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Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

CHAMOU PRA BRIGA

Vai encarar? Finlândia diz não ao rublo e Putin não deixa barato — Rússia reage e recebe uma forcinha de gigante europeu

O centro dessa disputa é a entrada dos finlandeses na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan); a ampliação da aliança levou a Rússia a invadir a Ucrânia em fevereiro deste ano

Carolina Gama
20 de maio de 2022
15:10 - atualizado às 15:22
Presidente russo, Vladimir Putin, apoiado em uma mesa, com o dedão na boca
O presidente da Rússia, Vladimir Putin - Imagem: Flickr

Se fosse no UFC, Finlândia e Rússia estariam no momento da encarada. Embora não seja a luta principal da guerra no leste europeu, os dois países não estão desperdiçando provocações — assim como fazem os lutadores antes de entrar no octógono. 

Na quarta-feira (18), a Finlândia, acompanhada da Suécia, entregou oficialmente o pedido de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — e foi justamente a ampliação da aliança que enfureceu o presidente russo, Vladimir Putin, a ponto de invadir a Ucrânia.

E não ficou por aí: agora, os finlandeses chegaram mais perto no cara a cara com o presidente russo e falaram “não” à exigência de Moscou para o pagamento do gás em rublos

Putin não se intimidou e deu um passo à frente, anunciando o fechamento das torneiras: a partir da manhã deste sábado (21), as importações de gás natural para a Finlândia sob o contrato de fornecimento da estatal Gasum serão suspensas. 

Dedo no olho não vale!

Assim como no UFC, o combate entre Rússia e os países que se recusam a pagar pelas importações de gás em rublos tem suas regras. 

Se no octógono, puxão de cabelo, mordida ou dedo no olho não valem, quando o assunto é a energia, os oponentes precisam se enfrentar dentro das leis. 

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Além de entregar gás natural de outras fontes aos clientes através do gasoduto Balticconnector — que se conecta à Estônia —, a Gasum vai levar os russos aos tribunais. 

No início desta semana, esperando o fechamento das torneiras por Putin, a estatal finlandesa disse que levaria a disputa contratual com a Gazprom, a gigante russa do gás, para arbitragem.

No octógono com Putin: Polônia e Bulgária 

Essa não é a primeira encarada que Putin leva de países europeus quando o assunto é pagamento do gás em rublo — uma medida que o governo russo adotou para estancar a sangria nas finanças após receber duros golpes das sanções ocidentais. 

Na verdade, a Finlândia é o terceiro país a rejeitar a exigência de Moscou. No final de abril, Polônia e Bulgária foram igualmente excluídas do fornecimento de gás por se recusarem a pagar usando a moeda local russa.

Os dois países europeus alegaram na ocasião que a demanda da Rússia representaria uma quebra de contrato e contornaria sanções ao banco central russo.

Se, de um lado, Putin enfrenta dificuldades para encher os cofres do governo com rublos como pretendia, de outro, a Europa também acusa o golpe: a região é altamente dependente da energia russa há décadas — Moscou fornece cerca de 40% das necessidades de gás da região.

Fonte: Agência Internacional de Energia (AIE), dados de 2020

As exportações de gás russo para a Finlândia atingiram uma média de 3,2 milhões de metros cúbicos por dia de 1 de janeiro a 16 de março deste ano, segundo a agência de notícias Interfax.

A Finlândia importa a maior parte do gás da Rússia, mas o gás representa apenas cerca de 5% do consumo anual de energia.

Rússia: melhor defesa é o ataque?

Antes mesmo de a Finlândia apresentar o pedido formal para ingressar na Otan, Putin já se antecipava ao movimento com medidas retaliatórias. 

Na semana passada, o governo russo anunciou a interrupção do fornecimento de energia elétrica para os finlandeses. 

A Finlândia compartilha uma fronteira de 1.300 quilômetros com a Rússia. Na ocasião, a operadora finlandesa da rede elétrica Fingrid disse que não esperava falta de energia como resultado do desligamento, já que apenas 10% da eletricidade do país é fornecida pela Rússia.

Rússia: interferência externa na luta, pode?

As regras do UFC são bem claras: a interferência do corner ou de outras pessoas no combate é proibida, passível de punição.

Se essa fosse uma norma que valesse para a guerra entre Rússia e Ucrânia e todos desdobramentos do conflito, a Itália certamente estaria na mira do árbitro da luta. 

Enquanto Bulgária, Polônia e Finlândia encaram a Rússia e não aceitam o pagamento do gás russo em rublos, os italianos correm por fora nessa disputa, enchendo suas reservas de petróleo

Tão cobiçado como o cinturão do UFC, o petróleo também está no centro do conflito no leste europeu. A União Europeia (UE) já propôs o embargo às exportações da commodity porque sabe que essa é uma fonte importante de riqueza para a Rússia. 

Mas, enquanto o bloco luta para obter consenso sobre como parar de comprar e substituir o petróleo russo, a Itália — a terceira maior economia da UE — avança nas exportações. 

Nos últimos três meses, o país quadruplicou as compras de petróleo russo. A importação da Itália alcançou o pico de 450 mil  barris por dia este mês — o maior nível desde 2013, segundo dados da empresa de rastreamento de commodities Kpler. 

Com isso, a Itália está perto de ultrapassar a Holanda como o maior importador de petróleo russo marítimo na União Europeia.

*Países europeus da OCDE que não fazem parte da União Europeia
Fonte: Agência Internacional de Energia (AIE), dados de 2020

A maior parte do petróleo foi entregue via Augusta, um grande desembarque na Sicília que também está localizado perto de uma refinaria de propriedade russa.

Antes da guerra na Ucrânia, o petróleo russo representava 30% do petróleo bruto misturado na refinaria, de propriedade da Lukoil, com sede em Moscou.

Essa participação aumentou para 100% quando os bancos italianos pararam de fornecer crédito à Lukoil, que não está sob efeito de sanções, forçando-a a depender do petróleo da controladora.

*Com informações da BBC, do Financial Times e do Markets Insider

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