A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) comunicou ao mercado, nesta quarta-feira (16), que desistiu do IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês) da sua subsidiária CSN Cimentos, devido às "condições adversas no mercado interno e internacional".
A companhia encaminhou, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), uma petição de desistência dos pedidos de registro de emissor de valores mobiliários categoria "A" e da oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias emitidas pela controlada.
A CSN Cimentos teve seu pedido de IPO protocolado em maio do ano passado, mas não chegaram a ser definidos os valores a serem captados. A oferta seria inteiramente primária, com a totalidade de recursos ingressando no caixa da companhia.
A intenção da CSN com a operação era destravar valor para ambas as empresas. Saiba mais sobre a CSN Cimentos e o IPO que subiu no telhado.
Mais uma desistência para a lista
A CSN Cimentos é a 14ª empresa brasileira que opta por não dar prosseguimento ao seu processo de abertura de capital e oferta inicial de ações na B3 neste ano.
Em janeiro, houve 13 desistências, como a da rede de hamburguerias Madero, a da rede de academias de ginástica Bluefit e a da empresa de cosméticos e perfumes Coty.
Apesar da forte entrada de recursos estrangeiros na bolsa brasileira neste início de ano, o cenário, aqui e lá fora, é de juros em alta e inflação ainda elevada.
Antes de continuar, um convite: no perfil do Instagram do Seu Dinheiro publicamos um conteúdo sobre a China intervir no minério de ferro e como as ações brasileiras podem ser afetadas após essa decisão.
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Voltando ao assunto principal da matéria, o capital que vem de fora tem sido mais direcionado para as blue chips, como as grandes empresas produtoras de commodities e os bancos, cujos negócios que se beneficiam do cenário atual. Assim, não necessariamente esses investidores estariam interessados em comprar ações de empresas novatas na bolsa.