Oscar ignora Homem-Aranha, mas mercado premia a Disney com forte alta das ações após resultado trimestral
A empresa ultrapassou as previsões para lucro, receita e assinantes e também viu o negócio de parques voltar a crescer – um ponto que estava sendo observado de perto pelos investidores
“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”, recente sucesso de bilheteria da Marvel, pode ter sido ignorado na lista de candidatos ao Oscar deste ano, mas o mesmo não aconteceu com sua controladora: a Disney. A empresa viu suas ações subirem quase 10% no after market em Nova York após apresentar seus resultados do primeiro trimestre fiscal de 2022.
A Disney honrou o princípio de Peter Parker e, com grandes poderes, assumiu grandes responsabilidades: entre outubro e dezembro de 2021, a companhia superou as previsões para lucro, receita e assinantes e também viu o negócio de parques voltar a crescer.
O total de membros do streaming Disney+, criado há dois anos, alcançou 129,8 milhões, superando a projeção de 125,75 milhões da StreetAccount.
Assim como aconteceu com a Netflix, a métrica estava em foco, já que o retorno às atividades presenciais lançou dúvidas sobre o contínuo crescimento do serviço, que se beneficiou das medidas de isolamento no auge da pandemia.
Também por causa das medidas restritivas, o negócio de parques e resorts da Disney estava sob a lupa do mercado. E, mais uma vez, a empresa não decepcionou: a participação aumentou, com a receita, experiências e produtos da gigante do entretenimento atingindo US$ 7,23 bilhões, mais que o dobro do ano anterior.
Disney: vamos aos números?
No primeiro trimestre fiscal de 2022, o lucro líquido atribuível da Disney foi de US$ 1,104 bilhão ante os US$ 17 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior.
Leia Também
O lucro por ação foi de US$ 1,06 contra os US$ 0,32 do mesmo período anterior e de US$ 0,61 da projeção da Bloomberg.
A receita deu um salto de 34% no período na comparação anual, totalizando US$ 21,819 bilhões - acima dos US$ 20,8 bilhões esperados pela Bloomberg.
O desempenho do Disney+
Os novos assinantes do Disney+ totalizaram 11,8 milhões, superando as estimativas dos analistas. De acordo com dados de consenso da Bloomberg, esperava-se que a Disney visse os assinantes de streaming crescerem cerca de 7 milhões em uma base trimestral, um salto em relação aos 2,1 milhões de novos membros trazidos no trimestre anterior.
As assinaturas do Disney+ superaram as estimativas, mesmo que os executivos tenham dito anteriormente que esperam que o crescimento de adesões seja mais forte no segundo semestre do ano em comparação com o primeiro, com o conteúdo original sendo lançado na plataforma no quarto trimestre de 2022.
A empresa tem como meta atrair entre 230 milhões e 260 milhões de assinantes no total para o serviço até o final do ano fiscal de 2024 – uma projeção que foi reiterada pelo grupo.
O Mickey voltou
Embora as reaberturas tenham desacelerado a atividade de streaming de uma forma geral, o retorno à atividade presencial é um bom presságio para outro negócio importante da Disney: parques temáticos.
A divisão de parques, experiências e produtos de consumo da Disney viu receitas atingirem US$ 7,2 bilhões durante o trimestre, o dobro dos US$ 3,6 bilhões gerados no mesmo trimestre do ano anterior.
Os resultados operacionais saltaram para US$ 2,5 bilhões em comparação com uma perda de US$ 100 milhões no mesmo período do ano passado.
A Disney disse que o crescimento da receita ocorreu à medida que mais hóspedes frequentavam seus parques temáticos, hospedavam-se em seus hotéis de marca e reservavam cruzeiros.
A pandemia deixou suas marcas
A pandemia, no entanto, ainda deixou suas marcas na Disney. O negócio de produtos de consumo viu a receita cair 8,5%, para US$ 1,5 bilhão, após o fechamento de uma parte substancial de suas lojas de varejo com a marca Disney durante o segundo semestre de 2021.
Segundo a empresa, embora os parques norte-americanos operem com menos restrições de capacidade ligada à covid-19, os internacionais continuam sendo impactados pela capacidade limitada e pelas restrições de viagem.
Homem-Aranha: Sem Caminho para Casa
Ainda que as produções televisivas e cinematográficas da Disney tenham sido retomadas, elas ainda estão passando por interrupções.
Enquanto os lançamentos do estúdio estavam entre os filmes com melhor desempenho do ano, a bilheteria nos Estados Unidos ainda não se recuperou totalmente da pandemia.
A receita da coprodução da Marvel “Homem-Aranha: Sem Caminho para Casa” com a Sony compensou as perdas em outros títulos lançados durante o trimestre, que não conseguiram superar custos significativos de marketing e produção.
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio