Warren Buffett compra 11,4% da HP. O que o bilionário quer com a empresa de impressoras?
Anúncio ocorre apenas alguns dias depois de o conglomerado comandado pelo Oráculo de Omaha ter revelado seu maior investimento desde 2016
Enquanto todos esperavam que o Oráculo de Omaha fosse passar um tempinho recolhido em sua toca em Nebraska, ele parece ter definitivamente saído às compras sem avisar ninguém. Apenas alguns dias depois de ter anunciado seu maior investimento desde 2016, o conglomerado do bilionário Warren Buffett revelou na noite de ontem a aquisição de uma participação polpuda na HP.
A Berkshire Hathaway comunicou aos reguladores do mercado norte-americano a compra de 121 milhões de ações das ações da fabricante de computadores pessoais e impressoras, o que representa uma fatia de 11,4% na empresa.
Levando em consideração o preço de fechamento das ações da HP no pregão de ontem, a fatia do conglomerado de Buffett na empresa totalizava US$ 4,2 bilhões.
Totalizava, pois o valor já aumentou consideravelmente. Com base na notícia, os papéis da HP subiam mais de 17% nos primeiros movimentos de hoje em Wall Street.
Até o momento, nem a HP nem a Berkshire se pronunciaram publicamente sobre o negócio. Tanto a HP quanto a Berkshire têm BDRs negociados na B3 - sob os tickers HPQB34 e BERK34, respectivamente.
Warren Buffett vai às compras
A participação na HP é o terceiro grande investimento anunciado pela Berkshire Hathaway desde 26 de fevereiro, quando Warren Buffett escreveu em sua carta anual aos acionistas que “oportunidades internas oferecem retornos muito melhores do que aquisições” e pouco "nos provoca entusiasmo" nos mercados de ações.
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No início de março, entretanto, a Berkshire Hathaway revelou uma participação de 14,6% na Occidental Petroleum. Estima-se que a fatia não tenha custado menos de US$ 6 bilhões.
Alguns dias depois, em 21 de março, o conglomerado de Warren Buffett desembolsou US$ 11,6 bilhões pela Alleghany, reforçando seu portfólio de seguradoras
Antes de anunciar a compra da Alleghany, a Berkshire Hathaway havia passado seis anos sem fazer nenhuma grande aquisição, acumulando US$ 146,7 bilhões em caixa e equivalentes. Warren Buffett prometera manter pelo menos US$ 30 bilhões em caixa.
A fama do Oráculo de Omaha
Warren Buffett é conhecido não apenas por seus investimentos pontuais e rotineiramente certeiros. Ele também costuma figurar com um investidor de longo prazo, desfazendo-se de posições somente em situações pontuais.
Seus movimentos são acompanhados atentamente pelos participantes do mercado e raramente emergem argumentos sólidos contrários a suas escolhas..
No caso da aquisição de uma grande fatia na HP, ela ocorre em um momento no qual o interesse dos investidores em empresas como ela diminuiu consideravelmente. Esse desinteresse deriva de fatores como o aumento da inflação, a contenção dos gastos pelos consumidores e o aumento da taxa de juro nos Estados Unidos.
No fim do mês passado, ao rebaixar sua recomendação para a HP e a Dell, o banco Morgan Stanley sustentou-se no argumento de que “os gastos com PC e hardware de consumo serão pressionados à medida que a oferta melhora e a demanda se normaliza após depois de dois anos de crescimento acima da tendência”.
Entretanto, além de Warren Buffett aparentemente ter visto valor e identificado um bom ponto de entrada na HP, há outros aspectos a serem levados em consideração.
O que Warren Buffet pode ter visto na HP?
“A HP está comprometida com um dos maiores programas de recompra de ações dentro de nossa cobertura, então achamos que o envolvimento da Berkshire faz sentido”, escreveu o analista Amit Daryanani, da Evercore ISI, em mensagem a clientes.
Embora Daryanani não acredite que o investimento da Berkshire na HP venha a desencadear mudanças significativas nos negócios da HP, ele qualifica a participação como uma “validação da estratégia e do programa de retorno de capital da HP”.
O analista observa ainda que a Berkshire Hathaway começou a comprar ações depois que a HP anunciou planos comprar a empresa de tecnologia de trabalho Poly por US$ 3,3 bilhões no fim do mês passado.
*Com informações da Reuters e do MarketWatch.
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