Nubank (NUBR33) registra prejuízo menor do que o esperado no 1T22, mas inadimplência dispara. Veja os destaques do balanço
Índice de inadimplência acima de 90 dias do Nubank aumentou 0,7 ponto percentual na passagem do 4T21 para o 1T22

O Nubank (NUBR3) registrou prejuízo líquido de US$ 45,1 milhões no primeiro trimestre, o que representa uma melhoria de 9% em relação ao mesmo período do ano passado.
O número veio melhor do que o estimado por analistas ouvidos pela FactSet, que esperavam prejuízo de US$ 77 milhões no período.
Já no cálculo ajustado por despesas relacionadas à remuneração baseada em ações e pelos efeitos tributários aplicáveis, o Nubank obteve lucro de US$ 10,1 milhões. Isso significa uma reversão do prejuízo de US$ 11,9 milhões registrado no 1T21.
O número de clientes do Nubank cresceu no Brasil, no México e na Colômbia, totalizando 59,6 milhões no 1T22. Por aqui, merece destaque o aumento de 167% na base de clientes pequenas e médias empresas, que mais que dobrou na comparação anual.
As ações da empresa, listadas na Nyse, encerraram as negociações no after-market em alta de 5,52%, cotadas a US$ 4,59. O Nubank realizou teleconferência de resultados com analistas menos de uma hora depois da publicação dos resultados.
Inadimplência dispara
O índice de inadimplência acima de 90 dias do Nubank aumentou 0,7 ponto percentual do quarto trimestre de 2021 para primeiro trimestre de 2022, passando para 4,2%.
Leia Também
O Nubank ressalta que, ajustando a inadimplência pela sazonalidade e pelo mix de produtos, o índice teria subido apenas 0,3 ponto percentual.
Chama atenção, ainda, a inadimplência entre 15 e 90 dias, que subiu 1,10 ponto percentual, para 3,7%. De acordo com o Nubank, se ajustado pela sazonalidade e mix de produtos, esse índice teria permanecido inalterado.
Ao mesmo tempo, as provisões para perdas de crédito aumentaram 35% em relação ao quarto trimestre e atingiram US$ 921 milhões. O Nubank afirma que a alta foi fruto, principalmente, do crescimento de 80% da carteira de crédito ao consumidor.
Receita do Nubank bate recorde
No primeiro trimestre, a receita do Nubank atingiu um recorde de US$ 877,2 milhões, um salto de 258% na comparação com o mesmo período de 2021. Em relação ao quarto trimestre de 2021, o aumento foi de 38%.
Os números mostram que a receita de juros sobre instrumentos financeiros teve grande participação no aumento das receitas totais, somando US$ 619,4 milhões.
A cifra é 387% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2021 e se deve, principalmente, ao crescimento da receita de juros da carteira de crédito ao consumidor, que é composta por empréstimos pessoais e cartões de crédito.
Nubank: crescimento via M&A
Durante a teleconferência com analistas, realizada logo depois da divulgação dos resultados, o diretor financeiro do Nubank, Guilherme Lago, ressaltou a importância dos US$ 2,8 bilhões captados na oferta pública (IPO).
Segundo Lago, a fintech está bem capitalizada para não apenas navegar pelo difícil cenário atual, mas também para buscar oportunidades em fusões e aquisições (M&A).
Há cerca de um ano, o Nubank finalizou a compra da corretora Easynvest, que depois mudou o nome para Nu Invest.
Vélez minimiza temores com fim do lock-up
O presidente do Nubank, David Vélez, aproveitou a teleconferência para minimizar as preocupações com o fim do período de lock-up, que acaba oficialmente amanhã (17).
"Eles [os investidores] têm nos falado que não têm nenhum interesse em vender ações no curto prazo. Eu pessoalmente também vendo zero ações do Nubank", disse Vélez a analistas.
O lock-up, para quem não sabe, é uma cláusula contratual que determina um período no qual os investidores não podem vender as ações de uma empresa.
Com o fim da restrição, diretores e membros do conselho de administração estarão livres para vender os papéis do Nubank. Vale lembrar que a regra não incluía os clientes que receberam o "pedacinho" do Nubank no programa NuSócios.
A antecipação do fim do lock-up gerou especulações de que haveria uma enxurrada de ações do Nubank, o que poderia reduzir ainda mais os preço dos papéis.
Leia também:
- ATENÇÃO: Analista que entregou 400% em ações nos últimos 7 anos aposta na QUEDA DO NUBANK e está lucrando com isso; entenda como buscar ganhos com essa aposta também
- Nubank (NUBR33) passa a oferecer criptomoedas em seu app e aloca parte do caixa em bitcoin (BTC)
- Com lucro recorde no 1T22, Banco do Brasil (BBAS3) vai revisar guidance ‘no momento oportuno’
- NuCrashed: Ainda vale a pena deixar os bancões como o Itaú de lado para investir em fintechs como o Nubank?
Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso
Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar
Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248
As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela
Da B3 para as telinhas: Globo fecha o capital da Eletromidia (ELMD3) e companhia deixa a bolsa brasileira
Para investidores que ainda possuem ações da companhia, ainda é possível se desfazer delas antes que seja tarde; saiba como