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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

MISTÉRIO EM FRANKFURT

Por que dois grandes gestores estão vendendo suas posições nos dois maiores bancos alemães?

Gestora norte-americana levantou o equivalente a R$ 9,5 bilhões ao desovar suas ações no Deutsche Bank e no Commerzbank

Ricardo Gozzi
12 de abril de 2022
12:38 - atualizado às 13:08
Montagem de um detetive com lupa entre o touro e o urso da Borsenplatz em frente à bolsa de valores de Frankfurt para representar o mistério de grandes gestores vendendo ações do Deutsche Bank e Commerzbank
Desconfiança dos investidores faz ações do Deutsche Bank e do Commerzbank despencarem. - Imagem: Shutterstock / Montagem Brenda Silva

A Borsenplatz amanheceu hoje envolta em uma nuvem de mistério. Não, ninguém sumiu com o touro e o urso posicionados em frente à bolsa de valores de Frankfurt. O que os participantes do mercado financeiro alemão queriam saber é: quem é o grande investidor que está se desfazendo de suas posições no Deutsche Bank e no Commerzbank? Mas não só. O mais importante é: por que esse investidor resolveu desovar suas ações nos dois maiores bancos da Alemanha agora?

De acordo com uma nota de venda à qual a CNBC teve acesso, o grande investidor em questão se desfez de 116 milhões de ações do Deutsche Bank e de 72,5 milhões de ações do Commerzbank. As participações equivalem a mais de 5% do total de ações em circulação dos dois maiores bancos alemães.

Segundo a versão digital do jornal alemão Der Aktionär, a venda dos ativos rendeu um total 1,89 bilhão de euros — ou R$ 9,5 bilhões na cotação de hoje.

Desvendando o mistério da identidade

A identidade do vendedor era inicialmente desconhecida. Mas, convenhamos, este nem é um mistério tão complicado assim de se desvendar. Não é todo mundo que possui uma fatia tão grande nesses bancões.

Nos últimos meses, a gestora norte-americana Cerberus vinha se desfazendo de suas vultosas participações em ambos os bancos, mas rapidamente ficou claro que as ordens de venda não partiram dela.

Fontes citadas pela agência de notícias Reuters asseguram que as ordens partiram do Capital Group, gestora com sede em Los Angeles.

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Ações do Deutsche Bank e do Commerzbank despencam

O Capital Group havia comunicado em novembro do ano passado que sua participação no Deutsche Bank havia ultrapassado a marca de 5%. Em relação ao Commerzbank, a fatia foi alcançada em outubro de 2020.

Oficialmente, o Capital Group não se pronunciou sobre o tema. Mas o fato de a Cerberus também ter diminuído sua participação nos dois bancos fez soar o alarme dos investidores.

As ações do Deutsche Bank caíam 8,2% e as do Commerzbank recuavam 7,8% hoje em Frankfurt.

Por que esses grandes gestores estão vendendo Deutsche Bank e Commerzbank?

O motivo por trás das vendas não está claro, mas os detetives dos mercado financeiro têm algumas pistas em cima das quais estreitar a linha de investigação.

Recentemente, tanto o Deutsche Bank quanto o Commerzbank implementaram estratégias por meio das quais pretendem recuperar a confiança dos investidores.

As estratégias de ambos estão voltadas a aumentar a lucratividade e o valor de suas ações.

O Deutsche vem lutando para recuperar a credibilidade desde a crise financeira de 2008, quando amargou perdas pesadas com empréstimos lastreados em hipotecas.

Até mesmo uma tentativa de fusão com o Commerzbank esteve na mesa, mas não foi adiante.

Apesar do tombo, o Deutsche Bank divulgou nota na qual a direção da instituição afirma continuar “confiante” na estratégia.

"Nosso modelo de negócios é focado e nossa capacidade de gerenciamento de riscos provaram ser resistentes em tempos desafiadores”, diz a nota.

Já o Commerzbank enfatizou que a venda não mudará sua estratégia - e aparentemente contratou o mesmo redator: “o modelo de negócios e o gerenciamento de risco do banco se mostraram eficazes em tempos desafiadores".

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