sua criação, em 2009, focado nas famílias de baixa renda, disponibilizando subsídios e juros mais baixos de financiamento para facilitar o acesso desta população à casa própria.
Em meio à perda de popularidade do presidente, porém, o governo atual anunciou, no início deste mês, a criação de uma nova faixa de renda a ser contemplada pelo programa, de olho na classe média: a faixa 4 abarca famílias com renda total entre R$ 8.600 e R$ 12 mil mensais que queiram comprar imóveis, novos ou usados com preço de venda de até R$ 500 mil.
Na última terça-feira (15), o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou o financiamento da nova faixa, e a previsão é que ela fique disponível a partir de maio.
A seguir, esmiuçamos as regras já divulgadas para a faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, os benefícios para as famílias que nela se enquadram e explicamos como comprar um imóvel pelo programa.
- VEJA MAIS: Como declarar os seus investimentos? Guia gratuito do Seu Dinheiro ensina como acertar as contas com o Leão
Como funciona o programa Minha Casa Minha Vida
O programa Minha Casa Minha Vida faz parte do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que facilita o financiamento de compra, reforma ou construção de imóveis para moradia.
Porém, o MCMV é voltado para moradias populares e tem regras próprias. Até 2024, o programa dividia as famílias que têm direito aos benefícios em apenas três faixas de renda. Porém, neste ano, foi criada uma quarta faixa, voltada para a classe média.
Leia Também
Além de taxas de juros mais baixas, os grupos 1 e 2 também recebem subsídios do governo no pagamento do valor do imóvel.
O Minha Casa Minha Vida ainda permite que os beneficiários utilizem o FGTS para abater a entrada do imóvel e as parcelas do financiamento.
Confira a tabela a seguir com as diferentes faixas existentes hoje:
Faixa | Renda bruta familiar mensal - imóveis em áreas urbanas | Renda bruta familiar anual - imóveis em áreas rurais | Valor do imóvel em área urbana | Tem subsídio? |
Faixa 1 | até R$ 2.850,00 | até R$ 40.000,00 | de R$ 190 mil até R$ 264 mil | Sim, até 95%* |
Faixa 2 | de R$ 2.850,01 a R$ 4.700,00 | de R$ 40.000,01 a R$ 66.600,00 | de R$ 190 mil até R$ 264 mil | Sim, até R$ 55 mil |
Faixa 3 | de R$ 4.700,01 a R$ 8.600,00 | de R$ 66.600,01 a R$ 96.000,00 | até R$ 350 mil | Não |
Faixa 4 | de R$ 8.600,01 a R$ 12.000,00 | - | até R$ 500 mil | Não |
Para as famílias da Faixa 1 que recebem Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou que sejam participantes do Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida fornece um subsídio de 100%. Ou seja, o imóvel passa a ser gratuito.
Uma mãozinha para a classe média: a faixa 4
Segundo o ministro de Cidades, Jader Filho, a compra de imóveis pela classe média é, em grande parte, financiada com recursos da poupança. Porém, o ciclo de alta de juros vem fazendo boa parte desse capital migrar para investimentos de renda fixa. “Por isso, está faltando dinheiro para financiar habitação por parte da poupança”, disse em entrevista ao programa de rádio Vozes do Brasil.
Assim, a nova faixa do Minha Casa Minha Vida busca dar uma “mãozinha” para a classe média conquistar o sonho da casa própria. A faixa 4 irá disponibilizar taxas de juros de, aproximadamente, 10,5% ao ano, em financiamentos com prazo de até 420 meses.
O ministro de Cidades ainda adiantou que não serão feitas especificações para os imóveis nessa faixa de renda, permitindo-se a compra tanto de imóveis novos como usados.
Contudo, as propriedades que já estão prontas não contarão com financiamento de 100% do valor. Isso porque um dos objetivos do programa é incentivar a criação de novos empregos, mais especificamente na construção civil.
As regras não param por aí. Além das limitações de renda e valor do imóvel, ainda há outras limitações para quem quer fazer parte do programa.
Confira quem não pode participar do MCMV:
- Quem já tem um financiamento habitacional com recursos do FGTS ou em condições similares às do Sistema Financeiro da Habitação (SFH);
- Quem já possui, está comprando ou têm direito de usar ou alugar um imóvel residencial com bons padrões de construção e infraestrutura;
- Quem, nos últimos dez anos, recebeu benefícios parecidos com recursos do governo ou descontos do FGTS.
Como participar do programa MCMV?
Para as famílias que se enquadram na Faixa 1, é necessário fazer inscrição diretamente na prefeitura da cidade em que moram ou na Secretaria de Habitação para constar no Cadastro Único.
Em seguida, as famílias devem aguardar a validação do cadastro. Caso sejam aprovadas, participarão de uma seleção e, ao serem escolhidas, será feito o processo de assinatura do contrato da aquisição do imóvel.
Já os candidatos às demais faixas, incluindo a faixa 4, podem se inscrever no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal, as duas instituições financeiras que operam o Minha Casa Minha Vida.
Para isso, as famílias precisam realizar uma simulação para o financiamento, que pode ser feita nos sites da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil ou presencialmente nas agências.
A simulação exige que os beneficiários informem dados como renda familiar, valor do imóvel desejado e prazo de financiamento.
Em seguida, basta entregar a documentação. Além da simulação, é necessário apresentar os seguintes documentos:
- Registro Geral (RG) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
- Cadastro de Pessoa Física (CPF);
- Título de eleitor;
- Comprovante de estado civil;
- Comprovante de renda;
- Carteira de trabalho;
- Declaração de imposto de renda do último ano;
- Comprovante de residência atual;
- Certidões de nascimento e CPF dos filhos menores de 18 anos;
- No caso de Portadores de Necessidades Especiais, laudo médico atual com identificação médica e CID.
