Não é Star Wars nem coisa do futuro: Viveo (VVEO3) compra startup farmacêutica que usa robôs para produzir remédios
O sistema da Boxifarma, a “farmacêutica do futuro”, une toda a tecnologia — softwares, robôs e inteligência artificial — para preparar doses personalizadas de medicações
Já faz um tempo que os robôs deixaram de ser uma ideia “do futuro”. Hoje, são eles que preparam a maioria dos produtos da indústria, inclusive seus remédios. Mas imagine que todo o processo, desde a prescrição médica até a entrega da medicação, possa ser feito por máquinas. Na Europa e nos Estados Unidos, isso já é realidade — e a brasileira Viveo (VVEO3) não quer ficar de fora do negócio.
A holding anunciou na noite de terça-feira (19) a compra da Boxifarma, a primeira empresa da América Latina que atua no segmento de serviços farmacoterapêuticos de unitarização automatizada — que, em termos humanos, significa a produção das medicações de dose única através da tecnologia.
Viveo (VVEO3) comprou a farmácia do futuro?
O modelo de negócio da startup gaúcha Boxifarma não possui robôs simpáticos como o C-3PO e o R2D2 de Star Wars, que embarcavam em qualquer trabalho que fosse necessário, desde consertar as naves até limpar o chão.
Ou até mesmo parecidos com as tecnologias vistas em Wall-E, com robôs que cuidavam apenas da limpeza ou de máquinas burocráticas de inteligência artificial.
Basicamente, o sistema da “farmacêutica do futuro” une toda a tecnologia —softwares proprietários, robôs, inteligência artificial e outras — para preparar doses unitárias de remédios.
E não é apenas a fabricação das medicações em si. O processo começa na organização das receitas médicas, passa pela confecção personalizada do tratamento indicado pelo médico, até chegar na entrega e acompanhamento farmacêutico do paciente.
Leia Também
Por que usar tecnologia e robôs nas farmácias e tratamentos médicos?
A escolha da Boxifarma em adotar o estilo de negócio usado na gringa não é desmotivada, e muito menos a decisão da Viveo em adquirir a startup.
As máquinas utilizadas pela companhia fazem a confecção personalizada das etiquetas de medicamentos para cada cliente. Desse modo, os envelopes são produzidos de acordo com a prescrição de cada paciente, seguindo por dose, dia e horário.
A inteligência artificial ainda é encarregada de conferir se não houve erros na produção, fotografando cada envelope para garantir a segurança e agilidade do processo.
Além da rapidez do preparo e do tratamento personalizado, a tecnologia ainda possui soluções que aumentam o cuidado com o tratamento dos pacientes.
O serviço inclui uma avaliação farmacêutica que pesquisa todas as possíveis interações medicamentosas que podem ocorrer com a combinação dos remédios.
Assim, a combinação da inteligência artificial e de farmacêuticos auxilia a evitar efeitos adversos no tratamento dos clientes.
Para quem costuma esquecer de tomar os remédios, os envelopes da Boxifarma ainda incluem QR Codes que coordenam os horários das medicações com o celular do paciente ou do enfermeiro e incluem alarmes e lembretes.
O que fez a Viveo (VVEO3) decidir adquirir a Boxifarma?
A decisão da Viveo (VVEO3) sobre comprar a Boxifarma vai além da expansão dos negócios ou de querer correr para se igualar às farmácias da gringa. A aquisição fortalece a estratégia de direct to patient da companhia, ao mesmo tempo em que aumenta a oferta de novos serviços e atua em toda a cadeia de saúde.
A Viveo já investe fortemente em atendimento personalizado dos pacientes, e o modelo de negócio da startup adquirida complementa o ecossistema da holding no segmento da Far.me.
A Far.me é a farmácia personalizada e digital da companhia, com solução de assistência farmacêutica especializada e de acompanhamento de pacientes, além de distribuição e entrega dos produtos.
Para Leonardo Byrro, CEO da Viveo, a Boxifarma complementa e acelera o crescimento do modelo desse negócio e amplia o seu portfólio de serviços personalizados de farmácia e cuidado aos pacientes.
“[A aquisição] nos permite avançar na agenda de serviços para hospitais e clínicas e pode ser também complementar aos serviços das empresas de manipulação que compramos recentemente. Queremos agregar ainda mais valor ao negócio por meio do uso de tecnologia intensiva e ampliar os serviços ao paciente oferecidos para outras regiões do país, além de Minas Gerais e São Paulo, já atendidos hoje pela Far.me”, disse Byrro.
Leia também:
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
- Com ajuda do dólar, Usiminas (USIM5) tem lucro 5% maior no 1T22 apesar de queda nas vendas de aço e minério
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
