Adeus, Nubank: CVM aprova pedido do Nubank (NUBR33) para fechar o capital no Brasil
Xerife do mercado de capitais permitirá que BDRs Nível III sejam substituídas por BDRs Nível I com a mesma composição

O Nubank (NU; NUBR33) deu mais um passo para conseguir fechar o capital no Brasil, permanecendo como empresa aberta apenas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).
Na última terça-feira (20), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou o pedido de adoção de um procedimento diferenciado para o banco digital descontinuar seu programa de BDRs Nível III, cancelar seu registro de emissor estrangeiro e se registrar no programa de BDRs Nível I.
Isso significa que a CVM autorizou o Nubank a encerrar o seu programa de BDRs Nível III e passar a negociar no Brasil apenas BDRs de Nível I, mas com a mesma composição atual dos BDRs de Nível III, equivalente a um sexto de ação NU negociada em Nova York. Ou seja, a fintech continuará a ter papéis negociados na B3, mas não será mais uma empresa listada por aqui.
A CVM alerta, no entanto, que "tal opção não poderá ser a padrão para detentores de BDRs Nível III que não se manifestem expressamente nesse sentido", diz o comunicado do Nubank divulgado nesta quinta-feira (22).
Além disso, a CVM observou que o procedimento padrão para eventual alienação dos BDRs para os investidores que assim escolherem deve ser o sales facility, com a venda das ações do Nubank negociadas na NYSE correspondentes aos BDRs alienados.
O que muda com a deslistagem do Nubank da B3
Os BDRs são recibos de ações negociadas em alguma bolsa estrangeira, representando esses ativos no mercado brasileiro. No caso, os de Nível III exigem registro na CVM, podem ser negociados livremente em bolsa e requerem que a companhia emissora siga as mesmas regras de transparência e governança estabelecidas para as empresas brasileiras de capital aberto por aqui.
Leia Também
Já os de Nível I não exigem registro na CVM, só podem ser negociados em mercado de balcão não organizado ou em segmentos específicos na bolsa e não exigem que as demonstrações financeiras da companhia emissora sejam convertidas para reais ou sigam as regras contábeis brasileiras.
Ao fazer sua oferta pública inicial de ações (IPO), o Nubank havia optado por uma dupla listagem, de ações na NYSE e BDRs Nível III na B3.
O fato de serem de Nível III permitiu inclusive que a oferta desses BDRs fosse feita ao público geral, possibilitando também que o banco digital os distribuísse para seus clientes como "pedacinhos" no seu programa NuSócios.
Se fossem BDRs de Nível I desde o início, os papéis só poderiam ter sido alvos de uma oferta pública com esforços restritos, do tipo que contempla no máximo 50 investidores profissionais.
Em setembro deste ano, porém, menos de um ano depois do IPO, o Nubank optou por se deslistar da B3, a fim de "maximizar eficiências e minimizar redundâncias por ser uma companhia aberta em dois mercados."
Para ter listagem nos EUA e no Brasil, o Nubank precisa manter estruturas operacionais e administrativas diferentes — cada uma para atender às normas específicas dos mercados em que seus papéis são negociados. Com a saída da B3, o banco alega que vai conseguir reduzir cargas de trabalho duplicadas desnecessárias em requisitos regulatórios.
Agora, com o aval da CVM, o Nubank poderá trocar seus BDRs Nível III por BDRs Nível I, mantendo-se presente na bolsa brasileira, mas sem a necessidade de atender a tantas exigências regulatórias, como registro de empresa listada por aqui.
O que muda para o investidor que tem BDRs do Nubank (NUBR33)
Os atuais detentores de BDRs do Nubank terão três opções: trocar os recibos por ações negociadas nos EUA; trocar o BDR de Nível III por um novo, de Nível I - possibilidade que acaba de ser autorizada pela CVM; ou fazer a venda dos BDRs e suas ações subjacentes em processo de venda facilitado.
Para converter os BDRs em ações, o investidor precisa deter recibos suficientes. Cada BDR do Nubank equivale a um sexto de uma ação do banco digital listada em Nova York — proporção que será mantida na mudança de programa.
Ou seja: o investidor precisará deter seis ou mais BDRs para aderir a essa opção, além de conta ativa em uma corretora nos EUA.
Caso opte pelas BDRs de Nível I, o investidor receberá um novo BDR para cada papel que atualmente detém. Os participantes do NuSócios receberão BDRs Nível I via comissário mercantil.
No comunicado divulgado nesta quinta-feira (22), o Nubank disse ainda estar aguardando o inteiro teor da decisão da CVM e avaliando os ajustes apropriados no cronograma para a descontinuidade do programa de BDRs Nível III. O banco disse ainda que comunicará o marcado tão logo os ajustes tenham sido discutidos.
NuSócios já podem se desfazer do seu "pedacinho", se quiserem
Passados mais de 12 meses do IPO do Nubank, terminou o período de lock up ao qual estavam submetidos os clientes do banco que ganharam um "pedacinho" no programa NuSócios.
Durante o primeiro ano de negociação dos papéis na bolsa, esses clientes não puderam vender o BDR NUBR33 que receberam da fintech, mas agora, se quiserem, já podem fazê-lo, como explica esta matéria.
Caso optem por permanecer com o "pedacinho", poderão, como outros investidores detentores de BDRs do Nubank, optar por trocá-lo por um BDR Nível I.
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
A coruja do Duolingo na B3: aplicativo de idiomas terá BDRs na bolsa brasileira
O programa permitirá que investidores brasileiros possam investir em ações do grupo sem precisar de conta no exterior
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Nubank (ROXO34) recebe autorização para iniciar operações bancárias no México
O banco digital iniciou sua estratégia de expansão no mercado mexicano em 2019 e já conta com mais de 10 milhões de clientes por lá
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos
‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado
CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
É investimento no Brasil ou no exterior? Veja como declarar BDR no imposto de renda 2025
A forma de declarar BDR é similar à de declarar ações, mas há diferenças relativas aos dividendos distribuídos por esses ativos