O Ministério das Cidades ressalta que, para a análise de risco de crédito e de enquadramento das famílias no MCMV, cada instituição financeira exige documentos específicos para a comprovação de renda.
Além dos documentos pessoais, os beneficiários devem fornecer documentos do imóvel, que variam de acordo com o tipo de propriedade imobiliária.
BTG Pactual Logística (BTLG11) quer colocar o portfólio do SARE11 na carteira; cotistas são convocados para decidir futuro do FII
Para a aquisição do portfólio completo do fundo imobiliário, o BTLG11 propõe duas possibilidades de pagamento
Contra avanço dos automáticos, carros manuais tornam-se joias sobre rodas
Eles viraram símbolo de experiência sensorial e conexão com o carro. Conheça quatro cultuados esportivos que te obrigam a trocar de marcha
Entre a frustração com o Banco do Brasil (BBAS3) e a surpresa com o Bradesco (BBDC4): quem brilhou e decepcionou nos resultados dos bancos do 1T25?
Depois dos resultados dos grandes bancos, chegou a hora de saber: o que os analistas estão recomendando para a carteira de ações?
Pátria Escritórios (HGRE11) vai lucrar milhões com venda de imóvel em região quente de São Paulo
A venda do ativo já estava no radar dos investidores, mas o anúncio dá fôlego às cotas do fundo imobiliário nesta sexta-feira (16)
Exclusivo: Disputa bilionária da Bradespar (BRAP4) com fundos de pensão chega a momento decisivo
Holding do Bradesco, a Bradespar classifica a causa, que pode chegar a R$ 3 bilhões, como uma perda “possível” em seu balanço e não tem provisão
O novo normal durou pouco: Ibovespa se debate com balanços, PIB da zona do euro e dados dos EUA
Investidores também monitoram a primeira fala pública do presidente do Fed depois da trégua na guerra comercial de Trump contra a China
Queda de 90% desde o IPO: o que levou ao fracasso das novatas do e-commerce na B3 — e o que esperar das ações
Ações de varejistas online que abriram capital após brilharem na pandemia, como Westwing, Mobly, Enjoei, Sequoia e Infracommerce, viraram pó desde o IPO; há salvação para elas?
Moura Dubeux (MDNE3) alcança lucro líquido recorde no 1T25 e CEO projeta ano de novos marcos, mesmo com a Selic alta
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Diego Villar comentou os resultados do primeiro trimestre da companhia e projetou R$ 100 milhões em proventos até o fim do ano
Fundo de tempo: ‘Ex-sócio de Trump’ lança seu próprio Shark Tank e quer aconselhar startups em troca de participação nos negócios
Ricardo Bellino se uniu à rede de conselheiros Koinz Capital para criar um programa de mentoria para empresas, que deverão fazer seu pitch em três minutos (tempo que o empresário teve com Trump)
Show de talentos na bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca
Ibovespa acaba de renovar sua máxima histórica em termos nominais e hoje depende do noticiário corporativo para continuar subindo
Unidos contra Trump? Lula e Xi aproveitam encontro na China para mandar mensagem aos EUA
Sem mencionar o nome do republicano, o presidente chinês, Xi Jinping, também comentou sobre a política tarifária dos EUA
RBVA11 vende imóvel em São Paulo, cotistas lucram quase R$ 5 milhões e sinaliza mudança de perfil
O FII assinou um contrato para a alienação de um imóvel localizado no bairro Santa Cecília e que é locado para a Caixa Econômica Federal atualmente
Por dentro do Omoda 5 e do Jaecoo 7, apostas das jovens marcas chinesas para conquistar o Brasil
Duas novas marcas chinesas, mas que pertencem a um grupo conhecido, chegam ao Brasil com produtos elogiáveis a preços competitivos
Descontos no aluguel de imóveis no Rio e em São Paulo atingem mínimas históricas, e inquilinos têm dificuldade em negociar
Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb mostra descontos zerados em negociações de novos aluguéis no Rio de Janeiro e menor média para São Paulo em quatro anos
Trégua entre EUA e China evita catástrofe, mas força Brasil a enfrentar os próprios demônios — entenda os impactos do acordo por aqui
De acordo com especialistas ouvidos pelo Seu Dinheiro, o Brasil poderia até sair ganhando com a pausa na guerra tarifária, mas precisaríamos arrumar a casa para a bolsa andar
É o ano dos FIIs de papel? Fundos imobiliários do segmento renderam 4,4% em 2025, mas FIIs de tijolo cresceram no último mês
Na relação de preço pelo valor patrimonial dos fundos imobiliários, os dois setores seguem negociados com desconto neste ano
Onda de euforia nas bolsas: Ibovespa busca novos recordes na esteira do acordo entre EUA e China
Investidores também estão de olho no andamento da temporada de balanços e na agenda da semana
Leonardo da Vinci: 8 destinos e museus para ver obras do artista — além da “Mona Lisa” e da “Última Ceia”
O renascentista é praticamente um ‘patrimônio europeu’, com obras restritas a grandes museus (e a algumas coleções pessoais de ricaços)
Por que os FIIs de shoppings estão bem e os FIIs de lajes corporativas seguem na lanterna — e em qual desses segmentos ainda vale investir
Fundos imobiliários de ambos os segmentos sofreram na pandemia e permanecem descontados na bolsa em relação ao valor dos seus imóveis, mas enquanto os FIIs de shoppings pegaram tração na recuperação, FIIs de escritórios apresentam fôlego menor
Uma janela para a bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de IPCA e sinais de novo estágio da guerra comercial de Trump
Investidores também repercutem a temporada de balanços do primeiro trimestre, com destaque para os números do Itaú e do Magazine Luiza