‘Cautelosamente otimistas’: o que os CEOs de três das principais incorporadoras da B3 esperam para o mercado imobiliário em 2023
Os presidentes de Direcional, Even e Moura Dubeux compartilharam sua visão sobre o mercado o setor na quinta edição do Fórum Brasileiro das Incorporadoras Imobiliárias
Não há expressão melhor do que “cautelosamente otimistas” para definir a postura dos presidentes de três das principais incorporadoras do segmento de baixa, média e alta renda da B3 em relação ao setor.
Os CEOs de Direcional (DIRR3), Even (EVEN3) e Moura Dubeux (MDNE3) participaram da quinta edição do Fórum Brasileiro das Incorporadoras Imobiliárias (Incorpora) nesta quinta-feira (29) e compartilharam sua visão sobre o mercado imobiliário.
Ricardo Ribeiro Gontijo, que está à frente da Direcional, destacou que as mudanças no programa Casa Verde e Amarela foram importantes para melhorar o quadro, especialmente para as incorporadoras voltadas ao público de baixa renda — como é o caso da companhia.
“Os ajustes do foram feitos de forma extremamente inteligente. Sem incremento de subsídio, foi possível recuperar a capacidade de compra de muitas famílias do programa”, afirmou Gontijo.
Com consumidores aptos a arcarem com o repasse de custos da construção, o CEO prevê que as margens do próximo ano serão mais saudáveis.

E os outros segmentos?
Já quem trabalha com os outros dois segmentos de renda ainda enfrenta dificuldades em incorporar a inflação sobre os insumos construtivos no preço dos empreendimentos, diz o presidente da Even, Leandro Melnick.
Leia Também
O executivo, que também é presidente do conselho de administração da incorporadora gaúcha Melnick (MELK3), explica que o empobrecimento da população é outra pedra no sapato do setor.
“A renda precisa aumentar para que o mercado imobiliário tenha condições de recompor as margens.”
Apesar disso, a Melnick espera que a relação entre custo e valor dos imóveis, que faz parte dos cálculos dos indicadores bruto e líquido, “melhore muito” em 2023.
Moura Dubeux (MDNE3) explora nicho da segunda residência
A Moura Dubeux também sentiu a dificuldade no repasse de custos para o consumidor. Mas conforme indica o CEO, Diego Villar, encontrou na segunda residência um nicho promissor para driblar os desafios macroeconômicos.
A companhia, que é líder de mercado na região nordeste, acumula um Valor Geral de Vendas (VGV) lançado de R$ 970 milhões no segmento nos últimos dois anos.
Sob a bandeira Beach Class, a empresa lançou mais de 1,9 mil unidades, das quais 90% estão comercializadas, em empreendimentos construídos nas orlas das principais praias nordestinas.
“Nós estamos baratos demais considerando o que oferecemos”, argumentou Villar. Vale relembrar que as ações MDNE3 acumulam uma queda de 66,9% desde o IPO, em fevereiro de 2020.
Incorporadoras esperam um 2023 melhor
Além das três companhias listadas, outras incorporadoras brasileiras também estão otimistas com as perspectivas do próximo ano.
Segundo o presidente da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, o mercado imobiliário é um “oásis de boas notícias” que não são eclipsadas nem mesmo pela corrida eleitoral.
França acredita que, qualquer que seja o vencedor das eleições, “a demanda por imóveis seguirá firme”.
A maior parte das empresas concorda com a previsão do representante do segmento e presidente da associação responsável pela organização do Incorpora 2022.
Segundo uma prévia da pesquisa setorial da Brain Inteligência Estratégica divulgada em primeira mão no evento, 62% das companhias esperam que 2023 seja melhor do que este ano para o setor.
Já 22% apostam que as condições para negócios permanecerão estáveis, enquanto apenas 13% dizem que o ambiente irá piorar. O levantamento da consultoria especializada no segmento imobiliário ouviu 356 incorporadoras e urbanizadoras brasileiras.
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
Por que o Itaú BBA acredita que a JBS (JBSS32) ainda pode mais? Banco elevou o preço-alvo e vê alta de 36% mesmo com incertezas no horizonte
Para os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama, a tese de investimento permanece praticamente inalterada e o processo de listagem nos EUA segue como um potencial catalisador
Black Friday 99Pay e PicPay: R$ 70 milhões em recompensas, até 250% do CDI e descontos de até 60%; veja quem entrega mais vantagens ao consumidor
Apps oferecem recompensas, viagens com cashback, cupons de até R$ 8 mil e descontos de 60% na temporada de descontos
Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%
O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00
Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais
Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde
Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan
Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan
A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações
Depois de o Itaú BBA ter melhorado projeções para a locadora de veículos, agora é a vez de o BTG Pactual reavaliar o desempenho da companhia
Executivos da empresa que Master usou para captar R$ 12,2 bilhões do BRB também foram sócios em fintech suspensa do Pix após ataque hacker, diz PF
Nenhum dos dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Master, estavam na Nuoro quanto esta foi suspeita de receber dinheiro desviado de golpe bilionário do Pix
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
