Lucro líquido da Petrobras (PETR4) é 38 vezes maior no primeiro trimestre e estatal anuncia R$ 48,5 bilhões em dividendos; veja quem recebe
Disparada do preço do petróleo no mercado internacional impulsionou os resultados da estatal; dívida também caiu e venda de derivados aumentou com volta da atividade econômica após os efeitos severos da pandemia de covid-19

Se a Petrobras (PETR4) quiser repetir neste ano o feito que comemorou em 2021, quando registrou o maior resultado financeiro sua história, está no caminho certo. Com o bom momento das cotações do petróleo no mercado internacional, o lucro líquido da estatal alcançou R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre, resultado 38 vezes maior do que o obtido no mesmo período do ano passado.
Na comparação com o trimestre anterior, o lucro líquido da Petrobras subiu 41,4%.
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, da sigla em inglês) cresceu 58,8% em relação ao primeiro trimestre de 2021, para R$ 77,7 bilhões.
É verdade que a base de comparação utilizada ajudou a incrementar os percentuais. Entre janeiro e março do ano passado, a petroleira havia reportado lucro de R$ 1,2 bilhão, uma cifra que, impactada pela pandemia, veio muito abaixo da esperada para o início do ano.
Ainda assim, o desempenho alcançado após a companhia acelerar a produção de petróleo no primeiro trimestre não deixa de ser impressionante.
Em carta divulgada junto com os dados financeiros, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, atribuiu o resultado ao fato de a empresa estar agora saneada, com redução de encargos para o pagamento de dívidas, investindo com responsabilidade e eficiência.
Leia Também
Outros números da Petrobras (PETR4) no trimestre
A receita líquida da Petrobras (PETR4) com vendas alcançou R$ 141,6 bilhões entre janeiro e março deste ano, um aumento de 64,4% ante o mesmo período do ano anterior. Na comparação com o quarto trimestre, a alta foi de 5,6%.
A volta da atividade econômica após os efeitos severos da pandemia de covid-19 ajudou a aumentar a venda de derivados da empresa. A receita somou R$ 81,3 bilhões no período, um crescimento de 56,4% em base anual, mas uma queda de 0,6% em relação ao quarto trimestre de 2021.
- SIGA A GENTE NO INSTAGRAM: análises de mercado, insights de investimentos e notícias exclusivas sobre finanças
Cerca de 80% dos ganhos da Petrobras no período foram provenientes das atividades de exploração e produção. Os outros 20% restantes decorrem de ganhos com os demais segmentos, entre eles o refino.
Favorecida pela disparada dos preços do petróleo, a Petrobras viu suas receitas com exportação subirem 60,8% no primeiro trimestre, totalizando R$ 38,4 bilhões. Na comparação com o trimestre anterior, a alta foi menor, de 15,4%.
Nos primeiros três meses do ano, a estatal conseguiu reduzir sua dívida líquida em 31,4% ante o mesmo período do ano anterior e em 15,9% ante o quarto trimestre, para US$ 40 bilhões. Já a alavancagem passou de 1,35 vez em dezembro para 1,18 vez em março.
Dividendos fartos? É com a Petrobras (PETR4)
Aliada a um novo recuo do endividamento bruto - que caiu para US$ 58,5 bilhões no período -, a fartura financeira também implica em um generoso pagamento de dividendos aos acionistas. E a Petrobras não decepcionou nesse sentido: vai distribuir R$ 48,5 bilhões, o equivalente a R$ 3,715490 por ação ordinária e preferencial.
Terão direito à quantia, que será dividida em duas parcelas iguais, quem estiver na base acionária da petroleira na B3 em 23 de maio. Para os ADRs, recibos de ações negociados em Nova York, a data de corte é 25 de maio.
Vale lembrar que, após essas datas, os papéis serão negociados "ex-direitos" e passarão por um ajuste na cotação referente aos proventos já alocados. Então você pode optar por comprar a ação agora e ter direito aos dividendos ou esperar a data de corte e adquiri-las por um valor menor, mas sem o direito ao dinheiro.
As parcelas, de R$ 1,857745 por ação, cada, serão depositadas na conta dos acionistas em 20 de junho e 20 julho.
- RELATÓRIO GRATUITO: É hora de investir na Petrobras (PETR4)? Veja opinião de analista
Dança das cadeiras na Petrobras (PETR4)
Além dos bons resultados financeiros, o trimestre da Petrobras também ficou marcado por uma nova troca no comando a mando do presidente Jair Bolsonaro.
José Mauro Ferreira Coelho, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), substituiu o general da reserva Joaquim Silva e Luna na presidência, enquanto Marcio Andrade Weber assumiu o conselho de administração da estatal.
Coelho, no entanto, não foi a primeira opção do governo para o cargo. O empresário Adriano Pires havia sido indicado antes para a presidência da Petrobras, mas desistiu em meio a conflitos de interesse.
Na ocasião, Rodolfo Landim também abriu mão da indicação para presidente do conselho da companhia pelo mesmo motivo, optando por permanecer à frente do Flamengo.
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
Fernando Collor torna-se o terceiro ex-presidente brasileiro a ser preso — mas o motivo não tem nada a ver com o que levou ao seu impeachment
Apesar de Collor ter entrado para a história com a sua saída da presidência nos anos 90, a prisão está relacionada a um outro julgamento histórico no Brasil, que também colocou outros dois ex-presidentes atrás das grades
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Vale (VALE3) volta ao azul no primeiro trimestre de 2025, mas tem lucro 17% menor na comparação anual; confira os números da mineradora
A mineradora explica que os maiores volumes de vendas e custos menores, combinados com o melhor desempenho da Vale Base Metals, compensaram parcialmente o impacto dos preços mais baixos de minério e níquel
Dividendos extraordinários estão fora do horizonte da Petrobras (PETR4) com resultados de 2025, diz Bradesco BBI
Preço-alvo da ação da petroleira foi reduzido nas estimativas do banco, mas recomendação de compra foi mantida
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros