Petrobras recusa proposta do BTG Pactual para compra da Braskem, diz colunista
Restam, agora, outros dois lances firmes pela compra da Braskem na mesa, um da Apollo Global e outro da Unipar
Não foi dessa vez que a Petrobras (PETR4) conseguiu vender sua participação na Braskem (BRKM5). De acordo com o colunista Lauro Jardim, d'O Globo, a estatal recusou formalmente uma proposta do BTG Pactual pela petroquímica.
A estrutura societária da Braskem é dividida entre a Petrobras, que tem 47% da empresa, e a Novonor (ex-Odebrecht), cuja fatia é de 50,1%. A proposta do BTG Pactual incluía a compra das dívidas da Novonor que são garantidas por ações da Braskem.
Restam, agora, outros dois lances firmes na mesa.
Um deles foi proposto pela gestora americana Apollo Global por 100% da Braskem e inclui o fechamento do capital da companhia.
O outro é da Unipar, que diz respeito a apenas as unidades produtoras de nafta em São Paulo, que vai contra o desejo dos controladores de fatiar a Braskem.
A venda da Braskem se arrasta há cerca de quatro anos, num período marcado por tentativas que não vingaram. Em 2019, a holandesa LyondellBasell estava com tudo encaminhado para comprar a Braskem, mas acabou desistindo.
Leia Também
A última dança de Warren Buffett: 'Oráculo de Omaha' vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Desde então, volta e meia apareceram rumores no mercado de outros interessados na petroquímica, mas nada foi para frente.
A Braskem e o afundamento de Maceió
Quando a LyondellBasell desistiu formalmente de comprar a Braskem, não foi dada uma justificativa clara.
A nota da companhia holandesa dizia, apenas, que a compra era positiva devido a uma sinergia com o portfólio da empresa, mas que havia decidido não seguir adiante. Você pode ler a íntegra do comunicado (em inglês) aqui.
Mas vale lembrar que, na época, a Braskem estava sendo acusada de um afundamento de solo na cidade de Maceió (AL), o que causou uma séria crise de imagem para a companhia.
O caso começou com tremores de terra registrados em 2018 numa região de Maceió na qual a Braskem explorava sal-gema, insumo da cadeia produtiva do PVC. Os tremores provocaram rachaduras em casas e edifícios, além de crateras nas ruas de vários bairros da cidade, forçando milhares de moradores a se mudar por questões de segurança.
Em abril do ano seguinte, as autoridades brasileiras entraram com processo contra a Braskem e em maio o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) publicou um estudo que concluía que, de fato, a principal causa das rachaduras era a atividade da petroquímica. A desistência do negócio com a LyondellBasell veio em junho daquele ano.
A Braskem teve de encerrar a exploração de sal-gema e também as fábricas de cloro-álcali e dicloreto de etileno em Maceió. Desde então, a companhia gastou bilhões de reais para realocar as famílias atingidas pelas rachaduras.
Somando valores já desembolsados e provisionados, a conta da Braskem devido ao que ela chama de "evento geológico" chega a quase R$ 13 bilhões.
No prejuízo
No segundo trimestre de 2022, a Braskem reverteu o lucro e anotou prejuízo líquido de R$ 1,4 bilhão. De acordo com a petroquímica, o resultado foi impactado pela variação cambial no resultado financeiro e por um ajuste da provisão com o problema em Maceió.
Foram acrescentados R$ 1,25 bilhão ao saldo provisionado da empresa, que no final de junho chegava a R$ 7,7 bilhões. Desse total, R$ 2,7 bilhões dizem respeito a acordos de compensação financeira com as famílias afetadas e com a realocação delas.
De acordo com a Braskem, até 31 de julho, foram apresentadas 16.468 propostas de compensação financeira às famílias realocadas, com índice de aceitação de 99,6%.
Leia mais
- Braskem (BRKM5) paga R$ 121 milhões por 61,1% da Wise — saiba quem é a empresa de reciclagem
- Petrobras (PETR4) é intimada em processo que tenta anular nomeação de Caio Paes de Andrade à presidência da estatal
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
