Enjoei (ENJU3) deu pra trás na compra da Gringa, de Fiorella Mattheis; por que o brechó desistiu do mercado de luxo?
Após ENJU3 despencar quase 80% na B3 desde o IPO, acionistas da empresa decidiram que era melhor usar o direito de recesso do que manter a fatia na empresa, quebrando uma das condições estipuladas no contrato
Os holofotes já estavam preparados para a estreia do Enjoei (ENJU3) na mesma tapeçaria vermelha — e gringa — que a atriz Fiorella Mattheis. Mas a caminhada de fama e luxo da empresa mal começou e já chegou ao fim.
Estava tudo certo para a entrada da plataforma no mundo de artigos de luxo usados, com a compra do brechó chique Gringa, de Fiorella, em dezembro passado. Esta seria, inclusive, a primeira aquisição do Enjoei desde o IPO em 2020.
O negócio foi avaliado em R$ 14,25 milhões, que seriam desembolsados em duas parcelas anuais. Mas ninguém gosta de negociar uma coisa e pagar mais caro no final, muito menos o Enjoei, que decidiu “dar para trás” no acordo.
Por que o Enjoei deu para trás?
Como em todo contrato, existem condições a serem cumpridas antes de o negócio ser concluído. A questão é que, na aquisição da Gringa, uma das condições estipuladas pelo Enjoei não foi atingida.
Deixe-me explicar. A compra da plataforma de Fiorella Mattheis abriu o chamado direito de recesso.
Em português mais claro, isso significa que o Enjoei deveria reembolsar, pelo valor patrimonial da ação, seus acionistas que não concordassem com a transação.
Leia Também
O negócio com a Gringa estabelecia que a retirada dos investidores não passasse de R$ 1,5 milhão. Porém, muitos acionistas decidiram que era melhor resgatar o dinheiro do que manter sua fatia no Enjoei (ENJU3).
Ou seja, além de pagar os R$ 14,25 milhões pela empresa de Fiorella Mattheis, a companhia ainda teria que desembolsar mais de um milhão de reais para devolver o dinheiro dos acionistas.
Mas o acordo não chegou ao fim de fato. O Enjoei afirmou que ainda pretende retomar as discussões junto aos acionistas da Gringa para encontrar alternativas para a combinação de negócios de forma que atenda aos interesses de ambas as partes.
Por que os acionistas usaram o direito de recesso?
O direito de os acionistas pedirem o dinheiro de volta em caso de aquisições como a realizada pelo Enjoei está previsto na Lei das S/A, mas quase nunca é usado porque o valor patrimonial da ação costuma ser menor do que as cotações na bolsa.
Ou seja, vale mais a pena para o investidor simplesmente vender seus papéis no mercado do que exercer o direito, caso ele não queira continuar sócio da empresa após a transação.
Mas não é de se estranhar que os acionistas do Enjoei tenham decidido que valia mais a pena receber o valor inicial de volta do que vender os papéis depois da conclusão do negócio.
Isso porque as ações do Enjoei despencaram tanto na bolsa de valores que agora a cotação na B3 e o valor patrimonial dos papéis estão equilibrados.
Afinal, desde a abertura de capital da plataforma em 2020, as ações ENJU3 acumularam desvalorização de 79,9%. Só em 2022, a queda somou 23,1%.
Hoje, os papéis caem forte. Por volta das 11h15 desta segunda-feira (23), ENJU3 recuava 5,94%, negociada a R$ 2,06.
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
